Agência reguladora apontou a existência de adenovírus replicante na vacina russa, que traz riscos à saúde
Cristyan Costa
Por unanimidade, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) negou o pedido de autorização excepcional para a importação da vacina russa contra a covid-19 Sputnik V. Os diretores da autarquia informaram que faltam dados técnicos para verificar a segurança e a eficácia do imunizante. Os cinco diretores da Anvisa seguiram a recomendação da área técnica da entidade, que identificou diversas “incertezas”. Desenvolvida pelo Instituto Gamaleya, a mercadoria ainda não foi aprovada pela Agência Europeia de Medicamentos (EMA) ou pela Administração Federal de Alimentos e Medicamentos (FDA), dos Estados Unidos. Apenas Argentina e México utilizam-na.
Foto: Adriana Toffetti/Estadão Conteúdo |
Nos lotes analisados,
pesquisadores identificaram a presença de adenovírus replicante (com capacidade
de reprodução no corpo humano), que traz riscos à saúde. Conforme os cientistas
da Anvisa, o patógeno pode levar desde a infecções variadas até à exacerbação
da resposta imunológica. “Jamais permitiremos que milhões de brasileiros sejam
expostos a produtos sem a devida comprovação de qualidade, segurança e eficácia
ou, minimamente, diante da grave situação que atravessamos, que haja uma
relação favorável risco-benefício”, declarou Antônio Barra Torres,
diretor-presidente da Anvisa, na noite da segunda-feira 26, ao salientar a
competência dos profissionais da agência.
Título e Texto: Cristyan
Costa, revista Oeste, 27-4-2021, 6h40
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