Carina Bratt
GOSTARIA DE FAZER UMA PERGUNTA às minhas amigas e leitoras e, claro, saber, com toda sinceridade, o que elas pensam a respeito de quem é mais superior, em todos os sentidos: nós as mulheres, ou eles, os homens? Existe, verdadeiramente o sexo frágil? Sim, ou não? Uma pesquisa feita aqui em Tóquio, antes do início dos jogos olímpicos, por uma turma de estudantes de medicina da Universidade de Tóquio, onde foram entrevistadas mais de quinhentas mulheres, entre estudantes de dezoito e pessoas comuns, de quarenta e sessenta anos, os orientadores responsáveis pelo empreendimento, chegaram à seguinte conclusão.
As mulheres, nos seus depoimentos, em nenhum momento se vangloriaram com a ideia de serem superiores aos homens. Sem se considerarem inferiores, todavia, defenderam a bandeira da ‘igualdade’, ou seja, se irmanaram na conta da necessidade de todos se compreenderem mutuamente, com um único objetivo a ser alcançado: a ‘felicidade humana’. No gancho desta pesquisa, ficou comprovado, pelas respostas dadas às perguntas formuladas, que NÃO HÁ NADA, pelo menos aparentemente, que justifique o avantajado físico ou intelectual da mulher sobre o homem.
Lado paralelo, se chegou, igualmente a conclusão, de que a ‘inferioridade feminina’ inexiste, ou dito de forma mais aberta, mais ampla, esta suposta subalternidade nada mais é que fruto antigo advindo da educação dos ancestrais. Em dias atuais, em todos os seguimentos, os inquisidores (ou interrogantes) perceberam que as mulheres invadiram maciçamente as áreas reservadas à galera masculina. O belo sexo tomou conta dos postos mais importantes nas repartições públicas, no Comércio, nos Bancos, nas Fábricas, na Administração Pública, na Saúde, na Política, na Justiça, enfim, em todos os demais seguimentos de somenos importâncias existentes em todo o planeta.
Foi, em verdade, uma auspiciosa revolução. Em vista deste particular, a veridicidade não deve ficar obscurecida, ou relegada à segundo plano. Jamais! Onde a mulher mete a cara e trabalha, a produção é maior. O rendimento, visivelmente mais seguro e objetivo. A mulher traz consigo, de berço, o espírito da emancipação, do empreendedorismo, bem ainda o tino, o juízo, a perícia organizacional como bússola apontando o Norte a ser seguido e procura realizar as suas tarefas (sejam elas quais forem), com elevado esmero e cuidado. Sobretudo, cuidado. Afirmaram, os especialistas envolvidos na análise, que a mulher é mais forte e robusta diante dos infortúnios e dos sofrimentos.
Os destacados homens de negócios —, aquelas figuras que estão no comando de empresas indispensáveis à sobrevivência do universo —, preferem intervir e avançam com sofreguidão na mão-de-obra de dez ou vinte mulheres, a fazê-lo em um único homem. E o por que disto? Porque este espécime sempre revela fraqueza e medo. Em contrário, tal enfermidade não se verifica com o outro sexo. O oposto. As dores da maternidade, por exemplo, exaltam de forma incondicional e confirmam, categoricamente, de certo modo, a superioridade feminina em face do enorme sofrimento físico.
Diante da pesquisa feita aqui em Tóquio, devemos reconhecer que as mulheres se mostram invictas, conscientes, dominadoras e absolutas. Por esta e outras tantas razões frenteadas a estes pequenos e insignificantes detalhes, usque enormemente envolventes para os olhos ávidos do mundo, como responder ou o que dizer a respeito do sexo frágil? Deve-se dizer tudo que nos for de direito e nos vier à telha. Tudo e mais um pouco. E à indagação trazida?! Afinal, caríssimas, existe verdadeiramente o sexo frágil? Sim ou não? A resposta, é óbvia: NÃO. Que seja, ato contínuo, aclamada, como VITORIOSA, A TESE DA IGUALDADE DOS DOIS SEXOS.
No mesmo alinhamento e, em
conclusão, deixar largamente sedimentado, a quem ainda ousa duvidar, que o sexo
frágil se faz gritante no cotidiano, combinar de forma irretorquível e
insofismável que tal raquitismo não passa de intrigas de uma oposição fajuta e
fora de propósito. Acreditem: o desmedrado, a parte grácil e fragilizada da
mulher, não passa de um mito. De um mito
ultrapassado. Envelhecido, caído em desuso. Um mito morto e enterrado. As
minhas amigas e leitoras, por acaso alimentam (ainda que lá no fundo bem fundo
da alma) alguma objeção quanto ao que acabei de trazer à baila?
Título e Texto: Carina
Bratt, de Tóquio, no Japão, 1-8-2021
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