Estoques seguem abaixo do planejado pelas empresas
Agência Brasil
A Sondagem Industrial de agosto aponta que a utilização da capacidade instalada da indústria segue elevada no país, acima do registrado em anos anteriores, e o emprego também continua crescendo no setor. Os dados foram divulgados hoje (23) pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).
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Foto: José Paulo Lacerda/CNI |
Por outro lado, o nível de
estoques praticamente não mudou no mês, e segue abaixo do planejado pelas
empresas. É o terceiro mês consecutivo em que a diferença entre o nível de
estoque efetivo e o desejado pelas empresas se mantém. A CNI, destaca,
entretanto, que essa diferença é muito menor que no mesmo mês de 2020, quando o
problema da falta de insumos e matérias-primas vinha se tornando mais crítico.
As expectativas do empresário
mostraram estabilidade no mês, “mas seguem especialmente positivas”, segundo a
CNI, esperando também o aumento da demanda e das exportações, assim como o
número de trabalhadores e as compras de matérias-primas. “Nesse cenário, de
otimismo do empresário e de alta utilização da capacidade instalada, a intenção
de investir do empresário segue também elevada”, diz a entidade.
Dados de agosto
A Utilização da Capacidade
Instalada (UCI) aumentou 1 ponto percentual, para 72%, entre julho e agosto de
2021. O percentual para o mês se iguala ao registrado no mesmo mês de 2014 e
supera o registrado no mês de agosto dos anos seguinte.
De acordo com a CNI, o
resultado é maior mesmo em relação a agosto de 2020, “quando a indústria vinha
em forte recuperação após a paralisação causada pela covid-19”. E desde maio
deste ano a UCI se mantém acima da média dos mesmos meses de 2011 a 2019.
Os empresários da indústria também voltaram a indicar novo crescimento da produção entre julho e agosto. É o quarto mês consecutivo que os empresários da indústria de transformação e extrativa, de todos os portes, apontam aumento frente ao mês anterior. O índice de evolução da produção ficou em 53 pontos, acima da linha divisória de 50 pontos que separa queda de alta da produção.
Segundo a pesquisa, o emprego
industrial segue em trajetória de crescimento. O índice de evolução do número
de empregados ficou em 52,3 pontos, acima da linha divisória pelo quarto mês
consecutivo.
A CNI destaca que, após
registrar 50 pontos em abril, o índice aumentou nos quatro meses seguintes,
“mostrando que as contratações são cada vez maiores e disseminadas pela
indústria”. Nos últimos 14 meses, o índice ficou acima dos 50 pontos em 13.
Já os estoques seguem abaixo
do planejado e o índice de evolução ficou em 49,7 pontos em agosto. A entidade
explica que, como o valor ficou muito próximo da linha divisória de 50 pontos,
indica que os estoques mantiveram a estabilidade no mês passado.
O índice de nível de estoque
efetivo em relação ao planejado praticamente não mudou, passando de 48,7 pontos
em julho, mesmo valor também de junho, para 48,6 pontos em agosto. Segundo a
CNI, o índice mostra, portanto, mais um mês em que os estoques ficam abaixo do
planejado pelas empresas. Em 2020, a diferença entre efetivo e planejado era
muito maior: índice de 45,2 pontos.
Otimismo elevado
Os índices de expectativas dos
empresários recuaram entre agosto e setembro, mas todos permanecem bem acima
dos 50 pontos, mostrando elevado otimismo dos empresários, segundo a CNNI. “Os
índices são especialmente elevados para o mês: superam o observado no mesmo mês
de anos anteriores desde 2011, exceto somente o registrado em setembro de 2020,
quando os índices vinham influenciados pela forte recuperação da atividade que
ocorria naquele período”, explica a entidade.
O índice de intenção de
investimento também recuou de 59 pontos para 58,5 pontos na passagem de agosto
para setembro de 2021. “Apesar da queda, o índice segue muito acima de sua
média histórica (50,5 pontos) e é o maior para o mês desde o início da série. A
intenção de investir segue elevada por conta do otimismo ainda elevado,
combinado a uma alta utilização da capacidade instalada”, diz.
A pesquisa consultou 1.929
empresas de 1º a 15 de setembro. Do total, 779 são de pequeno porte, 671 de
médio e 479 são grandes empresas.
Título e Texto: Agência
Brasil; Edição: Maria Claudia – Agência Brasil, 23-9-2021, 10h46
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