Procuradoria-Geral da República fala em organização criminosa comandada por Wilson Lima
Afonso Marangoni
Por unanimidade, 12 a 0, a Corte Especial do Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu nesta segunda-feira, 20, aceitar uma denúncia que torna o governador do Amazonas, Wilson Lima (PSC), réu no caso da compra superfaturada de respiradores na pandemia.
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Foto: Ruan Souza/Semcom |
Ele é acusado pelo Ministério
Público de chefiar uma organização criminosa que teria desviado recursos
públicos em um prejuízo de, pelo menos, R$ 2 milhões.
Agora, a próxima etapa são os
depoimentos de testemunhas e a coleta de provas. Depois, haverá o julgamento,
que determinará se os acusados serão condenados ou absolvidos.
O relator, ministro Francisco
Falcão, entendeu haver elementos suficientes para a abertura de uma ação penal
contra o governador por supostos crimes de peculato, fraude, dispensa indevida
de licitação, organização criminosa e embaraço às investigações.
PGR fala em “organização
criminosa”
A Procuradoria-Geral da República defendeu o recebimento da denúncia contra Wilson Lima (PSC) e outras 15 pessoas. Eles foram denunciados em 26 de abril.
Segundo a subprocuradora-geral
da República Lindôra Araújo, a denúncia descreve os fatos criminosos imputados
aos envolvidos, de modo claro e concatenado, com detalhamento amplo das suas
atuações ilícitas.
“Sob o comando do governador
do Estado, que coordenava a ação dos demais envolvidos, no contexto de
enfrentamento da pandemia de covid-19, instalou-se, no Estado do Amazonas, uma
organização criminosa”, sustentou Lindôra Araújo.
Wilson Lima
Ainda com a sessão em
andamento, o governador divulgou uma nota:
“Sobre a decisão de hoje,
afirmo: as acusações contra mim não têm fundamento e tampouco base concreta,
como ficará provado no decorrer do julgamento. Nunca recebi qualquer benefício
em função de medidas que tomei como governador. A acusação é frágil e não
apresenta nenhuma prova ou indício de que pratiquei qualquer ato irregular.
Agora, terei a oportunidade de apresentar minha defesa e aguardar, com muita
tranquilidade, a minha absolvição pela Justiça. Tenho confiança na Justiça e a
certeza de que minha inocência ficará provada ao final do processo.”
Título e Texto: Afonso
Marangoni, revista OESTE, 20-9-2021, 19h14
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