Hélio Brambilla
Num dia desses, um amigo me disse ter comprado dois carros. Minha resposta foi imediata: — Renovou a frota! O seu e o da esposa! Replicou ele: — Que nada! Na verdade, eu comprei duas SUVS, sendo uma para mim e a outra para o Estado, pois paguei praticamente a metade de imposto na compra.
Como você sabe — continuou —,
o Brasil tem uma das maiores taxas de impostos sobre carros do mundo, apesar de
eles serem fabricados aqui, o ferro utilizado nele ser daqui a borracha ser
daqui, mas na aquisição de um automóvel, o brasileiro paga o equivalente ao
valor de dois, sendo que a metade do valor é para alimentar a máquina estatal.
O amigo estava indignado, pois
não parava de se referir à compra de um carro pelo valor de dois, que o estado
brasileiro era muito socialista, quase comunista… E o retorno que ele dá para o
cidadão todos nós conhecemos de sobejo, na segurança, educação, saúde…
exatamente como muitos dizem, imposto sueco com retorno de país paupérrimo.
O Impostômetro da Fecomércio,
no Centro de São Paulo, neste final de agosto já aponta para a marca próxima de
R$ 2.000.000.000.000,00 (dois trilhões de reais) de impostos pagos pelos
contribuintes. Isso apenas nos primeiros oito meses do ano. Esta é a triste
realidade vivida por nós nessas duas décadas do século XXI, época em que muitos
sonhavam já estar vivendo num paraíso redimido pela ciência e pela técnica…
Se tudo isso ainda não
bastasse, o Brasil sofre no momento mais uma grande ameaça à sua soberania
arquitetada por ONGs e outros organismos internacionais, seguramente não
alheios aos olhos amendoados dos chineses. Como se não fossem suficientes os
13% de nosso território demarcados para uma população de menos de um milhão de
índios, querem mais uma ‘fatiazinha’ de 14%, o que somará quase 30% do Brasil…
Esse imenso território será mesmo para os índios, ou para testas-de-ferro de
poderes internacionais que se escondem atrás deles?
Não sou contrário às
demarcações de terras para os silvícolas, conforme previsto na Constituição de
1988, ou seja, as terras ocupadas e habitadas por eles até a promulgação da lei
magna atual, limite esse chamado de “marco temporal”. Trata-se agora de nossos
índios trabalharem as suas terras como muitas aldeias já vêm fazendo. E com
sucesso! Por que não o fazem? Porque Ongs, Cimi, CPT, CNBB e assemelhados não
querem… não querem por quê? Dizem eles que é por amor ao índio! Quanto a mim,
tenho minhas dúvidas…
Até há pouco, a própria Fundação Nacional do Índio — Funai não queria também, mas parece que isso vem mudando no atual governo. Vamos pedir a Deus para que mude mesmo de uma vez por todas, pois será a única saída para tirar os índios da tutela malsã do estado socialista, quase diria escravidão estatal, além de ONGs, Cimis e CPTs. Ademais, isso não é mais novidade, pois já são 78 aldeias que já optaram pelo seu próprio desenvolvimento.
Dentro deste quadro
inquietante, outra ameaça não menos preocupante quanto à nossa soberania é a
lei sobre a venda de terras para estrangeiros, que permite dispor até 25% do
território brasileiro. Ou seja, um outro “Tratado de Tordesilhas” às avessas,
pois o Brasil poderá perder aproximadamente dois milhões de quilômetros
quadrados com a venda de terra para estrangeiros.
Outra característica acentuada
de socialismo puro foi o Código Florestal Brasileiro, na verdade, um dos
maiores confiscos já registrados na história do Brasil. Como o leitor poderá
constatar no quadro abaixo, foi surripiada muita terra do produtor em cada
unidade da federação. O ruralista teve de “engessar” 20, 30% das suas terras, e
em algumas regiões da Amazônia o percentual sobe para 80%! Em tese, a terra é
dele, mas ele não a pode utilizar, vender ou alugar, pois ele é coagido a
proceder assim em ‘benefício’ do planeta.
De fato, o proprietário
comprou, pagou e contribui com os impostos correspondentes às terras que ele
foi obrigado a “doar” para o Estado brasileiro. E mais. Arca ainda com o ônus de
ser o bombeiro competente dessas terras contra eventuais incêndios criminosos
ou não que venham ocorrer. De ser o guardião delas, pois caso morra uma
saracura nessa área por mãos de algum forasteiro, ele será responsabilizado
criminalmente por infringir o meio ambiente.
Curioso é que se morrer uma
pessoa nessa mesma área não lhe acontecerá nada. Mas ai, se for abatido um
animal, cortada uma árvore! O proprietário poderá ser preso por crime
ambiental. Afinal, árvores e bichos valem mais do que qualquer humano. É a
completa inversão de valores que passou a vigorar nessa espécie de república
socialista que se tornou o Brasil.
A tarefa do proprietário rural
não termina aí. Ele precisa de arcar com as consequências das matas ciliares,
que em muitos lugares fizeram retornar doenças que já tinham sido erradicadas,
como a malária, chikungunya, dengue, febre amarela, que já dizimou grande
quantidade de macacos no Brasil. Aliás, todas elas por ora superadas pelo vírus
chinês da Covid-19. Afinal, por uma magia midiática, nenhum brasileiro morre
mais com outra doença que não seja Covid…
Em suma, os proprietários
rurais perderam este percentual de terra para o Estado Moloch. Se somarmos
estes 25% que poderão ser vendidos para estrangeiros, mais 30% doados aos
indígenas, isso perfará 50% do território brasileiro, além das reservas legais,
o que deixará muito pouca terra para o ruralista produzir.
Para que não fiquem dúvidas sobre as áreas de preservação obrigatórias aos ruralistas, em vez de apresentar o quadro por biomas, daremos os percentuais referentes de cada Estado da federação.
Apenas 8 a 9% do território
brasileiro é utilizado para produção agrícola, e mais 16% para pecuária,
perfazendo um total de 25%. Com este percentual de 25%, nosso produtor rural
deveria ganhar o Prêmio Nobel pelo fato de alimentar 1,6 bilhão de pessoas aqui
e alhures. E os socialo-comunistas-tupiniquins, marionetes ou não, querem a
todo custo impedir o Brasil de produzir mais, e assim afastar o perigo da fome
que ronda o mundo.
O povo, às vezes, reclama do
preço dos alimentos. Tentemos explicar. Em primeiro lugar tem havido uma
demanda muito grande do exterior para os produtos brasileiros, como a carne,
por exemplo. Mas o maior responsável pela alta geral dos preços no Brasil é o
Estado socialo-comunista brasileiro.
Um exemplo ao alcance de todos
é a questão dos preços do combustível. Somos autossuficientes em petróleo, as
refinarias entregam o combustível por volta de R$ 2,50 o litro, e depois o
brasileiro paga na bomba R$ 6,00 o litro… Por que tamanha decalagem? Mais uma
vez, a resposta é o Estado socialista brasileiro.
O Governo Federal tem aliviado os impostos,
mas os governos estaduais e municipais são uns abutres em matéria de
arrecadação, onerando não só o produtor, mas sobretudo o consumidor brasileiro.
E quem paga a conta? Principalmente os pobres. Falam tanto da defesa dos
pobres, mas são os que mais os massacram por meio de impostos, pois o pobre
paga metade do que ele compra em tributos.
Quando caiu o Muro de Berlim,
Galbraith disse que teríamos de nos preparar para o neossocialismo.
Infelizmente ele acertou, e todos pagam caro pelo socialismo de ontem, de hoje
e de amanhã…
O Estado brasileiro precisa
voltar a ser o que era. Por que a China cresceu daquele jeito? Porque atraiu
grande quantidade de indústrias, mantendo o Estado aparentemente capitalista,
cobrando de 7 a 10% de impostos, enquanto aqui no Brasil era de 40 a 50%… é
claro que as indústrias fogem do Brasil, pois não aguentam a carga fiscal do
Estado Moloch.
Um parâmetro para sair dessa
encrenca na qual o Brasil foi metido poderia ser a pequena Croácia, a que já me
referi mais de uma vez, pois ao romper com o regime socialista cortou 50% do
ordenado de todos os figurões da república, vendeu dezenas de automóveis Mercedes-Benz
de alto luxo, que eram usados por uma “camorra”, mais alguns jatos executivos
que estavam à disposição de figurões socialistas.
Resultado, a Croácia se
recuperou da pobreza comunista, e hoje exibe o melhor PIB per capita da Europa,
sendo o país que mais cresceu no primeiro em 2021, isto é, 6.8%. Parabéns,
Croácia, a nossa campeã mundial em desenvolvimento. Que Nossa Senhora
Aparecida, Padroeira do Brasil, ilumine nossos governantes para, finalmente,
colocar o país nos trilhos dos quais nunca deveria ter saído.
Título e Texto: Hélio Brambilla,
ABIM, 27-9-2021
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