Em entrevista ao programa Os Pingos nos Is, senador afirma que parecer do relator Renan Calheiros não trará nenhuma surpresa
Fábio Matos
Em entrevista ao programa Os Pingos nos Is, da Jovem Pan, nesta sexta-feira, 17, o senador Luis Carlos Heinze (PP-RS) [foto], integrante da minoria governista na CPI da Covid, afirmou que o relatório que será apresentado nos próximos dias por Renan Calheiros (MDB-AL) não terá nenhuma surpresa. A intenção, segundo o parlamentar, é incriminar o atual governo.
“Surpresa quase nenhuma. Se
você olhar a fala dele no primeiro dia de CPI, poucas coisas serão
acrescentadas”, afirmou Heinze. “Eles procuram essas narrativas tentando achar
corrupção no governo. Há duas semanas, vazaram um relatório do Renan. A gente
já tem noção do que eles vão falar, em cima das críticas que estão fazendo ao
governo. Vão tentar achar alguma forma de criminalizar o governo Bolsonaro.”
O senador lamentou o fato de a
maioria oposicionista na comissão ter impedido o avanço das investigações de
suspeitas de irregularidades praticadas por prefeituras e governos estaduais
durante a pandemia de covid-19 — o chamado “Covidão”. “Os nossos
opositores, que têm posição majoritária na CPI, barraram que se ouvissem governadores,
secretários e prefeitos na questão da corrupção”, criticou Heinze.
‘Narrativas’
Ainda segundo Luis Carlos Heinze, os trabalhos da CPI da Covid nos últimos meses foram marcados pela permanente tentativa de atingir politicamente o presidente Jair Bolsonaro. “Criaram a CPI inteira em cima de narrativas tentando achar meios de incriminar o governo”, afirmou.
O senador comentou a
possibilidade de convocação de Ana Cristina Siqueira Valle, ex-mulher de Bolsonaro, para
prestar depoimento à comissão. O requerimento foi apresentado pelo senador
Alessandro Vieira (Cidadania-SE). A aprovação se deu durante a sessão que ouviu
o advogado e empresário Marconny Albernaz Ribeiro de Faria, amigo de Ana
Cristina. Ele é apontado como lobista da farmacêutica Precisa Medicamentos. A
empresa teria firmado contratos irregulares com o Ministério da Saúde, com a
intermediação de Marconny.
“Depois, eles acabaram
voltando atrás e viram o absurdo que era chamar a ex-esposa do presidente. O
fato é o Bolsonaro. Tem que desmoralizar o governo Bolsonaro. Tem que achar
alguma coisa e não conseguiram”, finalizou Heinze.
Título e Texto: Fábio Matos,
revista Oeste, 17-9-2021, 19h40
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