'Politicamente, me parece que essa discussão perdeu muita força', afirmou o deputado em entrevista ao Opinião no Ar, da RedeTV!
Fábio Matos
Em entrevista ao programa Opinião no Ar, da RedeTV!, nesta terça-feira, 21, o deputado federal Marcel van Hattem (Novo-RS) afirmou que as manifestações de 7 de Setembro em apoio ao governo de Jair Bolsonaro fortaleceram o presidente da República e minaram, consideravelmente, as chances de avançar um processo de impeachment no Congresso Nacional.
Seguindo a linha da deputada Carla Zambelli (PSL-SP)
em entrevista a Oeste, Van Hattem elogiou a Declaração à Nação
feita por Bolsonaro no dia 9 de setembro, dois dias depois dos atos que levaram
centenas de milhares de brasileiros às ruas em todo o país.
“Me parece que o presidente
saiu fortalecido com as manifestações. Pelo menos aqui na Câmara, essa ideia do
impedimento perdeu força sob o aspecto político”, analisa Van Hattem.
“Politicamente, me parece que essa discussão perdeu muita força. Além disso,
tivemos a nota do presidente da República, que eu achei muito positiva, dando
uma recuada naquilo que ele falou.”
Ainda segundo o deputado do Novo,
o comportamento mais comedido de Bolsonaro “não pode fazer com o que o STF
deixe de reconhecer seus próprios excessos e abusos”. “Esperamos que esses
abusos dos outros Poderes sejam história e daqui para frente tenhamos uma outra
relação institucional de harmonia e independência”, afirmou.
Discurso na ONU
Na entrevista à RedeTV!, Van Hattem também elogiou o pronunciamento de Bolsonaro na abertura da Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), mais cedo, em Nova Iorque.
“Achei um discurso bastante
bom. Ele está focando muito nas conquistas do governo assim como ele as
interpreta para poder fazer frente à disputa eleitoral”, avalia o deputado.
“Além disso, ele tratou, ainda que de forma rápida, dos temas que importam no
cenário internacional neste momento, como a pandemia, a vacinação e o combate
ao terrorismo.”
De acordo com o parlamentar,
Bolsonaro, “ainda que com palavras mais amenas, reforçou uma série de tópicos
que têm sido constantes” em seus pronunciamentos — como a defesa do tratamento precoce contra a covid-19 e as
críticas ao lockdown, por exemplo.
“Eu não vejo problema de
defender, em tese, a relação entre médico e paciente como sendo uma relação em
que deve haver confiança mútua”, disse Van Hattem. “Acho que é totalmente
admissível. Aliás, é o que se espera que haja entre médico e paciente.”
Racha no Partido Novo
Marcel van Hattem também falou
sobre a crise interna no Partido Novo, que tem levado a um verdadeiro “racha” na legenda.
“O Novo foi um instrumento criado para mudar a política brasileira para
melhor. Por outro lado, existem questões de governança que precisam ser
tratadas”, reconhece o parlamentar. “Ele [João Amoêdo, ex-presidente do Novo
e candidato ao partido ao Planalto em 2018] tem pessoas muito próximas dele
no diretório nacional, mas entendo que essas pessoas poderiam, eventualmente,
dar espaço para outras pessoas que representem a pluralidade de um partido que
não é mais pequeno”, opinou Van Hattem.
“O João Amoêdo de 2018 foi
um candidato que eu me orgulhei de apoiar, que defendeu os valores da
livre-iniciativa, mas nos últimos tempos tem se
revelado uma pessoa que parece muito amargurada: só anti-Bolsonaro, impeachment e
com uma postura pouco propositiva”, finalizou o
deputado.
Título e Texto: Fábio Matos,
revista
OESTE, 21-9-2021, 13h05
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