Além das três companhias, Brasil passa a ter uma nova operadora de telefonia móvel autorizada a oferecer o serviço no país
Fábio Matos
Os três lotes da faixa de 3,5GHz (gigahertz), considerada a principal do leilão do 5G que começou nesta quinta-feira, 4, foram arrematados por Claro, Vivo e TIM. A expectativa é que o leilão termine na sexta-feira 5.
A primeira frequência leiloada
foi a de 700 MHz. A Winity II Telecom, ligada ao Fundo Pátria, ficou com esse
lote — com isso, o Brasil passará a ter uma nova operadora de telefonia móvel
autorizada a oferecer o serviço em todo o país.
No leilão da faixa de 3,5 GHz, a Claro foi a vencedora do lote B1 (R$ 338 milhões, com ágio de 5,18%). A Vivo ficou com o lote B2 (R$ 420 milhões, com ágio de 30,69%), enquanto a TIM venceu o lote B3 (R$ 351 milhões, com ágio de 9,22%). O edital previa ainda a oferta de um quarto lote nessa faixa, com abrangência nacional, mas não houve nenhum lance.
A faixa de 3,5 GHz é exclusiva para o 5G e tem capacidade de transmissão de altíssima velocidade. Trata-se da faixa de frequência mais utilizada no mundo para o 5G, cujo espectro é apontado como ideal para atender áreas urbanas.
Incluindo os lotes nacionais e
regionais, a faixa foi orçada em cerca de R$ 30 bilhões, dos quais R$ 29
bilhões serão destinados ao cumprimento de obrigações previstas no edital.
Entre elas, estão: a migração do sinal da TV parabólica para liberar a faixa de
3,5 GHz para o 5G; a construção uma rede privativa de comunicação para a
administração federal; a instalação de uma rede de fibra óptica, via fluvial,
na região amazônica; a extensão da fibra óptica para o interior do país; e a
disponibilização do 5G em todas as capitais brasileiras até julho de 2022.
O governo federal estima que o
5G deve gerar US$ 1,2 trilhão em investimentos nos próximos 20 anos. A nova
tecnologia promete velocidades até 20 vezes superiores às atuais, além de tempo
de resposta (latência) baixíssimo entre os dispositivos conectados. Isso
permitirá o desenvolvimento de novas aplicações, desde carros sem motorista até
inovações na indústria, mineração e agricultura, entre outros setores.
Título e Texto: Fábio Matos,
revista
Oeste, 4-11-2021, 13h53
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