O Vasco da Gama não passou no primeiro grande teste da temporada,
e o resultado tem que ser visto como um aprendizado para o futuro
Willams Meneses
Não está tudo ruim, mas também não está tudo certo. Aliás, muito longe disso. Perder para o Botafogo não é absurdo, ainda mais se tratando de um clássico, mas da forma como aconteceu preocupa. Sim, o Vasco da Gama teve chances claras de empatar e até virar o jogo, sendo impedido pela noite inspirada de Gatito Fernandez, só que, ao mesmo tempo, fragilidades foram expostas.
Foto: Rafael Ribeiro/Vasco |
O adversário está na Série A,
só que não tem dos melhores times no momento, o que ficou evidente nas
primeiras rodadas da Taça Guanabara. Está em fase de formação, assim como o
próprio Gigante. A falta de entrosamento era evidente no clássico, dos dois
lados. No entanto, o adversário soube aproveitar a chance que apareceu.
Passou longe de ser um bom
jogo, prejudicado também pelo estado do gramado. Só que esse fator não pode ser
colocado como culpado da derrota vascaína, já que era ruim para ambos. A falta
de repertório, precisão e o próprio mérito do Botafogo foram os ‘culpados’. O
problema é que os dois primeiros quesitos se sobressaíram e podem ser
prejudiciais a longo prazo.
Naturalmente, ser ‘reprovado’ no primeiro grande teste da temporada não é um bom sinal e todos sabem disso. A boa impressão que as rodadas iniciais deixaram é menos pior, claro, que os pífios começos nos Cariocas de 2020 e 2021. Só que não garantem que o Cruzmaltino fará uma sequência de ano melhor comparado aos anteriores. Tem muito o que ser ajustado e reforçar o elenco é mais do que necessário.
Outro ponto é que não pode
depender de Nenê. Trata-se de um jogador diferenciado no quesito técnico, não à
toa tem feito a diferença, mas ele já tem quase 41 anos. Por mais que se
dedique aos treinos e esteja bem fisicamente, será impossível manter o nível a
temporada inteiro. A conta chegará uma hora ou outra. Muitos reforços ainda
estão devendo, principalmente no meio de campo.
A equipe vascaína tem o ataque
mais positivo da competição ao lado do Flamengo, os dois com 12 gols. Porém, a
defesa não tem ido tão bem assim, com sete gols sofridos em seis rodadas da
Taça Guanabara, ou seja, uma média superior a um por partida. O sistema
defensivo já foi problema ao longo de 2021 e não pode seguir assim em 2022.
Cabe ao técnico Zé Ricardo procurar soluções e a diretoria buscar mais
reforços.
Título e Texto: Willams
Meneses, Vasco Notícias, 14-2-2022, 10h39
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