sexta-feira, 25 de novembro de 2022

[Aparecido rasga o verbo] Nossos subterrâneos da liberdade ficaram descalços

Aparecido Raimundo de Souza

FALARAM TANTO, mas tanto em transparências, em lisuras, em asseios e decoros... colocaram as “urnas eletrônicas” em pedestais leirados (1), intocáveis e “in” mancháveis (2), longe das enegrecencias (3) e achavascamentos (4), distante de invasores inescrupulosos, divorciados quilometricamente de sádicos e perversos que toda a “população votante” abonou piamente. Na verdade, taparam nossos ouvidos às maledicências (5). Pior: fecharam nossos olhos. Amordaçaram nossas línguas e bocas. Bocas, ou meras comedoras de lavagens? Podem escolher. Tempo senhoras e senhores é o que não nos falta. Mandaram para os quintos do deus Alexandre, o “Grande”, as nossas esperanças. Acorrentaram nossas mãos e pés. Por um momento de pura imbecilidade, acreditamos que tudo seria diferente.

Juramos, por breves desvios da realidade que estávamos vivendo num país de homens sérios. Chegamos a botar fé nesses calhordas. E por essa “fé-de-mais” inabalada e fajuta, brega e sem noção ter sido em demasia, acabamos todos emporcalhados e fedidos. Perdão fodidos. Tomamos em nossos rabicós de verde e amarelo. As “urnas eletrônicas”, ou as delicadas “ur”I”nas, melhor dito, as intocáveis e virginais donzelas, viraram moedas de trocas. Deixaram de ser coisas sagradas, invioláveis e mandaram para a casa do caralho, as garantias das blindagens. Por momentos pareceram livres de criaturas funestas e de hackers de sindicatos e carteirinhas do “Papai Trambiqueiro”.

Por breves cochilos também repetimos, como todos os brasileiros que amam de peito aberto e o coração em festa, a sua Terra Mãe, a ponto de, no calor da emoção sentida, darmos “vivas ao brazzzil dos brasileiros”. Dos brasileiros?! Vamos rir?. Kikikikikikikikikikikikikikikikikikiki! Engolimos goela abaixo, como favos de mel, logo em seguida, as melopeias (6) disfarçadas, saídas dos armários das putas que as pariram. As meretrizes seguiram assanhadas. Doidivanadas (7). Por conta da nossa estupidez galopante, nos deixamos ser levados, ao deus dará, pelas ditas cantilenas sonoras e desconcertantemente abruptas dos inescrupulosos “desconhecidos”. Desde então, ou desde sempre, o brazzzil deixou definitivamente de ser o nosso brazzzil.

Seus donos, em dias de hoje, são os empolados e vigaristas, os “pinguinsfachins” (8), ou mais precisamente, o gostosão Lex Luthor da Corte Suprema. Igualmente nos envolvemos nas malhas dos ocultos malignos. Nos deixarmos ser aferrolhados, tiranizados. Nos tornarmos bestas-cargas de cargas bestas, encadeadas em desvãos escuros e encobertos pelas ousadias sem limites dos “Resguardados”, usque dos “Pilantras” que venderam e barganharam as próprias mães para conseguirem chegar onde desejavam.  Vejam, senhoras e senhores, no que deu. Com isso, os puros de espírito, os que tinham e ainda têm sangue nas ventas (logicamente fazemos aqui referências aos cidadãos que morreriam pelo país, se preciso fosse), sinalizamos evidentemente os saudosos de cabelos brancos, os verdadeiros donos de uma Fidelidade que veio com eles, nas bolsas, trazidas dos tempos dos berços.  

Por essa gente que anda de cabeça erguida, conseguimos sobreviver. Por um tempo ínfimo. Os machos de verdade, os que verdadeiramente honram os colhões pendurados nos meios das pernas. De repente, apesar de todos os cuidados, do nada, num resvale pecaminoso, nos deparamos diante do fracassado e asqueroso “Estado Demoniacrático de Direito”. A bem do que restou, sabemos, agora, tardiamente, que o suposto “Estado Democrático de Direito” é uma farsa, um embuste, uma pantomina (9), uma baldroca (10), uma doença incurável. Não existe vacina, não existe antídoto ou remédio para livrá-lo desse mal. Não agora. Antes, até poderíamos pensar numa espécie branda de analto (11). Tal calamidade, com o passar dos dias, se agigantou, se fez incubada como bicha louca enrustida em armário de motel de beira de estrada.

Estúpidos e retardados, levamos à sério uma outra rameira. A constituição intátil (12). Idolatramos a porra da carta magna (que de magna não tinha ou melhor, nunca teve bosta nenhuma). Somos agora, reféns de uma nação opressora, que jurava, de bundas e pregas juntas, ser séria e transparente. Abonamos esses “cus” melecados, levados pela cegueira aparvalhada, crendo em figuras puras e virginais. Santas perfeitas e justas, milagrosas e ordeiras, a ponto de (se cagassem ou peidassem), num piscar de pálpebras, engoliríamos como prodígios vindos não do céu, dos altos muros do Vaticano. Assombros de fazer até Deus coçar a cabeça. Pasmem, senhores! Chegamos a sonhar (voltando a bater na mesma tecla), chegamos a gozar antecipadamente em bocetas largas que as queridinhas “urnas eletrônicas” estavam acima das figuras das deusas do Olimpo.

As filhas da puta se fizeram arrombadas. As vadias deram seus diplomas de castas para quem pagou mais. Se tornaram, assim, “Osujas” (13). Por um segundo de asnática idiotia, veneramos (desconfiando, verdade seja dita), idolatramos erroneamente uma esperança truncada, um porvir mutilado, abscondido (14), como se realmente estivéssemos diante de uma eleição séria, honesta, transparente, verdadeira, positiva, decente, asseada, impecável e íntegra. Sobretudo, incorruptível. Ufa! Ledo engano!  Passado o clamor uníssono e espetaculoso do gigantesco circo armado pelos palhaços encabeçados por um plantado Orlando Orfei dos tempos da brilhantina, descobrimos, tardiamente, que os bufões, os girafales, os carequinhas, os arrelias, os patatis e patatás, os chaves e os didis da vida, não eram eles. Fomos nos. Aliás, SOMOS NÓS. E continuamos...

Os figuraços do tal STE, os e as gargantas largas de meia tigela, os (Satanases e Trastes Espertalhões) entre outras desgraças e cânceres de iguais portes (que apregoaram as purezas e as probidades das invioláveis “urnas eletrônicas” nos deram um “belo chapéu”. Bem sabemos e tal atitude ficou clara, os Poderosos do Epicentro montaram uma representação impecável, magistral, divina e esmerada, de modo a nos impressionar. E ficamos embasbacados, de queixos caídos. Saímos dogabobados (15). Tomamos em nossos surrados cuzinhos pobres e sofridos traseiros um imensurável ferro em brasa. Atônitos, as línguas de fora, às semelhanças esquizofrênicas de Einstein estamos à deriva, “titanicqueando” (16), sem eira nem beira. Logo soçobraremos.

Em resumo, nesse momento de puras lamentações, chafurdamos num mar infindo de lamas fedorentas. Enxovalhamos num oceano imenso de excrementos. Na verdade, vamos todos (passagens só de ida), para o fundo de um poço negro. Um buraco de profundidade abissal, maior que o da camada de ozônio. Não importa o tamanho da merda da pica no buraco. Se negro, branco, vermelho, laranja, abissal ou assemelhado ao da camada de ozônio. A trolha enfiada não faz diferença. Jamais voltaremos. As queimadas da Amazônia (já ouviram falar??!!), perto dele... dele quem??!! (do buraco, seus Manés), se assemelham a um amontoado de apostas por debaixo dos panos de trocentas corridas de rinocerontes enfurecidos. Um doce de banana embrulhado em papel celofane com figuras de rosinhas weber para quem adivinhar quem são os rinocerontes.   

Notas de rodapé: 
1) Leirados – O mesmo que sulcado, tipo abrir sulcos ou buracos na terra. 
2) “In”mancháveis – Que não pode ser manchado, sujado ou emporcalhado, 
3) Enegrecencias – Que não podem ser escurecidas ou nubladas. 
4) Achavascamentos – Ridicularizações ou brincadeiras de gosto duvidoso. 
5) Maledicências – Críticas, alfinetadas e mexericos. 
6) Melopeias – Melodia monótona, toada sem graça. 
7) Doidivanadas – Pessoas imprudentes e levianas. 
8) “Pinguinsfachins” – Mistura feita da bosta do Pinguim com as fezes do mi”SI”nistro Fachin. 
9) Pantomina – Representação teatral. 
10) Baldroca – Engano fraudulento ou trapaça de grande monta. 
11) Analto – Uma enfermidade ou doença que não tem cura, mas pode ser tratada. 
12) Intátil – Mesma coisa que intangível, ou que não se pode tanger ou golpear. 
13) Osujas – Pessoas e coisas sujas. 
14) Abscondido – Tudo o que está escondido ou ocultado. 
15) Dogabobados – Criaturas burras e sem noção da realidade. 
16) Titanicqueando – Soçobrando ou afundando igual ao Titanic.


Título e texto: Aparecido Raimundo de Souza, viajando para o Catar, antes que me catem por aqui. 25-11-2022 

Anteriores: 
[Aparecido rasga o verbo – Extra] Quem ficará agora sentado à beira do nosso caminho?! 
Celebridades instantâneas 
[Aparecido rasga o verbo – Extra] Não há vitória sem peleja 
Velhice 
[Aparecido rasga o verbo – Extra] Um dia, quem sabe, o milagre se faça real... 
Crotildo 
[Aparecido rasga o verbo – Extra] Pequenas diferenças entre o Deus verdadeiro e o “deus” cabeça de ovo 
Matemática de sinaleira 
[Aparecido rasga o verbo – Extra] Brasil: esperança e caos 
Sono pra lá de heteróclito 
Se não fosse pela gafe cometida...

2 comentários:

  1. Com todo respeito: Marcous Cinta, desculpe, Marcous Crintra. Nome complicado a gente leva um tempo para pronunciar direitinho. Pois bem! Certamente o cidadão "centriu" que iria perder uma boa graninha (apesar de ser economista) claro, preferiu fazer o papel de imbecil diante da "PF". "PF" significa (Pato Feito ou Prato Feio). Perdão, "PF se traduz por "Puliça Fedemal". Voltando ao "onesto" Marcador de Cintra, antes um imbecil com dinheiro nos bolsos que depor diante dos "omes" da lei e ser taxado, a depois, e acabar mal visto pela turma que sabotou (desculpem mais uma vez pela franqueza), que sacaneou as pobres e indefesas urnas. No "brazzzil" ser homem não é ter três colhões. Ser homem é ter dois mas não sair por ai como estou cansado de ver, enrabado com um monte de seguranças em suas costas. Se der um peido, o segurança logo à retaguarda cheira, sorri e pede a benção. No meu tempo de jovem, andar com rinocerontes às costas, tinha outro nome.
    Aparecido Raimundo de Souza
    Da Lagoa Rodrigo de Freitas, Rio de Janeiro.

    ResponderExcluir

Não publicamos comentários de anônimos/desconhecidos.

Por favor, se optar por "Anônimo", escreva o seu nome no final do comentário.

Não use CAIXA ALTA, (Não grite!), isto é, não escreva tudo em maiúsculas, escreva normalmente. Obrigado pela sua participação!
Volte sempre!
Abraços./-