Todos os regimes comunistas da história foram ditaduras
Roberto Motta
Não sou de esquerda porque
essa posição ideológica é baseada em três crenças equivocadas: a de que
totalitarismo produz liberdade, a de que a distribuição da riqueza é mais
importante que sua criação, e a de que o Estado deve dirigir nossas vidas nos
mínimos detalhes.
Essas crenças são a base do
comunismo e do socialismo, que são a mesma coisa: sistemas filosóficos, morais
e políticos mórbidos, usados por psicopatas e aventureiros para transformar o
ser humano em um farrapo corroído por fome, miséria e degradação.
Esse é o resumo breve do que é
“esquerda”.
Faltou dizer que a esquerda
sempre contou com o apoio dos intelectuais e, por isso, tem um marketing
incomparável: foi assim que uma ideologia totalitária, violenta e empobrecedora
se tornou promotora da “justiça social” (seja lá o que for isso) e ganhou o
apelido de “progressista”.
Quando as revoluções sangrentas saíram de moda, a esquerda abraçou as bandeiras das minorias, do feminismo e da ecologia para se manter no poder. Percebam a ironia de ter esquerdistas liderando movimentos feministas, antirracistas e ecológicos: basta contar quantos negros já foram presidentes de Cuba ou Venezuela, quantas mulheres já foram chefes do Partido Comunista Russo ou Chinês, ou lembrar do desastre ambiental da China e da usina nuclear russa de Chernobyl.
Todo os regimes comunistas da
história foram ditaduras. NÃO HÁ UMA ÚNICA EXCEÇÃO. Opositores são perseguidos,
presos, torturados e mortos. Os países são cercados de muros para que ninguém
escape.
Apesar disso, o comunismo
ainda é apresentado como o regime da solidariedade e do amor, onde “cada um dá
o que pode e recebe o que precisa”.
O comunismo é um remédio que
mata 100% dos doentes, mas que continua sendo vendido até para crianças. “Pode
confiar”, diz o fabricante. “Da próxima vez vai dar certo”.
Essa mentira assombrosa é
divulgada nas artes plásticas, na literatura, na arquitetura, no teatro, no
cinema e na TV como verdade.
Livros escolares usados por
nossos filhos plantam, em suas mentes imaturas, uma ideia que significará, para
muitos, uma vida de frustração, revolta vazia, vício e pobreza.
Escolas de direito doutrinam
futuros juízes, promotores e defensores públicos no ódio ao capitalismo e à
prosperidade, e na promoção de um Estado intervencionista, autoritário e
onipresente.
O esquerdismo, socialismo ou
“progressismo” é isso: um equívoco moral e lógico, um instrumento de violência
e opressão, e uma armadilha emocional e intelectual, glamourizada, divulgada e
promovida pelos segmentos mais influentes e charmosos da sociedade.
Quem paga o preço disso são os
que não podem se informar ou se defender.
Como disse Theodore Dalrymple,
“os pobres colhem o que os intelectuais semeiam”.
E é por isso que eu não sou de
esquerda.
Título e Texto: Roberto
Motta, Revista Oeste, 3-12-2022, 14h45
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