Telmo Azevedo Fernandes
Todos assistimos pelos jornais
e televisões ao desenrolar das telenovelas deprimentes envolvendo Alexandra «Quinhentos
Mil» Reis e Rita «Porta Giratória» Marques.
O primeiro caso é o de
Alexandra, uma senhora que andou a saltitar entre administrações de empresas
públicas até aterrar na secretaria de estado do Tesouro com uma indemnização
milionária indevida e calçada em sapatos Louboutin, caríssimos.
O segundo caso é o de Rita,
uma senhora que veio para a praça pública de forma fanfarrona e gabarolas, na
prática dizer que se estava a marimbar para o cumprimento da lei e que estava
absolutamente segura de que 30 dias após deixar de ser secretária de estado do
Turismo poderia tornar-se administradora de um grupo privado do sector que
tutelou directamente.
A semelhança óbvia entre os
casos é o amiguismo e a falta de vergonha típica dos socialistas que tratam o
país como um feudo para explorar até ao tutano, em benefício próprio.
Mas faço notar outra
semelhança curiosa: Rita «Porta Giratória» Marques foi diretora
executiva da Porto Business School para área de MBAs e
pós-graduações. Trata-se de uma escola de negócios na órbita próxima e directa
da Universidade do Porto a maior universidade pública do país. Por sua vez,
Alexandra «Quinhentos Mil» Reis é professora
na AESE, a mais antiga escola de negócios do país e lecciona cadeiras
para gestores de empresas de referência.
Ora, se a Universidade do Porto tem uma Comissão de Ética que visa “promover o cumprimento dos mais altos padrões éticos em todas as atividades da Universidade” e a AESE se apresenta como tendo um corpo docente que visa transmitir aos executivos seus alunos “valores centrados na ética e no humanismo”, o que está a falhar nestas instituições?
Em geral todas as escolas de
gestão do país sucumbiram à moda dos chamados “princípios ESG” que, na prática,
são mandamentos de uma seita evangelizadora e uma artimanha para dirigentes e
empresas manterem privilégios à margem do livre mercado e da sã concorrência.
(ver aqui e aqui,
por exemplo).
Portanto, como é que as
universidades e instituições de ensino de executivos compaginam o perfil do seu
corpo docente com os lirismos e sinalização de suposta virtude das bandeiras
anti-capitalistas ESG que agitam?
Valeria a pena haver um
escrutínio mais rigoroso sobre quem se convida para ensinar aos outros princípios
éticos que os próprios docentes não praticam.
A minha crónica-vídeo de
hoje, aqui:
Título, Texto e Vídeo: Telmo Azevedo Fernandes, Blasfémias,
11-1-2023
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