Miguel A. Baptista
José Sócrates abandonou o PS, no entanto o socratismo ficou por lá, e bem enraizado. Depois de ter levado o país ao charco descobriu-se que Sócrates era o cabeça de um polvo do tipo mafioso, e um indivíduo absolutamente amoral (tese de mestrado comprada, livros levados ao top por compras próprias, mentira compulsiva da qual o caso "Eusébio" será a mais caricatural...)
Num país exigente era normal
que as pessoas que fizeram a sua carreira política à boleia de Sócrates fossem
politicamente penalizadas. Também seria expectável que o Partido Socialista
sentisse necessidade de, num processo de autorregulação, abandonar socratinos
métodos e estilos como a arrogância do dono da quinta.
Pois bem, nada disso aconteceu.
As mais socratinas personagens como Edite Estrela, Vieira da Silva, Augusto
Santos Silva, Pedro Silva Pereira ou o inenarrável Galamba sobreviveram
politicamente e trilharam o seu caminho no ambiente costista.
O processo de defenestração de António José Seguro foi, aliás, muito motivado pela necessidade de manter no PS a prevalência da "Sócrates Connection". A campanha interna de António Costa foi até, em parte, financiada por José Sócrates e por Carlos Santos Silva, o amigo rico da casa de Paris.
Quando Galamba, o homem que
Fernanda Câncio levou até Sócrates, aquele que o avisou qua a PJ andava atrás
dele, aquele que se comportava nas redes sociais como um puto malcriado, chegou
a ministro, ficou bem claro que a amoralidade costista era incompatível com
qualquer padrão de decência.
Era visível que os porcos
tinham retomado o controle da quinta. Eventualmente com outro nome, ainda é o
socratismo, e os seus valores, que nos dominam.
Título e Texto: Miguel A. Baptista, Corta-fitas, 2-5-2023
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