sexta-feira, 3 de julho de 2015

Tá com medo, Dirceu?

José Manuel



Nada como um ano após o outro, e foram muitos, mais precisamente NOVE, para que chegássemos aqui, mais precisamente a este ponto onde você está.

Você conseguiu se livrar do primeiro, o mensalão, conseguiu passar uma estopa suja sobre a VARIG, que você destruiu a seu bel-prazer e para rechear os seus bolsos, mas não vai conseguir se livrar deste.

Sabe por quê? Não? É a justiça divina se manifestando, são aqueles mil e tantos do AERUS, que morreram por tua causa, e que agora estão com a chave da cadeia nas mãos e vão te assombrar mais ainda.

Tá com medo? Nós também.
Foram NOVE anos de medo, não, de pavor, não, de terror, pelo que nos fizeste.
Perdemos tudo, a nossa saúde, os nossos bens, a nossa dignidade, mas vamos te assombrar pelo que resta da tua vida. Nós nunca usaremos uma tornozeleira, que é a mais execrável das situações onde um ser humano pode chegar.

Vais eternamente ouvir os nossos gritos e os motores dos aviões que calaste para sempre, pois são a consciência do mal que fizeste. O azul vai te assombrar e não adianta mais te esconderes atrás do vermelho, porque o céu que vais ver através de um quadrado, é azul e branco como a pintura daquela empresa que arruinaste.

Tá com medo, Dirceu? 
Título e Texto: José Manuel, um dos que você arruinou, 2-7-2015

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