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Imagem: Fundação BUNGE |
Um viajante (viajantes, no
Brasil, são aqueles vendedores que viajam pelo interior vendendo mercadorias)
chegou numa cidade do interior da Bahia, visitou seus clientes e à noite foi
tomar umas cervejas e bater papo num clube local. Fazia a praça daquela cidade
regularmente e já tinha vários amigos. Ao chegar ao clube, logo se enturmou e o
bate papo regado a cerveja começou.
Eis que de repente lhe surge à
frente uma bela mulher já entrando nos seus quarenta anos. Adorava uma coroa
assim e logo tratou de estabelecer um colóquio com vistas a algo mais
interessante. Um amigo lhe apresentou a mulher e os dois se refugiaram num reservado
do clube e o colóquio teve início. Você, cão fumante, apesar das suas quatro
patas, sabe do que eu estou falando, não é?
Não decorreu muito tempo para
que os dois iniciassem uma troca de abraços carinhosos, carícias nos lugares
certos e beijos variados. Well, quando
o kiss acontece tudo o mais também
acontece e assim aconteceu: o viajante terminou dormindo na casa da mulher, que
era viúva e estava muito carente. Afinal, o coitado tinha ido para o outro
mundo já fazia uns três anos.
Este colóquio inicial resultou
numa promessa de casamento por parte do viajante que, segundo ele, seria para
breve. Como tinha que cumprir o seu roteiro, se despediu da viuvinha deixando-a
com lágrimas nos olhos e seguiu seu caminho.
Ficou oito anos sem voltar
àquela cidade e pediu ao chefe que mandasse outro em seu lugar atender os
clientes locais.
Decorrido esse tempo, resolveu
voltar porque gostava da cidade e lá deixara vários amigos, pensando que a
viuvinha teria esquecido o episódio e, quem sabe, já teria se casado com outro.
Em lá chegando, visitou a
clientela e à noite foi para o mesmo clube onde aconteceria uma festa para a
qual foi convidado por um amigo. Sentou-se a uma mesa ampla onde havia um grupo
e de repente percebeu que a mulher sentada à sua frente era nada mais nada
menos que a viuvinha, um pouco mais velha, porém ainda atraente. Fez de conta
que não a conhecia e entabulou conversa com o amigo ao lado. A viuvinha ficou
na dela, conversando com a amiga ao lado.
Lá para as tantas, a viuvinha
resolve abordar o malandro e travou-se o seguinte diálogo:
- Cavalheiro, não se lembra de
mim?
- Oh, perdão, sinceramente
não. De onde eu poderia lhe ter visto já que é a primeira vez que venho a esta
cidade?
- Acho que o cavalheiro está
enganado. Já esteve aqui antes, nos conhecemos, nos demos bem e até o levei
para conhecer uma casa que estava alugando já que me disse que pretendia vir
morar nesta cidade. Mostrei-lhe a casa toda, o cavalheiro me disse que gostou,
e depois sumiu sem me dar nenhuma satisfação.
Desarmado, o malandro respondeu:
Desarmado, o malandro respondeu:
- Ah, nobre dama, me desculpe
o lapso de memória. Agora me lembro.
- Por que o cavalheiro
desistiu de alugar a minha casa e não me deu nenhuma satisfação?
- Veja bem, quer mesmo saber?
- Quero, sim!
- O problema é que ao adentrar
à casa, eu percebi que o gramado no jardim estava muito alto. Em seguida, eu
notei que as paredes da casa estavam úmidas e frias. Mas o problema maior é que
a casa era muito grande para minha família.
Ao que a viuvinha retrucou:
- Oh, cavalheiro, se tivesse me
avisado disso, eu teria resolvido o problema da grama alta no jardim mandando
apará-la. Quanto ao interior da casa, o senhor entenda que uma casa que ficou
desabitada por longos três anos, realmente fica com as paredes úmidas e frias.
Mas, ao voltar a ser habitada ela volta ao normal. Quanto ao último problema,
eu não poderia fazer nada a respeito, uma vez que sua família é tão pequena!
Otacílio Guimarães, 04-05-2013
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