Garotinho desfalca a equipe do
Crivella ao ser preso na Rua Senador Vergueiro, no Rio, hoje às 10 horas!
Alberto José, 16-11-2016
Garotinho é preso pela Polícia Federal no Flamengo, na Zona Sul do
Rio
Fabiana Paiva e Pedro Zuazo
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgmSt0oO4lM2ThO1vrFmZw21M4cDj34LQA-ZeBaqIpLUr1dRj3wgVhNl8BjJfJCePmpEtXg9V7_Gc20_NwtnJ6LSE5RAywqyaseEX7me-k_IzKk30Gpyw1lyveAmeT-ta7Ytvcd49RgW4g/s320-rw/FullSizeRender.jpg)
A superintendência da Polícia
Federal em Campos dos Goytacazes informou que cumpriu um mandado de prisão
preventiva por crime eleitoral contra Garotinho. O órgão afirmou que daria mais
informações sobre o tipo do crime ao longo do dia, já que a operação ainda está
em andamento. Garotinho deve ser levado inicialmente para a sede da PF no Rio
e, em seguida, conduzido para Campos, ainda nesta quarta-feira.
— Ele é lider de uma
organização criminosa. Usou o programa Cheque Cidadão para comprar votos e,
consequentemente, fraudar as eleições em Campos — diz o delegado Paulo
Cassiano, da Polícia Federal de Campos, responsável pela operação.
De acordo com o delegado,
Garotinho ainda está no Rio, mas será levado nesta quarta-feira para Campos.
Lá, ele será conduzido a uma delegacia e, em seguida, irá para o presídio.
A filha de Garotinho, a
deputada federal Clarissa Garotinho, deixou às pressas a reunião com o
governador Luiz Fernando Pezão no Palácio Guanabara e a bancada federal do Rio
sobre a crise financeira no Estado. Ela foi direto para a superintendência da
Polícia Federal do Rio.
No último dia 12, o advogado
criminalista Fernando Fernandes impetrou um habeas corpus com pedido de liminar
para garantir que o Juízo da 100ª Zona Eleitoral não decretasse qualquer prisão
provisória contra o político.
O advogado Jonas Lopes Neto,
que representa a defesa de Garotinho, classifica a prisão como arbitrária e
indevida.
— A prisão é baseada em fatos
totalmente inverídicos e nós estamos bastante confiantes de que vamos conseguir
em breve a liberdade dele — diz.
De acordo com o advogado, a
defesa de Garotinho irá impetrar pedidos de habeas corpus no Tribunal Regional
Eleitoral e no Tribunal Superior Eleitoral para tentar reverter a prisão.
Em nota, o criminalista
Fernando Augusto Fernandes afirma que a prisão de Garotinho "vem na
sequência de uma série de prisões ilegais decretadas por aquele juízo e
suspensas por decisões liminares do Tribunal Superior Eleitoral". De
acordo com o advogado, a prisão do político é "abusiva e ilegal e decorre
de sua constante denúncia de abusos de maus tratos a pessoas presas ilegalmente
naquela comarca. Estas denúncias de abuso foram dirigidas à Corregedoria da
Polícia Federal e ao juiz, que nenhuma providência tomou. Pessoas presas
mudaram vários depoimentos após ameaças do delegado. No entanto, o TSE já
deferiu quatro liminares por prisões ilegais. A Justiça certamente não
permitirá que este ato de exceção se mantenha contra Garotinho.”
Outros presos
No dia 1° de novembro, a
ex-assessora particular da prefeita Rosinha e vereadora eleita Linda Mara Silva
(PTC) foi presa em Copacabana, na Zona Sul, na segunda fase da operação. Também
foram presas a ex-secretária de Desenvolvimento Humano e Social, Ana Alice
Alvarenga, e a radialista Beth Megafone. Elas foram consideradas foragidas por
cinco dias.
Desencadeada no dia 26 de
outubro, a segunda fase da operação também levou à prisão o vereador Kellinho
(PR) e a ex-coordenadora do Cheque Cidadão, Gisele Koch. Três dias depois, foi
a vez do vice-presidente da Câmara, Thiago Virgílio, do mesmo partido de Linda
Mara. Ele já estava afastado de suas funções e proibido de entrar no prédio do
Legislativo.
Na primeira fase da operação,
em 19 de outubro, foram presos os vereadores Miguel Ribeiro machado, de 51
anos, e Ozéias Martins, de 47. Ambos também tentaram evitar a prisão com habeas
corpus, mas tiveram os pedidos negados pela Justiça.
De acordo com a PF, eles
colhiam documentos de eleitores para cadastrar eleitores no Cheque Cidadão.
Segundo as investigações, a prática causou uma explosão na base social do
programa, elevando o volume de benefícios em mais de 100% de junho de 2016 a
ocasião.
Entre os 30 mil beneficiários
do cheque cidadão, o MP aponta que 18 mil fariam parte do esquema, com um
desperdício de R$ 3,5 milhões por mês.
Reportagem: Fabiana Paiva e Pedro Zuazo, EXTRA,
16-11-2016
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