segunda-feira, 14 de novembro de 2016

Notas políticas cariocas pós-eleitorais

Cesar Maia
            
1. O Prefeito Eduardo Paes não elegeu nenhum Vereador “do peito”. A defesa de seu governo, em 2017, “flutuará” na Câmara Municipal.
               
2. Cada dia é um dia, cada votação é uma votação na Câmara Municipal. O governo Crivella não definiu ainda seu líder na Câmara, mesmo que provisoriamente. E a liderança do governo Paes na Câmara se diluiu. Os votos flutuam, assim como os resultados.
               
3. Muitos projetos de lei estão se aproximando da votação e repercutem na próxima prefeitura. Os pedidos de inversão de pauta e de urgência surgem e surpreendem. E o orçamento vem aí com a discussão anual dos 30% de flexibilidade, assim como do texto da lei, e do caráter das emendas dos vereadores (compulsórias, prometidas ou apenas pressão?).
               
4. A cabeça do prefeito Paes já não pensa em 2016: só olha para 2018 e seu tour em Nova Iorque em 2017.
               
5. O secretário municipal de Fazenda antecipou sua saída em 50 dias e voltou ao BNDES. Não poderia esperar o governo terminar cronologicamente?
               
6. Entre as secretarias municipais, a maior depressão com o que virá está na Secretaria de Educação.

7. Servidores aceleram seus processos de aposentadoria preocupados com a reforma da previdência, que pode ser nacional.
               
8. Se realmente o prefeito Crivella vai reduzir as secretarias à metade, os movimentos de defesa dos portadores de deficiência, de defesa dos animais, de defesa dos idosos, do desenvolvimento econômico, e do trabalho estão preocupados.
                   
9. O término do BDI (margem de segurança nas obras) e da correção anual de contratos volta à ordem do dia. Os decretos que os reestabeleceram são de 2010. 
               
10. Crivella viajou para escapar dos pedidos de “audiência”, ou seja, de cargos. Já são dados como certos pelos proponentes pelo menos três nomes para cada secretaria, incluindo a Comlurb.
               
11. Após a interrupção dos empenhos, a interrupção das liquidações de despesas virá em seguida, e a partir de dezembro. Pagar as despesas liquidadas para minimizar os restos a pagar e evitar desgaste a partir de janeiro passou a ser uma prioridade. E, com isso, obras e serviços terão ajustes e atrasos em seus cronogramas.
               
12. Promessas de campanha só valem aquelas que foram feitas na TV nos programas, comerciais e debates. Em breve, vídeos relativos começarão a circular.
                   
13. Para valer, a Câmara Municipal terá três blocos de oito vereadores cada e um independente de cinco vereadores. E vinte e dois vereadores que flutuarão conforme a “taxa de carinho”. Um bloco do peito do prefeito, outro dependendo das condições de “proximidade”, outro de oposição e finalmente aqueles que opinarão e decidirão em função dos fatos concretos. Os demais vinte e dois vereadores flutuarão.
Título e Texto: Cesar Maia, 14-11-2016

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