O dia amanheceu com uma série
de protestos nas redes sociais contra uma matéria da Folha de São Paulo sobre a
policial militar Juliana Duarte, morta na capital paulista por criminosos
ligados ao tráfico de drogas. Pois bem, esta foi a matéria do jornal sobre a
policial:
Temos aqui um problema grave.
Além da tímida cobertura e do tratamento frio dado ao caso, a morta ainda é
vilipendiada por um jornalista (que tem nome e sobrenome: Rogério Pagnan). Não
se trata apenas de um erro do jornalista, mas de uma peça porca que tem por
objetivo denegrir a imagem de uma profissional da segurança pública que sequer
terá a possibilidade de se defender do ataque.]
Mais: trata-se de uma peça
porca que passou pelo Editor da sessão, pelo Editor-Chefe e pelo Diretor da
Redação. Se foi publicado, significa que contou com o aval do diretor-geral
Otávio Frias Filho. Em resumo, temos um editorial de um grande veículo a
serviço do ódio ideológico.
Poucas vezes se viu o
jornalismo descer tão fundo ao esgoto. A impressão é que policiais militares
são proibidos de fazer o que bem entenderem em seu horário de folga ou férias.
A Folha que tratou o caso do policial militar Leandro Prior como um caso de
homofobia (ele também estava fora de serviço quando foi filmado beijando outro
rapaz no metrô de São Paulo) resolveu se importar com o que o PM faz em horário
de folga. Não interessa a ninguém com quem a policial se relacionava, se bebia
ou se ia a igreja. O que interessa é que era uma valorosa soldado, que morreu
apenas por ter um dia jurado servir e proteger os paulistas.
Vamos adiante: este mesmo
jornal classificou a morte da vereadora Marielle Franco como "vítima do
ódio a democracia", ecoando a narrativa fajuta de que a vereadora morreu
por ser mulher, negra e bissexual - e não por talvez ter contrariado milicianos,
como sugerem todos os indícios colhidos pelas autoridades que cuidam do caso
até aqui. No caso da PM, ela morreu por ser policial - embora fosse mulher,
negra, lésbica e periférica. Mas neste caso os adjetivos não contam.
É bom refrescar a memória desta
gente: o site Ceticismo Político perdeu sua página no Facebook sob a alegação
de veicular fake news sobre a vereadora apenas por tecer um comentário sobre a
fala de uma desembargadora. No caso da Folha, quem o fez foi um jornalista da
casa - com o aval dos responsáveis pelo editorial. Imagine se fosse o
contrário? Sim, não haverá a mesma comoção fingida do caso Marielle (cuja morte
foi vista pelas esquerdas mais como uma oportunidade do que fatalidade). O que
deve acontecer é o ostracismo dos que odeiam a polícia, dos que vivem de
fomentar o caos para colher dividendos para sua agenda política. Estes devem
ser alvo da ira da sociedade onde estiverem: seja nos parlamentos, nos
movimentos, na academia, nas ONGs ou nas redações. Juliane e seus familiares merecem
respeito e Justiça.
É evidente que todo o ódio e
canalhice com que a Folha e a extrema-esquerda têm tratado o caso diz muito
sobre eles. Diz muito sobre o pensamento autoritário. No caso da vereadora,
resolveram que o caso deveria ser resolvido em menos de três meses. Por ser
alguém deles. Pouco importa se no país dos 63.000 homicídios apenas 6% sejam
esclarecidos. Já no caso da PM, a vítima e a família não merecem direito algum.
Eles supostamente estão do lado errado da história.
Título, Imagens e Texto: Eric Balbinus de Abreu, O Reacionário, 10-8-2018
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