Haroldo Barboza
Conhecendo
o padrão de planejamento de nossas autoridades, não foi difícil prever que na
final da Copa América de futebol (RJ) a aglomeração de torcedores sem máscaras
ocorreria entre os quase 7000 fanáticos que ousaram comparecer ao Maracanã.
Deliberadamente não distribuídos ao redor do espaço.
A copa caiu
no colo do Brasil faltando 3 dias para seu início. Mas o interesse comercial
dos organizadores falou mais alto e o processo de prevenção contra covid-19 foi
colocado em 5º plano. Com anuência das “ortoridades” sanitárias. Só isso?
O risco de
realização de jogos resultou na contaminação de dezenas de pessoas (não
atletas) ligadas à estrutura do evento: motoristas, seguranças, garçons,
faxineiros e assemelhados.
Não
satisfeitos com a criação de mais um foco (como se não bastasse o transporte
público “insolúvel” por todo o período das “ondas”), eis que os “gênios” do
planejamento público, faltando dois dias para o jogo final, aceitaram que o
estádio recebesse 10% de sua capacidade máxima de torcedores nacionais e
argentinos (cujo comando central recusou abrigar os jogos). Com cerveja
liberada nas cadeiras.
Batizaram
esses torcedores de “convidados” para o evento, prometendo um controle “rígido”
no acesso através de testes PCR! A própria Conmebol relata que um número
“considerável” (não citam o total para não provarem a falência do tal
“controle”) de atestados falsos foram usados pelos “espertos” que adentraram o
estádio.
Tudo
ocorrendo sob o olhar complacente das “ortoridades” sanitárias que nos
impediram de usar as praias abertas em épocas recentes.
Temos a
impressão de que desejam que uma 4ª “onda” seja anunciada como fato
“inesperado” (vão colocar a culpa na versão BETA da Índia) e que será preciso
obter recursos financeiros (nova mamata) da área federal para adquirir
respiradores, medicamentos e quem sabe, mais uns três ou quatro hospitais de
“campanha” que não serão usados.
Como não há
intenção de criar CPI para investigar a aplicação destes recursos por parte das
esferas estaduais e municipais, preparemos nossos bolsos para arcar com os
aumentos de impostos para cobrir as “despesas” com a proveitosa “onda”.
Agora
aguardemos o Carnaval para setembro, arquitetado pelo município do RJ.
Título e
Texto: Haroldo Barboza, julho 2021
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