sexta-feira, 16 de julho de 2021

[Foco no fosso] A 4ª “onda” pode chegar em agosto

Haroldo Barboza

Conhecendo o padrão de planejamento de nossas autoridades, não foi difícil prever que na final da Copa América de futebol (RJ) a aglomeração de torcedores sem máscaras ocorreria entre os quase 7000 fanáticos que ousaram comparecer ao Maracanã. Deliberadamente não distribuídos ao redor do espaço.

A copa caiu no colo do Brasil faltando 3 dias para seu início. Mas o interesse comercial dos organizadores falou mais alto e o processo de prevenção contra covid-19 foi colocado em 5º plano. Com anuência das “ortoridades” sanitárias. Só isso?

O risco de realização de jogos resultou na contaminação de dezenas de pessoas (não atletas) ligadas à estrutura do evento: motoristas, seguranças, garçons, faxineiros e assemelhados.

Não satisfeitos com a criação de mais um foco (como se não bastasse o transporte público “insolúvel” por todo o período das “ondas”), eis que os “gênios” do planejamento público, faltando dois dias para o jogo final, aceitaram que o estádio recebesse 10% de sua capacidade máxima de torcedores nacionais e argentinos (cujo comando central recusou abrigar os jogos). Com cerveja liberada nas cadeiras.

Batizaram esses torcedores de “convidados” para o evento, prometendo um controle “rígido” no acesso através de testes PCR! A própria Conmebol relata que um número “considerável” (não citam o total para não provarem a falência do tal “controle”) de atestados falsos foram usados pelos “espertos” que adentraram o estádio.

Tudo ocorrendo sob o olhar complacente das “ortoridades” sanitárias que nos impediram de usar as praias abertas em épocas recentes.

Temos a impressão de que desejam que uma 4ª “onda” seja anunciada como fato “inesperado” (vão colocar a culpa na versão BETA da Índia) e que será preciso obter recursos financeiros (nova mamata) da área federal para adquirir respiradores, medicamentos e quem sabe, mais uns três ou quatro hospitais de “campanha” que não serão usados.

Como não há intenção de criar CPI para investigar a aplicação destes recursos por parte das esferas estaduais e municipais, preparemos nossos bolsos para arcar com os aumentos de impostos para cobrir as “despesas” com a proveitosa “onda”.

Agora aguardemos o Carnaval para setembro, arquitetado pelo município do RJ.

Título e Texto: Haroldo Barboza, julho 2021

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