Leandro Ruschel
Na próxima quinta-feira (15), o infame Inquérito das 'Fake News' completará 5 anos de existência, implementado pelo Supremo, transformando ministros em vítimas, investigadores, acusadores e julgadores de supostos 'ataques' contra eles.
É preciso registrar o que
aconteceu nos últimos anos, visto que há um forte esforço por parte do regime
Supremo-PT para reescrever a história, utilizando a imprensa, que hoje opera
como mero braço de propaganda do regime.
Segundo a versão divulgada
pelos jornais nos últimos dias, a operação Lava Jato, que completa dez anos,
foi um processo de perseguição política contra Lula e o PT. O PT vai mais longe
e afirma que a Lava Jato representou um 'ataque contra a política e a democracia',
com o objetivo de instituir o 'fascismo' no Brasil. A reação das instituições
serviu para "proteger a democracia" deste plano maligno.
Obviamente, nem os petistas
acreditam nisso, mas, conforme disse Goebbels, o ministro de propaganda
nazista, 'uma mentira repetida mil vezes torna-se verdade'.
O que ocorreu no Brasil, desde
os protestos de 2013, foi a tomada de consciência de um povo que esteve
subjugado por mais de um século por uma elite patrimonialista, corrupta até o
tutano e profundamente autoritária.
A elite tentou aplacar a fúria
popular oferecendo a cabeça de Dilma, organizando a sua substituição pela
lâmina tucana do Teatro das Tesouras, representada por Geraldo Alckmin. Não
funcionou...
O 'outsider' Bolsonaro foi eleito, finalmente representando uma agenda de direita, após décadas de uma farsa democrática caracterizada pela alternância de poder entre petistas e tucanos, ambos com agendas de esquerda. Segundo o próprio FHC, os dois grupos, apesar de aparentemente antagônicos, perseguem os mesmos objetivos, apenas por caminhos distintos.
Bolsonaro representava uma
ameaça ao sistema, mas, ao mesmo tempo, ofereceu a oportunidade para que uma
operação de resgate do establishment fosse montada. Por um lado, o
ex-presidente buscou, como tantas vezes ocorreu na história brasileira, a
conciliação, o que se revelou seu maior erro.
Enquanto isso, o povo
acreditou que a eleição de um presidente antissistema seria suficiente para
refundar o Brasil. Ledo engano: o presidente possui poderes limitados.
Essa foi a janela de
oportunidade que o establishment precisava para iniciar sua reação. O
objetivo era libertar Lula, anular suas condenações, bem como as de todos os
seus comparsas, e neutralizar o governo Bolsonaro, retomando o controle
absoluto do país.
Além disso, era essencial
destruir qualquer possibilidade de que a revolta que levou Bolsonaro à
presidência pudesse se repetir.
Aqui entra na história o Ato
Institucional do Supremo, com o objetivo de proteger seus integrantes de
possíveis investigações e críticas, além de censurar e perseguir investigadores
e críticos.
Por meio de uma interpretação
peculiar do Regimento Interno da corte, que permite a instauração de um
inquérito por um ministro em caso de ocorrência de um crime em suas
dependências, instaurou-se o inquérito 4781, posteriormente apelidado de
'Inquérito das Fake News'.
Desconsiderando o Ministério
Público, Alexandre de Moraes foi escolhido diretamente pelo ministro Toffoli
para conduzir as investigações, apesar dos protestos do ministro Marco Aurélio
Mello, que reivindicava o sorteio do relator. Em seguida, Moraes selecionou uma
equipe de delegados da Polícia Federal de sua confiança para liderar a
'investigação', diferentemente do que ocorre usualmente em operações policiais,
em que cabe à corporação a designação dos delegados.
Inicialmente, o inquérito não
despertou grande atenção do público, apesar de sua aparente ilegalidade. Como
primeira decisão, indicativa de seu objetivo, bloqueou-se uma investigação da
Receita Federal sobre possíveis inconsistências nas declarações de renda de
autoridades, incluindo ministros do Supremo e suas esposas. Os auditores
envolvidos foram suspensos.
Posteriormente, surgiu uma
decisão que antagonizou a opinião pública e a imprensa em relação ao inquérito:
uma reportagem da revista Crusoé divulgava a notícia bombástica de que Toffoli
havia sido identificado por Marcelo Odebrecht em delação premiada como 'Amigo
do Amigo do Meu Pai', termo utilizado nas comunicações internas da empresa.
'Amigo do Meu Pai' era a forma como Lula era mencionado nessas conversas.
O ministro Toffoli enviou um
ofício ao ministro Moraes, relator do inquérito, solicitando providências.
Moraes, então, determinou a retirada da matéria do ar, classificando-a como 'fake
news'. Diante dos protestos generalizados da imprensa, Moraes recuou,
atribuindo à PGR a responsabilidade por alegar desconhecimento do caso quando
questionada por um jornal, o que ele teria interpretado como prova da falsidade
da notícia. Posteriormente, foi confirmado que Marcelo realmente fez essa
revelação em conversas com procuradores.
O Congresso também reagiu. Os
senadores Alessandro Vieira e Randolfe Rodrigues apresentaram um pedido de impeachment
contra os ministros Toffoli e Moraes em decorrência do inquérito.
Em entrevista à rádio Jovem
Pan, Rodrigues declarou: 'Esses dois ministros do Supremo estão levando as
instituições a um nível de esgarçamento sem precedentes. Esse é um total abuso
de autoridade, e esse abuso justifica o pedido de impeachment. Não há precedente
na história do judiciário mundial de um órgão instaurar um inquérito,
investigar e, depois, julgar o caso'. E acrescentou: 'Isso representa um
retrocesso completo e uma ofensa jurídica à ordem constitucional do Brasil.
Estamos referindo-nos a abril
de 2019, quando havia um receio na esquerda de que o Supremo pudesse alinhar-se
ao governo Bolsonaro, devido a uma aparente aproximação entre seu presidente, o
ministro Toffoli, e Bolsonaro. Daí a reação intensa de Randolfe Rodrigues,
aliado de Lula, contra os ministros. Mais tarde, ao perceber que o inquérito
seria usado para perseguir a direita, Rodrigues inverteu completamente sua
posição, tornando-se um dos mais ardentes defensores do Supremo e dos seus
inquéritos.
A procuradora-geral, Raquel
Dodge, denominou o inquérito de 'tribunal de exceção' e solicitou seu
arquivamento, o que, conforme a jurisprudência da corte, deveria resultar na
conclusão do procedimento. No entanto, o ministro Moraes ignorou o pedido, e o inquérito
prosseguiu.
As redes sociais, principais
catalisadoras do levante popular contra o sistema e da eleição de Bolsonaro,
fervilharam com as ações de censura do Supremo e as primeiras iniciativas do
tribunal de enfraquecer a Lava Jato. Um exemplo foi o tratamento dos casos de
corrupção identificados na Lava Jato como meros crimes eleitorais, resultando
em sua remessa para a Justiça Eleitoral, onde, na maioria dos casos, as
punições se limitariam a multas.
Diante da reação nas redes,
tornou-se evidente para o establishment que, para implementar o plano de
proteger todos os implicados pela Lava Jato, a começar pelo ex-presidente, era
necessário silenciar as redes sociais e iniciar a prisão dos críticos.
Já antes da posse de
Bolsonaro, a esquerda, com o apoio da imprensa, havia construído essa
narrativa. O jornal Folha de São Paulo tentou interferir diretamente nas
eleições por meio de uma reportagem controversa, entre o primeiro e o segundo
turno, alegando a existência de uma operação para disseminar 'fake news'
contra adversários via envios massivos pelo WhatsApp, supostamente financiada
por empresários 'bolsonaristas'.
A reportagem não conseguiu
mudar o rumo das eleições, mas serviu como fundamento para a posterior
instituição da chamada CPMI das Fake News, destinada a investigar a
'manipulação das redes sociais" para favorecer candidatos de direita, por
meio de 'discurso de ódio e fake news'.
Essa alegação não era nova e
seguia a narrativa já adotada pela esquerda globalista. Segundo essa visão, a
eleição de Trump teria sido resultado de manipulação nas redes sociais 'pelos
russos', e o Brexit, consequência de campanhas ilegais promovidas por uma
empresa especializada, entre outros exemplos.
Eles não conseguiam aceitar o
fato de que a maioria dos eleitores rejeita a agenda extremista de esquerda,
desejando a implementação de políticas conservadoras, rotuladas pela esquerda
como 'fascistas'. Admitir esse fenômeno implicaria considerar a maior parte da
população como 'fascista', uma abordagem inviável como estratégia eleitoral.
Assim, optou-se pela narrativa de que essas pessoas estavam sendo enganadas.
Ao reunir elementos
controversos do Congresso e diversos oportunistas que inicialmente surfaram na
onda bolsonarista, mas acabaram rejeitados por seu próprio eleitorado e
passaram a colaborar com a oposição, a CPMI não conseguiu comprovar nenhuma
acusação de manipulação das redes sociais. Pelo contrário, no que se refere aos
disparos em massa, por exemplo, evidenciou-se que o MDB e o PT utilizaram essa
ferramenta com mais frequência do que a campanha de Bolsonaro.
Entretanto, a realidade era
irrelevante. O sistema reconheceu a oportunidade de empregar a narrativa para
perseguir e criminalizar a direita, visando sua exclusão da vida pública,
permitindo assim que o antigo establishment retomasse o controle.
Assim procedeu-se. Relatórios
da CPMI das Fake News, contendo listas negras de influenciadores,
empresários, parlamentares, jornalistas, escritores e outras figuras
proeminentes do movimento conservador, foram enviados ao Supremo, servindo como
base para ações de censura e perseguição.
Em seguida, Lula foi libertado
e a pandemia eclodiu, o que significativamente facilitou o esforço do establishment
para desestabilizar o governo Bolsonaro e estabelecer um estado de exceção.
Em maio de 2020, dezenas de
influenciadores foram alvos de buscas e apreensões, com a justificativa de que
haviam solicitado o impeachment de ministros, criticado a leniência da
Corte com a corrupção e, surpreendentemente, seguiam-se mutuamente no Twitter,
o que seria a prova do crime!
A imprensa, um dos principais
aparelhos da esquerda, começou a apoiar sistematicamente a perseguição. O
Jornal Nacional veiculou extensas reportagens sobre as operações, justificando
cada ato arbitrário cometido. Frequentemente, os veículos produziram conteúdos
que foram utilizados como justificativa para medidas de busca e apreensão e até
prisões, nos inquéritos persecutórios
Paralelamente, uma operação de
hacking gerou material que foi utilizado como pretexto para descreditar a
Operação Lava Jato, sob a alegação de que os promotores do caso e o juiz Moro
mantinham uma relação muito próxima e 'combinavam estratégias' para processar
os suspeitos. Ironicamente, esses alegados abusos parecem insignificantes
comparados às práticas observadas nos inquéritos do Supremo, incluindo aí
longas prisões até que os suspeitos firmassem acordos de delação premiada, como
ocorreu com assessor de Bolsonaro, Mauro Cid. O ministro Gilmar Mendes chegou a
chamar tais práticas de 'tortura', durante a Lava Jato, mas não há registro de
nenhuma crítica do ministro em relação à prisão de Cid.
Na Operação Lava Jato, havia a
participação do Ministério Público (MP) e pelo menos três instâncias recursais
disponíveis para investigados e réus. No entanto, nos inquéritos conduzidos
pelo Supremo, em várias decisões, o MP não foi consultado, e, em outras,
objeções a prisões e outras medidas foram completamente ignoradas. E o que
dizer sobre a situação em que a vítima ordena a prisão do seu suposto
'agressor'?
Meses mais tarde, o Inquérito
das Fake News gerou centenas de procedimentos semelhantes, todos
conduzidos pelo mesmo ministro relator, compartilhando uma característica
preocupante: a extrema dificuldade de exercer o direito de defesa. Advogados
reportam dificuldades ou mesmo a impossibilidade de acessar os autos,
resultando, na prática, na ausência de meios para recorrer. Pedidos de Habeas
Corpus encaminhados a outros ministros são uniformemente negados, sob o
argumento, conforme a jurisprudência do Supremo, de que um ministro não pode
revisar atos de outro.
Quando alvos desses
procedimentos reagiam de maneira mais intensa, essa reação era usada como
pretexto para aumentar a repressão, exemplificado pelo caso do deputado Daniel
Silveira, que se expressou agressivamente em uma transmissão ao vivo contra
ministros e foi preso, levando à criação de um novo tipo penal: o flagrante
perpétuo. De acordo com a decisão, se um vídeo está circulando nas redes
sociais, considera-se que o crime ainda está ocorrendo... Foi essa a
justificativa para a prisão do parlamentar, que, por lei, só poderia ser detido
em flagrante. Posteriormente, a Corte chegou a derrubar um perdão presidencial
para mantê-lo preso, após a saída de Bolsonaro do poder.
A cada nova fase da
perseguição, mais indivíduos eram censurados e detidos. Empresas de mídia
independentes foram assediadas e, em alguns casos, fechadas. Até mesmo um
grande veículo de comunicação, a rádio Jovem Pan, está em vias de ser fechado.
Muitos jornalistas optaram pelo exílio. Esse cenário ocorreu sob o aplauso da
'imprensa' e de entidades de esquerda, incluindo ONGs e universidades com seus
laboratórios de monitoramento das redes sociais, focados em identificar
conservadores para fins de perseguição. Inclusive, grupos autodenominados 'de
direita', como o MBL, participaram ativamente deste processo, ajudando na
criação de listas e dossiês durante a CPMI das Fake News e celebrando a
prisão de apoiadores do ex-presidente, visando ocupar o espaço vago deixado
pela repressão ao movimento conservador.
Este cenário já constitui um
ataque gravíssimo aos direitos constitucionais fundamentais em uma democracia,
como a liberdade de expressão e de associação. Contudo, o observado durante o
processo eleitoral revelou-se ainda mais grave.
Quando chegaram as eleições
presidenciais, boa parte da direita nas redes já havia sido dizimada pela
perseguição, enquanto a Justiça não só fechava os olhos para as fake news
e discurso de ódio dos grupos de esquerda, mas os chancelava. A Justiça
Eleitoral chamou as agências de "Fact Checking", claramente
alinhas à esquerda, para monitorar as redes. E influenciadores esquerdistas
foram contratados pelo tribunal para fazer campanhas "pelo voto
jovem" e "contra as fake news". Um deles chegou a ser
convidado para uma entrevista pelo presidente da corte.
A direita sofreu censura sistemática,
enquanto a esquerda teve liberdade para proferir mentiras e difamações. A
exemplificação mais clara dessa situação é a decisão judicial que proibiu o
então candidato Bolsonaro de chamar Lula de 'ladrão', ao passo que permitiu que
Lula chamasse Bolsonaro de 'genocida', alegadamente sob o manto da liberdade de
expressão.
Centenas de postagens críticas
à esquerda foram removidas, empregando-se poderes autoatribuídos pela corte
eleitoral — uma prática considerada ilegal pela PGR, mas que foi sustentada
pelo Supremo. A ausência de meios de recurso agilizava a censura, resultando em
multas horárias impostas às empresas responsáveis pelas redes sociais.
Chegamos ao ponto da censura a
um post que trazia crimes dos governos petistas reconhecidos como verdadeiros
pelo próprio tribunal, mas apresentados de uma forma que levaria à conclusão
falsa, a saber, que o responsável seria Lula. O ex-presidente nunca foi acusado
desses escândalos nos governos petistas, portanto, nem pode se defender.
Trata-se de 'desordem informacional', sentenciou o ministro Lewandowski na sua
decisão. Posteriormente, Lewandowski foi convidado a ser ministro da Justiça de
Lula.
De forma similar, um
documentário sobre o atentado contra Bolsonaro sofreu censura prévia, sob a
justificativa de que poderia prejudicar a imagem de Lula. 'A Constituição
proíbe a censura', declarou a ministra Cármen Lúcia, 'contudo, vivenciamos um
momento excepcional', evidenciando um aparente dilema moral, no qual ela optou
pela censura, num voto decisivo, já que a decisão foi tomada por 4 votos a 3.
Nem o regime militar chegou a tanto. As obras censuradas pelo menos eram
revisadas pelos censores antes de se chegar à decisão de censurar. No caso do
documentário em questão, a obra foi censurada sem que os censores tivessem
avaliado o material. A censura prévia virava censura preventiva.
Em 2013, à medida que uma
significativa parcela da população brasileira passou a reconhecer a corrupção
sistêmica e a demandar mudanças profundas, surgiu uma esperança alimentada pela
prisão de corruptos e pela eleição de um presidente desalinhado com as práticas
estabelecidas do poder.
Frente à anulação das
condenações relacionadas ao maior escândalo de corrupção já registrado, e à
evidente instauração de um estado de exceção, ocorreu uma forte reação de
indignação popular. Esta reação tem sido utilizada como motivo para
intensificar a repressão e suprimir direitos constitucionais fundamentais, um
padrão recorrente na história, na absurda lógica da necessidade de se instalar
uma ditadura para 'salvar a democracia'.
Nenhuma ditadura se estabelece
declaradamente sobre o autoritarismo. Todas proclamam representar a mais
autêntica manifestação da 'vontade do povo' ou da própria 'democracia'. Em
determinadas situações, a distorção chega ao ponto de se refletir no nome oficial
do país, a exemplo da República Popular Democrática da Coreia.
Segundo Alexander Soljenítsin,
o escritor russo que conseguiu dinamitar qualquer resquício de suposta
superioridade moral do regime soviético, ao expor um sistema de repressão
política jamais visto, o Arquipélago Gulag, com centenas de campos de concentração
para dissidentes políticos, falava que a base de qualquer regime totalitário é
a mentira.
Um regime totalitário se
consolida quando as pessoas abraçam e vivenciam as mentiras, seja por
necessidade ou em busca de vantagens pessoais, afirmava Soljenítsin. A partir
desse momento, torna-se quase impossível distinguir entre a realidade e a
propaganda, o que beneficia enormemente o trabalho da elite inescrupulosa no
poder, para manter o regime repressivo de pé.
Para não cair nesse buraco
negro humanitário, é responsabilidade de cada brasileiro expor a verdade: o
Brasil não é mais um país livre. E não há como defender a democracia através de
práticas totalitárias.
Título e Texto: Leandro Ruschel, Substack, 10-3-2024
FOTO ACIMA: DUAS DESGRAÇAS NUMA SÓ. MALÍGNOS CÂNCERES VISTOS EM SUA FORMA MAIS ATERRADORA E INCURÁVEL DE ATAQUE. ALASTRADOS EM DUPLICIDADE NO CORPO DO SOFRIDO E DEPAUPERADO BRASIL. SÓ NOS RESTA ESPERAR PELA CONFIRMAÇÃO MÉDICA DA MORTE ANUNCIADA.
ResponderExcluirAparecido Raimundo de Souza
de Andirá, no Paraná
DIÁLOGO ENTRE DOIS JUMENTOS:
ResponderExcluirJUMENTO 1
- Gostou da minha faixa azul?
JUMENTO 2
- Responderei quando esse cara aqui grudado no meu pescoço, se afastar. Ele é da imprensa. Depois vai escrever fofoca e dizer que eu lhe dei uma caneta nova comprada na Vinte e cinco de Março.
Carina Bratt
da Lagoa Rodrigo de Freitas, Rio de Janeiro