O povo brasileiro é reconhecido mundialmente por possuir uma série de
qualidades e ser assolado por um elenco de defeitos.
Um amigo nos alertou que possuímos como indivíduos, virtudes e maus
hábitos, entre os últimos, alguns que nem percebemos.
No momento, não pretendemos discorrer sobre as qualificações do povo nem
sobre os seus vícios, ou maus costumes, exceto, apenas um, o egocentrismo
arraigado.
O nome parece extravagante, contudo, como logo votaremos, este é um bom
momento para rogar ao povo brasileiro que, ao exercer a sua cidadania, por
favor, esqueça por um segundo os seus interesses e pense no seu Brasil.
Talvez o elemento mais contundente do egocentrismo do homem nativo seja o
abominável jeitinho brasileiro.
As suas consequências para o Brasil são tremendas e desmoralizantes,
basta que vejamos as pesquisas internacionais, onde despontamos como o País de
maior número de homicídios por ano, idem em acidentes de trabalho,
automobilísticos, de estupros e outros atos desabonadores.
O jeitinho
é um velho e carcomido hábito que em geral sublinha a falta de cidadania e, por
osmose, a falta de responsabilidade.
Estamos certos que ao tentar de alguma forma obter vantagem em tudo,
furando filas, entrando em festa sem ser convidado, rodando com carro no
acostamento e uma infinidade de jeitinhos para se dar bem, o agente do
golpe, pode estar buscando alguma vantagem para si, pecuniária ou a satisfação
imoral de ser mais vivaldino que os outros.
Às vezes consegue, e julga que o macete é ser desleal e malicioso,
e assim, considerar-se melhor do que os demais.
Será que por isso, não se importa quem governe o País? Quanto mais
golpista é melhor?
Ou seja, o péssimo cidadão busca obter alguma vantagem, pagar menos, não
pagar, ganhar algo sem fazer nada, e assim por diante. É o individuo do QI
elevado em esperteza.
Este jeitoso individuo é vidrado nos seus direitos, mesmo que atropele os
direitos dos outros, que julga são um bando de trouxas e imbecis.
O tal de dever é aquela obrigação que só serve para os idiotas. Como
muitos pensam e agem assim, é fácil entender por que estamos à matroca.
Hoje, próximos à votação, o nosso apelo é muito pequeno, apenas
imploramos ao esperto nativo, que por um segundo, se esqueça das vantagens
peculiares que a sua votação poderá trazer para si, e por uma boa ação no ato,
vote em benefício da Pátria.
Acorda moleque inzoneiro, malandro de esquina, comedor de gilete e de outras
guloseimas. Desperta, abra os olhos e veja que o País afunda pela sua omissão,
ou melhor, submissão e falta de patriotismo.
Na prática, estamos implorando a você, que por um breve momento, seja um
cidadão. Simples assim.
Pense na Pátria, no bem comum, vote consciente, num ato que se transforme
em beneficio da Pátria e, portanto, no seu futuro e dos demais.
Sabemos que é difícil alguém pensar nos outros, ainda mais que cercados
por cretinos, parece que o restante não vale nada. Ledo engano, a
maioria é aquela que cumpre as suas obrigações.
Os patifes, os corruptos e corruptores são poucos em relação aos 200
milhões de brasileiros, e, portanto ao alijá - los de seu voto, você estará
praticando a cidadania.
Não estamos citando em quem você deverá votar, pois a escolha é sua, mas
mire a nossa ideológica educação, a nossa moribunda saúde, a nossa insegurança
pública, a nossa ultrapassada infraestrutura, o bacanal de orgia das greves, e
veja como estamos à beira de um profundo abismo.
Você que votará, deve ter capacidade para realizar uma boa escolha e por
certo é lúcido o suficiente para avaliar como vamos mal, após mais de uma
década de irresponsabilidades, um período em que grassou a impunidade, a
corrupção e o desmando institucionalizado.
Acordar disposto a ser um cidadão brasileiro, votando pelo futuro desta
maravilhosa terra é tudo que pedimos, ou melhor, imploramos, para o seu e para
o nosso bem, e para os futuros cidadãos brasileiros.
Acorda, desligado, despreocupado e desinteressado e entra na nossa imensa
fila para expurgar a virulenta praga que corre nas veias da Pátria e tem
prostrado uma Nação, em coma econômico-financeiro e moral.
Título e Texto: Gen. Bda
Rfm Valmir Fonseca Azevedo Pereira, Brasília, DF, 06 de agosto de 2014
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