segunda-feira, 22 de setembro de 2014

A “guerra aos carros” tem uma ideologia por detrás?

Leo Daniele
Antes de tudo, os fatos. Lê-se num editorial de “O Estado de S. Paulo” (29-7-14): Ter carro já é quase um crime. A cruzada da Prefeitura de São Paulo contra os motoristas de carro parece não ter fim”.

Qual a razão dessa “cruzada” com cem aspas de cada lado? É que o carro traduz, de certa forma, o nível social de quem o possui. É preciso, portanto, na ótica vermelha, desestimular o seu uso, favorecendo para isso os transportes coletivos e as bicicletas.

Em São Paulo, muitas ciclovias, ou ciclofaixas, estão às moscas, dificultando ainda mais o trânsito de automóveis.

Aliás, em latim, a  palavra “omnibus” significa “todos”. Os passageiros de um ônibus, pelo menos enquanto lá estiverem, são iguais a todos os outros.

Sendo assim, é fácil ver que a doutrina que está por detrás dessa cruzada (sem cruz) é o contumaz igualitarismo.

O editorial prossegue:  “O reajuste da Zona Azul muito superior à inflação indica uma política deliberada para desestimular o uso de carros em São Paulo. É uma punição para quem opta pelo carro não por gosto, mas porque a alternativa é o lento e desconfortável transporte público oferecido pelo Município. Além disso, já se espera um efeito cascata sobre os preços dos estacionamentos da cidade. Mas a Prefeitura não desiste. Além das faixas pintadas ao deus-dará, a administração petista anunciou que pretende construir 400 km de ciclovias, o que deverá resultar na supressão de até 40 mil vagas de estacionamento pela cidade”.

 A intenção evidente é permitir que os autores da iniciativa “possam  posar de defensores dos ‘sem-carro’, o que pode pegar bem como propaganda, mas é terrível para a cidade”.

Entretanto, não será exagero dizer que há uma guerra aos carros?

Somente um louco poderia fazer uma guerra direta aos automóveis, nas condições de hoje em dia. Mas poderia agir, como se diz, sobre o cálculo de custo/benefício, a fim de tornar menos penoso o uso de transportes coletivos. Estes oferecem menor benefício, mas também custo muito menor, a não se considerar os prejuízos para a vida em sociedade.

Através dessa jogada, visa-se criar uma espécie de moda de não ter carro.

Vê-se por detrás dessa movimentação o espectro da luta de classes ao gosto do chavismo venezuelano, tão empenhado em se instalar no Brasil.

Mas a Sagrada Escritura sempre desmancha os prazeres ideológicos  dos adeptos da Teologia da Libertação e ensina: “Filho, se tens posses, faze com elas bem a ti mesmo, e oferece a Deus dignas oblações [...] Não te prives de um bom dia, e não deixes perder nenhuma parcela do bem que te é concedido. (Ecl. 14, 11 e 14).

Título, Imagem e Texto: Leo Daniele, ABIM, 22-09-2014

Um comentário:

  1. VAMOS AO CONTRADITÓRIO.
    Ninguém é proibido de ter um carro.
    Aliás tudo sempre foi feito em prol do automóvel, como a palavra ônibus é para todos, como diz, nem vou pesquisar, acredito que seja, a palavra auto é egoísta, significa para si.
    Façamos automóveis, e esqueçamos de avenidas largas. Em países decentes, você tem que provar que podes ter um deles, e ainda provar o lugar de sua guarda.
    Nós temos espaço demais. A moto e a bike também são auto móveis e devem ter o mesmo espaço. Chegamos ao ponto nevrálgico da questão. é mais fácil comprar um automóvel de 100000 reais que um apartamento popular de 50000 reais.
    Muitos desconhecem a lei de fiel depositário.
    O chavismo brasileiro é endividar o povo.
    Fosse a mobilidade urbana compatível às necessidades, o automóvel seria luxo, e como tal deveria ser encarado.
    Se tivéssemos um METRO como o de Paris ninguém usaria automóvel, exceto luxo.
    Outro dilema é que não existem automóveis brasileiros, são todos multi nacionais, e 99% com peças importadas, muitas delas dos chineses.
    Outra forma que ninguém reclama é da máfia de estacionamentos, mas reclamam do IPVA e das multas.
    Dirijo desde os 20 anos, levei duas multas, recorri e ganhei.
    Hoje não há recurso.
    Sou à favor das ciclovias, moto vias, e corredores de coletivos. os proprietários do luxo, que fiquem cada vez, mais onerados pelo luxo.
    Exijam mobilidade urbana e de excelência.
    Vejam São Paulo, selva de pedras, sem permeabilidade hídrica, com rios assoreados, e enchentes volumosas, e completa falta de água.Antes que perguntem, rios assoreados, diminuem suas vazões, e sem matas ciliares aumentam as chances de alagamentos.
    Continuem lavando suas calçadas e carros com água potável. Nesse verão em São Paulo, se não chover, vão tomar banho uma vez por semana e escovar os dentes a cada 3 dias, e mandar roupa para lavanderias à seco.
    Está na hora de chamar um índio comanche americanos e fazer a dança da chuva.
    E dizer que o dinheiro gasto na transposição do XICO que também está morrendo, daria para construir 10 usinas de dessalinização de osmose reversa, de 350 milhões de metros cúbicos por ano, cada uma.Estamos bem preparados pra o futuro.
    bom dia...

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