José Manuel
Havia num passado distante,
uma metáfora que dizia que "o futuro a Deus pertencia",
e isso era ouvido durante toda a nossa vida, para explicar a nossa ignorância
sobre o porvir e, que de futuro mesmo, quem tem a palavra final é Deus.
Definitivamente a metáfora está
corrompida nos dias atuais, pois os sinais em cadeia (ops!), a evolução dos
fatos nos mostram perfeitamente o que irá ocorrer daqui para a frente e temos
que tirar Deus disso tudo, e bem rápido, antes que possamos ser castigados
pelas blasfêmias que escrevemos, falamos ou ouvimos.
Nos últimos anos estamos em
uma espécie de hospital, e dentro de uma UTI, imaginária,
mas com uma perene, uma abundante e intensa anestesia mais do que real.
Em passado recente, foi
o mensalão, que deixou a todos e ao país anestesiados
pelos seus longos desdobramentos.
Custou, segundo a polícia
Federal, R$ 101,6 milhões ao país em valores desviados pela corrupção e segundo
um ministro do STJ, hoje teria que ser julgado em pequenas causas, frente ao
que agora ocorre na Petrobras.
O julgamento demorou mais do
que a segunda grande guerra que havia durado seis anos e um dia.
Se arrastou por longos sete
anos, cinco meses e sete dias, e o país inteiro ficou não apenas
anestesiado, pois por esse tempo todo o que a sociedade sofreu não foi bem uma
simples dormência, foi mais que isso, foi um verdadeiro processo de
resfriamento artificial, ou para ser mais técnico,"criogênico”.
Durante esse tempo o país viu
nascerem trinta milhões de habitantes, o STF paralisou duzentos e cinquenta e
nove mil processos, inclusive o da Tarifária da Varig e
o custo Brasil por conta da bandidagem pública e política, ninguém consegue
explicar, mas certamente está na casa dos bilhões.
Passado o pesadelo, foi
chegando o Circo com uma Copa do Mundo e logo após uma eleição confusa,
discutível, para nos fazer esquecer, nos transferiram para outra ala
desse hipotético hospital, a ala da neuro-psiquiatria, porque ninguém com os
neurônios em ordem consegue entender como se consegue desviar agora já na casa
dos bilhões, tanto dinheiro assim nas barbas dos dirigentes que nunca sabem de
nada.
Agora, como é na Petrobras
chama-se Petrolão e pelo andar da carruagem, ou melhor
dos Mercedes, BMW, Camaros, Ferraris, Porche e assemelhados, (será que eu
sonhei e na época não tinha o Lamborghini?), devidamente emplacados com
as chapas brancas medalhadas, (mas não declarados ao TSE) vamos ficar
mais alguns anos na janela, vendo essas maravilhas automotivas desfilarem nas
nossas barbas e aí seremos nós que vamos dizer que não sabemos o que está
acontecendo.
Parece, pelo que já se
deslumbra no horizonte escrito, falado e televisivo, que não só os corruptos, que
adoram usufruir os resorts do mundo a jato executivo, e consumir cartões
corporativos, mas também os corruptores, que abastecem
os paraísos fiscais pré esbórnia, chegaram a outros mundos lãos,
ao longo desta máquina interminável e gigante, de fazer dinheiro.
Esta semana que passou já foram
comentadas as descobertas na operação Lava-Jato, de que houve um
superfaturamento nas obras das arenas da Copa pelas empreiteiras agora
envolvidas, em pelo menos cinco bilhões de reais. É o Copalão chegando,
e pela sequência dos fatos tudo indica pelas notícias recentes, o
próximo poderá ser o Eletrolão da Eletrobras
e nas hidrelétricas, pela proximidade dos corruptores construtores, nas
obras superfaturadas.
Pelo visto os desdobramentos
devem chegar também às estradas e aí talvez teremos o Estradolão porque
os construtores também atuam e muito bem nessa área.
Pode acontecer que atinja
também as ferrovias e aí com certeza, tenha o nome de Trensalão e
aos portos, naturalmente Portolão.
Mas a surpresa, a grande surpresa,
poderá estar entre os correios com o Correiolão, os
fundos de pensão, Fundolão, pai de todos,
amém! e por último, a joia da coroa, o Paclão, do Pac,
símbolo maior da grande administração duodécima
E por falar em buracos, rombos
e congeneres, como estará o Bndesão e as tramoias do
espantoso milionário sobe-desce Forbsiano Eike Maravilha?
Vamos ter grandes emoções pela
frente com os presentes de natal tão ansiados pelo povo, chegando um pouco mais
cedo do que o dia 25-12.
Parece que o maior presente ao
país e seu povo, será a comprovação de que criminosos só chegam até onde nós
permitirmos, e que o momento está mostrando como se podem cassar as permissões
adúlteras de quadrilhas infiltradas no poder.
Quem sabe um dia, lá na frente
quando tudo melhorar, porque acabar não acaba, faltará só o Variglão, que
já teve até um início, mas perdeu força, para se saber quem
levou quanto e como aconteceu o estilhaçamento da empresa.
Quanto a isso, não resta mais
dúvida após os últimos desdobramentos, a Varig foi
só um treinamento de campo, para o grande assalto.
Enquanto o país caminha a
longo prazo, mas felizmente, para descobrir e punir quem é quem, vamos
assistindo boquiabertos a um circo de malabarismos com o dinheiro público
brotando aos borbotões por todos os buracos, malas, cuecas, aviões,
escritórios, ilhas, gabinetes, países, e cidades do mundo cor-de-rosa
felicidade.
Então só nos resta orar e
pedir desculpas a Deus, pelo seu nome ter sido usado em vão e também pedir,
para que o AERUS, seja resolvido muito rápido, caso
contrário os tanques frios, gelados da criogenia estarão nos esperando na ala
dos presos enlouquecidos, deste hospital imaginário que se chama Brasil.
Talvez, quem sabe, pela
enorme fria que nos meteram durante tantos anos, até
seja mais fácil de suportar o resfriamento final, apesar, de que já foi
tentado antes, um pouco mais quente diga-se de passagem, e tinha o nome de
solução final. Mas, entre uma e outra, como sempre a ordem das palavras e
das temperaturas não altera o resultado esperado, ansiosamente por eles é
claro.
Mas a grande resposta tão
esperada, o grand finale sobre até quando todos vão ficar sujeitos à bandidagem
do colarinho branco, a todos os LÃOS possíveis,
imaginários dentro e fora da política, essa, terá que ser urgente e muito
quente, mais até para uma fornalha.
Título e Texto: José Manuel, pasmo com tantos
Lãos, 15-7-2015
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