quarta-feira, 1 de agosto de 2018

O rigor no controle imigratório não é sinônimo de ódio pelos de fora

Ceuta, 2014
A melhor analogia que exemplifica o modo como devemos lidar com a questão da imigração e refugiados é também a mais simples. É a analogia da casa.

Particularmente eu gosto de receber gente na minha casa. Muitos gostam. Principalmente gente de culturas distantes e muito diferentes da minha. Não obstante isso, mantenho muros, portas e grades separando o meu lar da rua. Por que isso? Ora, porque por mais que eu goste de receber gente eu sei que na ausência dos muros a desordem e o descontrole se instaurarão e a minha segurança estará em grave risco e minha casa deixará de ser um verdadeiro lar para os de fora.

O rigor no controle imigratório não é sinônimo de ódio pelos de fora. É sinônimo de amor pelos de dentro. E é também sinônimo de amor por aqueles que realmente sofrem. É justamente por haver quem precise de um refúgio que o critério tem de ser rigoroso para que junto desses que sofrem não venham também seus algozes. O que buscam os refugiados se não proteção, separação e muros?

O amor e compaixão exigem muros. A ausência de muros só prejudica quem mais precisa de proteção. É fácil defender o descontrole imigratório quando se mora em condomínios fechados. Difícil é quando se tem que arcar com os custos sociais e financeiros disso, que repousam sempre nas costas dos mais pobres.
Texto: Vitor Grando, Facebook, 31-7-2018

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