Centenas de carros e três caminhões de som
participam do protesto neste domingo
Alana Portela e Ana Paula
Chuva
Em busca da “liberdade”, manifestantes se reúnem nesta manhã para a “Marcha da Família Cristã”, em Campo Grande (Mato Grosso do Sul). A concentração começou por volta das 8h de hoje e contava inicialmente com cerca de 500 carros que tomaram conta da rotatória da Avenida Mato Grosso. A fila se estende até à Avenida Afonso Pena e também ocupa as ruas laterais das avenidas, no entanto, mais veículos foram se juntando quando a carreata começou por volta das 9h10.
“A gente espera milhares
de carros. Temos um contador e no final da carreata vamos ter o número quase
exato. [Como] cristãos brasileiros estamos nos posicionando, pois queremos a
liberdade, o direito de processar nossa fé, queremos o direito constitucional
de ir e vir, direito ao trabalho. É por isso que estamos aqui”, afirma a
coordenadora municipal da marcha, a médica Sirley Ratier.
A marcha deve ocorrer em
vários lugares do país, com o mesmo propósito, a liberdade. Desde as 8h não
para de chegar carros que vão se posicionando na carreata que começou às 9h10.
Além dos veículos, a manifestação ainda conta com três caminhões de som para o
percurso que é na Avenida Afonso Pena.
A carreata segue no sentido do aeroporto de Campo Grande, contudo, dependendo da manobra de um dos caminhões do som, a carreata deve virar na Avenida Lúdio Martins Coelho ou voltar ao ponto de partida.
Três grupos pró-bolsonaro
participam da carreata. “Temos o Fora Corrupto, QG Voluntários de Bolsonaro e
Pátria Livre”, diz Sirley. Além deles ainda têm os integrantes das igrejas
católicas e evangélicas. “Temos entidades religiosas dando apoio”, completa.
“O Brasil é um país 90%
cristão, não dá para aguentar o que está sendo feito”, declara a coordenadora
da marcha.
Nos altos da Afonso Pena ainda
foram montadas barracas, onde estavam sendo vendidas camisetas com estampas
“Deus, pátria, família e liberdade” e garrafas de água para os manifestantes.
Durante a carreata, alimentos e produtos de higiene estão sendo arrecadados
pela organização da marcha.
“Temos brasileiros passando
fome, isso não tem cabimento, pedimos por liberdade e direito de trabalhar para
sustentar a família. Viemos lutar pelo direito do trabalho, angariando cesta
básica, alimentos para distribuir às famílias carentes”, declara a coordenadora
Na carreata, os manifestantes carregaram uma faixa com a frase “Trabalho é vida, lockdown é morte”. Os protestantes ainda levaram várias bandeiras do Brasil para exibir durante o percurso.
A manifestação deve continuar
até às 10h, com buzinaço na principal avenida de Campo Grande.
Título e Texto: Alana
Portela; Imagens; Ana Paula Chuva, CAMPO GRANDE NEWS, 11-4-2021, 9h41
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