A Quinta da Boa Vista fez parte de muitas infâncias e ganhou um espaço especial na memória de muitos cariocas
Larissa Ventura
Os gramados da Quinta da Boa Vista, em São Cristóvão, os passeios no Zoológico e as visitas ao Museu Nacional foram uma parte marcante da infância e da adolescência de muitos cariocas. Seja em passeios escolares ou com a família, para muitas pessoas o parque está repleto de boas memórias e traz uma sensação de nostalgia.
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Foto: Cleomir Tavares/Diário do Rio |
Aos 45 anos, Luciene
Costa afirma que falar sobre a Quinta da Boa Vista é falar de
infância: “Era muito divertido, tenho muitas lembranças das brincadeiras,
das comidinhas que minha mãe levava… além dos passeios da família, a gente
também ia com a igreja e era muito bom”.
Luciene conta ainda que voltar
na Quinta da Boa Vista traz uma certa nostalgia: “A gente voltou lá depois,
já adultos, e voltam várias memórias, várias lembranças da infância… era muito
bom mesmo“.
Ilma Pereira tem atualmente 74 anos e conta que a Quinta da Boa Vista marcou sua adolescência: “eu ia muito com a minha família, a gente colocava toalha no chão, levava sanduíche, ficava ali no gramado, depois ia no Museu, no Zoológico… era sempre um dia muito divertido”.
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Foto: Cleomir Tavares/Diário do Rio |
O passeio passou para as próximas gerações da família. Flávia Pereira é sobrinha de Ilma e também tem memórias marcantes do local. Moradora de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, ela conta que a diversão já começava dentro do trem, porque era uma coisa que fugia da rotina, algo novo.
“A gente morava em Caxias,
era longe, então para mim era uma viagem, a diversão já começava dentro do
trem…“, disse. Flávia falou ainda sobre o Museu Nacional e o Zoológico, que
também foram locais marcantes para ela: “Ir no Museu para mim, quando era
criança, era incrível, era um mundo novo, muita coisa que eu não conhecia… e
sempre que a gente tinha dinheiro, íamos ao Zoológico e era muito bom também“.
Flávia contou ainda que além
de ser um marco em sua infância, a Quinta da Boa Vista também fez parte da sua
vida adulta, pois ela levou os filhos e o sobrinho para conhecerem o
parque: “eu voltei na Quinta da Boa Vista com as crianças e repetimos o
passeio da minha infância. Eles adoraram, foi muito legal“.
Assim como na família de Ilma
e Flávia, o passeio vai passando pelas gerações de cariocas. Juliana
Alves tem 24 anos e tem lembranças semelhantes em sua infância.
“Eu cheguei a ir bastante
quando criança. Era um passeio bem legal de fim de semana, porque dava pra
passar o dia todo lá. A gente via os animais, tirava foto, fazia as fotos
temáticas que eles ofereciam, lanchava… Eu amava que sempre tinham várias
pessoas vestidas de personagens espalhados pelo zoológico. Tenho foto com o
Piupiu, com o Mickey, com o Pluto… várias delas tiradas ali na Quinta“,
contou.
Juliana comentou ainda que,
depois do passeio no zoológico, ainda dava pra passear pela Quinta da Boa
Vista: “Passeio de charrete, pedalinho… Acabava tendo programação pra
família toda”.
Como um passeio simples e
acessível, os momentos marcantes pelos gramados do parque, conhecendo o
Zoológico, que hoje se tornou o BioParque do Rio, ou ainda visitando o Museu Nacional fizeram com que a Quinta da Boa
Vista ganhasse um espaço especial na memória de muitos cariocas.
Título e Texto: Larissa Ventura, Diário do Rio, 15-6-2021
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