segunda-feira, 8 de novembro de 2021

Bolsonaro: ‘Moro sempre teve um propósito político, mas fazia de forma camuflada’ (Vídeo)

Em entrevista à Jovem Pan, presidente volta a falar em privatização da Petrobras e defende PEC dos Precatórios

Fábio Matos

O presidente Jair Bolsonaro comentou nesta segunda-feira, 8, em entrevista à Rádio Jovem Pan de Curitiba, a possível candidatura do ex-juiz e ex-ministro Sergio Moro ao Palácio do Planalto em 2022. Segundo o chefe do Executivo, a entrada na política partidária — ele anunciará sua filiação ao Podemos no dia 10 — revela que Moro sempre teve interesses político-eleitorais.

“Você começa a entender o que eu passei com o ministro Sergio Moro. Ele sempre teve um propósito político. Nada contra, mas fazia aquilo de forma camuflada”, disse Bolsonaro. “[Moro] Tinha intenção de ir ao Supremo [Tribunal Federal]. No primeiro momento, achei justa a intenção dele. Depois passei a conhecê-lo um pouquinho melhor”, completou. 

Petrobras

Na entrevista à Jovem Pan, Bolsonaro reiterou as críticas à série de reajustes nos preços dos combustíveis e voltou a defender a privatização da Petrobras.

“A gasolina sai R$ 2,30 na refinaria. Ao longo do percurso, tem lá o que se paga para os transportadores, a margem de lucro, o imposto federal de 74 centavos e o ICMS, que é três vezes isso. O ICMS não incide sobre o preço da gasolina na refinaria, mas na bomba. Isso está errado”, criticou o presidente. “Para mim, o ideal é você ficar livre da Petrobras. Logicamente privatizá-la, mas para muitas empresas. Não é tirar do monopólio estatal e passar para o monopólio privado. Tem que fatiar isso daí.”

PEC dos Precatórios

Bolsonaro também falou sobre a aprovação, em primeiro turno, da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) dos Precatórios pela Câmara dos Deputados. O texto deve ser votado em segundo turno nesta semana. Caso aprovado pelo Congresso, o projeto abrirá espaço no Orçamento para garantir, por exemplo, o pagamento do Auxílio Brasil até o fim de 2022.

“[A PEC] Foi votada em primeiro turno na Câmara. Passou o parcelamento dos Precatórios, não é calote”, afirmou. “Acho que passa no segundo turno. Vamos ter problemas no Senado. O Brasil, que no corrente ano projeta um excesso de arrecadação em R$ 300 bilhões, não pode destinar mais R$ 30 bilhões para esses mais necessitados?”, questionou Bolsonaro. 

Título e Texto: Fábio Matosrevista OESTE, 8-11-2021, 9h

Um comentário:

  1. Admiro o presidente Bolsonaro, mas lamento essas falas desorientadas a respeito da Petrobras, seguramente induzidas por políticos que estão na sua base de apoio, desmerecendo a excelente gestão de seu indicado o Gal. LUNA, que vem seguindo as regras da paridade de preços internacional e explicado porque assim tem que ser feito, bem como, rebatido os políticos e a velhaca imprensa que a Petrobras é o vilão da inflação de preços dos combustíveis. Estamos vendo recentemente a Petrobras tendo que fazer publicidade informativa na Globo, para mostrar que seu produto (GASOLINA PURA) desenvolvido a enormes custos operacionais, recebe somente R$2,33 do preço por litro cobrado nas bombas. Mas, somente isso não mostra o valor dos demais agentes para chegar ao preço médio de R$6,57 nas bombas que pudemos verificar no site da Petrobras conforme segue: R$2,33 gas. pura (Petrobras=União/acionistas), r$1,72(ICMS=governadores), R$1,17 (álcool anidro=usineiros), R$0,69(impostos federais), R$0,66=(distrib./revenda). Logo, o ICMS dos governadores que nada produzem R$1,72 representa 73,8% da gas. pura (Petrobras) e 49,1% do total R$3,50 dos combustíveis gas.pura+álcool Observamos que a gasolina comum nas bombas é composta de 73% de gasolina pura e 27% de álcool anidro, portanto o preço por litro vendido da gas. pura pela Petrobras é: R$2,33/0,73=R$3,19 e do álcool anidro pelos usineiros é: R$1,17/0,27=R$4,33. Confesso que não sabia que o preço do álcool por litro é maior que o da gasolina. Vale dizer que os impostos federais são fixos por litro, e não sobre o valor cobrado nas bombas. Então, podemos concluir quem são os vilões? Alguém já ouviu os famosos governadores Dória (SP) e Welington Dias (PI=consorcio nordestino) esclarecerem isto a população? E a tradicional e desonesta imprensa não tem nada a dizer? Porque a Globo que acaba de receber publicidade da Petrobras, não faz este esclarecimento em suas reportagens sobre inflação dos preços dos combustíveis? Afinal porque ninguém fala do preço do óleo de soja, que subiu de R$2,90 para R$8,00 no mercado interno do nosso país maior produtor mundial de soja? A revista oeste poderia nos fazer matéria a respeito, e até verificar porque não há uma política interna(público/privada), para estabelecer no caso das commodities agropecuárias, para primeiro abastecer o mercado interno a preços diferenciados dos praticados no comercio exterior de suas exportações dos excedentes? Antonio Carlos Neves, 8-11-2021, 11h43

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