Maior recuo foi registrado em Tocantins
Akemi Nitahara
A taxa de desemprego caiu em 22 das 27 unidades da federação no 2º trimestre, na comparação com os 3 primeiros meses do ano. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) Trimestral, divulgada hoje (12) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil |
O maior recuo no trimestre foi
registrado no estado de Tocantins, com menos 3,8 pontos percentuais. Pernambuco
caiu 3,5 pontos percentual e Alagoas, Pará, Piauí e Acre também se destacaram,
todos com quedas de cerca de 3 pontos. Apesar das quedas, o Nordeste permanece
com a maior taxa de desocupação entre as regiões, de 12,7%.
Por estado, o maior índice de
desemprego é o da Bahia (15,5%), seguido de Pernambuco (13,6%) e Sergipe
(12,7%). Os menores índices estão em Santa Catarina (3,9%), no Mato Grosso
(4,4%) e no Mato Grosso do Sul (5,2%). Registraram estabilidade na taxa o Distrito
Federal, Amapá, Ceará, Mato Grosso e Rondônia.
A taxa de desocupação no
segundo trimestre de 2022 ficou em 9,3%. No trimestre anterior, o índice
nacional estava em 11,1% e no mesmo trimestre do ano passado o desemprego era
de 14,2%.
Informalidade
A taxa de informalidade ficou
em 40% da população ocupada, com 39,3 milhões de pessoas. Houve aumento em
números absolutos na comparação trimestral (38,2 milhões) e na anual (35,7
milhões), mas estabilidade na análise percentual, devido à expansão da população
ocupada.
Os trabalhadores por conta própria são 26,2% da população ocupada do país e a taxa composta de subutilização da força de trabalho foi de 21,2%.
Entre as pessoas desocupadas,
42,5% estão procurando trabalho entre um mês a menos de um ano e 29,5% procuram
por dois anos ou mais. O país tem 4,3 milhões de pessoas desalentadas, o que
corresponde a 3,8% da força de trabalho.
A formalidade no trimestre
atingiu 73,3% dos empregados do setor privado, queda em relação aos 74,1% do
trimestre anterior e também na comparação com os 75,2% do segundo trimestre de
2021. Por estado, a formalidade vai de 46,6% dos trabalhadores do Piauí a 87,4%
dos de Santa Catarina.
Entre as trabalhadoras
domésticas, apenas 25,1% tinham carteira de trabalho assinada no período
analisado.
Gênero e raça
De acordo com o IBGE, a
desocupação entre mulheres (11,6%) e entre pessoas pretas (11,3%) e pardas
(10,8%) continua acima da média nacional. A taxa entre pessoas brancas ficou em
7,3% e o desemprego atinge 7,5% dos homens.
Segundo a coordenadora de
Trabalho e Rendimento do IBGE, Adriana Beringuy, a diferença entre negros e
brancos aumentou, enquanto a distância do desemprego das mulheres para os
homens diminuiu, mas ainda é grande.
“A queda foi maior entre as
mulheres (2,2 pontos percentuais contra 1,6 ponto percentual dos homens),
porém, não foi o suficiente para diminuir a distância entre eles. A taxa das
mulheres é 54,7% maior que a dos homens”.
Por idade, o maior recuo
ocorreu entre os jovens, de 18 a 24 anos, passando de 22,8% no primeiro
trimestre do ano para 19,3% no segundo. Por escolaridade, a taxa de desocupação
para as pessoas com ensino médio incompleto ficou em 15,3%, para quem tem nível
superior incompleto, a taxa foi 9,9%, e para o nível superior completo o desemprego
ficou em 4,7%.
Rendimento
O rendimento médio mensal recebido pelos trabalhadores foi estimado em R$ 2.652 no segundo trimestre do ano, o que representa estabilidade na comparação com o valor de R$ 2.625 registrado no trimestre anterior, segundo o IBGE.
O valor é 5,1% menor do que o
percebido no segundo trimestre de 2021, quando o rendimento médio foi de R$
2.794. Segundo Adriana Beringuy, o resultado demonstra que as pessoas estão
recebendo salários menores, bem como os rendimentos perdem valor diante da alta
da inflação.
“A gente tem melhoria do
número de ocupados, um crescimento até de carteira de trabalho, em várias
atividades econômicas, mas o rendimento em si não vem apresentando uma expansão
em termos reais. Embora a gente tenha visto que em termos nominais houve sim uma
expansão no trimestre e no ano. Só que trazidos a termos deflacionados, quando
a gente considere em termos reais, o aumento que teve em termos nominais não é
o suficiente para manter a expansão em termos reais”.
O rendimento dos homens ficou
em média em R$ 2.917 e o das mulheres em R$ 2.292, o que representa 78,6% do
rendimento dos homens. Entre as pessoas brancas, o rendimento médio é de R$
3.406, caindo para R$ 2.009 entre as pretas e R$ 2.021 entre as pessoas pardas.
Ou seja, o rendimento médio dos ocupados de cor preta representa 59% do
rendimento médio dos ocupados de cor branca.
Acompanhando a expansão do
mercado de trabalho, a massa de rendimento médio real de todos os trabalhos
somou R$ 255,7 bilhões, crescimento em relação ao trimestre anterior (R$ 244,9
bilhões) e frente ao segundo trimestre de 2021 (R$ 244 bilhões).
Título e Texto: Akemi
Nitahara; Edição: Lílian Beraldo – Agência Brasil, 12-8-2022, 11h58
Governador da Bahia: Rui Costa, do PT.
ResponderExcluirGovernador de Pernambuco: Paulo Câmara, do PSB.
Governador de Sergipe: Belivaldo Chagas, do PSD de Gilberto Kassab (foi do PFJ, PP, PSB e MDB.