Orixá foi homenageada em festa no Arpoador, cortejo no Centro e outros eventos
A confeiteira Alair, de 51 anos, esteve no Arpoador para festejar a orixá e contou sobre a importância de Iemanjá em sua vida. "Iemanjá é minha mãe, é tudo. Todo ano, tanto dia 31 quanto no dia 2 de fevereiro, eu venho retribuir tudo aquilo que eu peço com fé e ela me dá. Como aquele ditado: 'Me pede com fé que te dou'. Iemanjá é tudo: bênçãos, proteções, caminhos abertos, tudo de bom. Axé para todos nós", desejou.
Na praia, a festa começou às 15h e conta com apresentações do Samba de Caboclo, Nina Rosa, Ogan Bangbala, Jongo do Vale do Café, Tião Casemiro, Ogan Kotoquinho, Pai Dário, Companhia de Aruanda, Orin Dudu, Iza Diordi, Ilê Axé Onixêgun, além do músico Marcos André, idealizador do evento. As roupas e a parte gastronômica da festa foram oferecida pela Feira Crespa, uma ação afirmativa que busca a valorização da mulher negra, o fortalecimento de afroempreendedores e da cultura afro-brasileira.
"Essa é uma homenagem
para quem tem fé, para quem sabe a importância de Iemanjá na vida da gente. Ela
é a Rainha do Mar, então não tem nada mais justo! Se você pede, também tem que
homenagear", explicou Rita de Cássia, de 65 anos, que foi ao Arpoador.
A empresária Verônica Santos,
de 51 anos, aproveitou a festa e ressaltou a grandeza da homenagem. "A
importância da celebração de Iemanjá é ter muita fé, que a gente precisa muito
no Brasil e no mundo. Ela traz essa tranquilidade para a gente e essa homenagem
é mais do que justa", contou.
A festa de Iemanjá começou com
terreiros nas areias da Zona Sul do Rio, liderada pelo pai de santo Tatá
Tancredo e comemorada no dia 31 de dezembro - dia de Iemanjá na umbanda. Isso
deu inícios às celebrações de Ano Novo nas praias e as práticas de vestir
branco, jogar flores no mar e pular sete ondas.
A organização do evento pede que os fiéis levem oferendas biodegradáveis, como flores e frutas. O encerramento está marcado para 22h e o público será convidado a um mutirão de limpeza nas areias, calçadão e pedra do Arpoador.
Na Centro, o Afoxé Filhos de
Ghandi realiza o tradicional Presente de Iemanjá, promovido há 48 anos. No
início da celebração, houve um café da manhã para 300 pessoas na sede do grupo,
na Gamboa. Às 9h, o cortejo ao som de cantos tradicionais se direcionou até a
Praça Mauá. Em seguida, uma embarcação partiu pela Baía de Guanabara, a uma
distância de 1 km da costa, para oferta de presentes juntos ao mar.
A festa continua na praça com
almoço gratuito comunitário para 300 pessoas e apresentações musicais até 20h.
Além disso, há uma feira cultural de gastronomia africana e artesanato.
Título e Texto: Redação,
O
Dia, 2-2-2024, 16h19; fotos: Renan Areias/Agência O Dia
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