segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Amor incondicional


Foto: **Dó**, maio de 2011, Flickr

Lícia Marques
É sempre muito triste quando um amigo se vai, e mais ainda quando a pessoa se vê obrigada a intervir para deter-lhe o sofrimento, porque seria injusto e cruel prolongá-lo. Terrível decisão.
Muitas vezes apoiei amigos que precisaram colocar seus cães "para dormir", e não foi nada fácil; mesmo com o passar dos anos, eles, embora mais conformados, ainda se lamentam e sofrem por causa das saudades, embora já tenham adotado/comprado outros; cada um é insubstituível. São muitos amores que se sucedem numa mesma existência.
West Highland White Terrier
Ao longo da vida, em fases distintas e com grandes intervalos de tempo, tive três cães de raças diferentes (um mestiço de dobermann com perdigueiro, que era um doce; um West Highland White Terrier, muito alegre e esperto; e um boxer, turrão mas engraçado); todos me deram muitas alegrias e me ensinaram muitas coisas boas, sempre confirmando que o amor sincero, o companheirismo, a fidelidade e a lealdade são características naturais desses inocentes seres que iluminam a nossa existência com a sua simplicidade tão honesta e natural, como deveria haver entre nós, humanos.
Sim, eles têm a capacidade de provar a todo instante que o amor e a amizade existem, e assim,  quando partem, levam um bom pedaço de nós; em troca, deixam muitas doces e alegres lembranças, que sobrepujam os momentos ruins em nossas memórias, e isso acaba preenchendo aquele imenso vazio interior criado por sua ausência.

E a cada vez que alguém adota um pequeno ser perdido, o mundo fica melhor, pois a vida se enriquece de sentido: meu irmão, há muitos anos, em épocas diferentes, vivenciou duas experiências muito bonitas:
1) Levou pra casa uma jovem cadelinha preta, vira-lata, que seguiu-o durante mais de uma hora num centro comercial lotado de gente que a escorraçava sem motivo algum. Ele imediatamente levou-a a um amigo veterinário que constatou saúde perfeita e deu as vacinas de praxe; em seguida, ela ganhou um bom banho, produtos anti-pulgas e carrapatos, ração, osso, água, caminha, brinquedos e uma coleira, ou seja, o suficiente para garantir muitos anos de amor incondicional, mútuo e recíproco; era a segunda sombra dele, nas 24 horas do dia, e sempre muito alegre e fiel ao resto da família, que a acolheu com muito amor e alegria.
2) Ele também recolheu um filhotinho de gato de rua, doente e faminto, cujos olhinhos brilharam pedindo socorro aos faróis do carro que ia passando numa estrada deserta durante uma madrugada fria e chuvosa; de manhã, uma visita ao veterinário... e pimba! Mais bons anos de alegrias e muito amor.
É, eles sabem ser gratos eternamente; essa é mais uma grande lição que a Humanidade precisa aprender.
Texto: Lícia Marques
Título e Edição: JP

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3 comentários:

  1. Oi,Jim

    Muito obrigada por ter transformado um comentário em mais um lindo post nesse doce e aguerrido Cão Que Fuma.

    Adorei. Espero que seu público tb goste.

    Bjs

    Lícia

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  2. Oi,Jim

    Não há de quê. É sempre um prazer colaborar aqui. ;-)

    Bjs

    Lícia

    ResponderExcluir

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