OBSERVE bem a estratégia
ou a lógica, da ação esquerdista que se dizia 'ética, democrática,
transparente e defensora dos direitos humanos, da igualdade, da justiça social
...': evita refletir sobre princípios e fundamentos, inspirada/dominada em os
fins justificam os meios.
A luta armada, a guerrilha
– mudou apenas de métodos e armas – agora os males são a democracia (em
minúscula) – tal como a concebem e usam – a democracia não persegue
outro fim senão eliminar todo obstáculo; os partidos políticos são equivalentes
à forças irregulares; a força regular (Forças Armadas, Polícia,
Poder Judiciário) é submetida aos critérios partidários (aparelhamento),
os irregulares dominam o terreno e atuam com total impunidade (serviço sujo,
dossiê, atividades clandestinas em geral, em que o chefe nunca saberá de
nada) e assim operam quando pretendem algo mais que o possível (ilegal).
Além do previamente acordado ou negociado, a confrontação se assemelha a guerra
de guerrilha convencional, porque aí não se obedecem aos códigos da luta
democrática e prevalece a ideologia, a missão, e outro, o adversário
passa a ser um inimigo que deve ser eliminado; não é um circunstancial
interlocutor com partidos, idéias ou projetos diferentes, e se não pode ser
eliminado, deve ser desprestigiado, anulado, incapacitado para a ação, com
todos os meios necessários (sempre os fins justificam os meios). Nos
processos como nas atuais confrontações democráticas prevalece a lógica
da eficácia. E esta posterga a análise sobre o bem ou sobre o mal, assim
como o destino dos povos, sobre suas necessidades reais.
E a mídia, obviamente como
'inimiga' deve ser calada ou eliminada. Cabe ainda lembrar o conceito de
verdade dessa sociopatologia criminosa:
“A verdade é um conceito burguês”. Lênin (Vladimir Illitch
Uliânov - Влади́мир Ильи́ч
Улья́нов - Vladímir
Ilítch Uliánof - 1870-1024)
Rivadávia Rosa
Esquerdopatia, a psicopatia da política. Ou: Primeiro eles tentam
desumanizá-lo para, então, matá-lo. Foi assim que eliminaram mais de 100
milhões no século passado
Reinaldo Azevedo
Por que os psicopatas são
capazes dos piores horrores sem sentir remorso? Faltam-lhes mecanismos, e os
motivos ainda não estão muito claros, que lhes permitam fazer um exercício
simples, comezinho, a que nos dedicamos várias vezes ao longo do dia:
colocamo-nos no lugar do outro. É o senso de proporção e de justiça que nos
empurra para isso. Aliás, dessa prática nasce uma das boas recomendações da
ética aplicada: ao praticar uma determinada ação, especule se ela poderia ser
generalizada — vale dizer: se todos agissem como você age, o mundo seria melhor
ou pior, um lugar mais agradável ou menos? O psicopata não reconhece a
humanidade do outro; não se comove com o seu sofrimento. Ao contrário até: a
dor alheia excita a sua imaginação. Estudos comprovam que o psicopata acredita
que as vítimas são as verdadeiras culpadas pelo mal que ele lhes fez. Na sua
imaginação delirante, elas queriam ser molestadas.
Existe na política o correlato
da psicopatia, manifestado, no caso, não como uma doença mental, do indivíduo,
mas como uma moléstia coletiva, ideológica. Há tempos emprego a palavra
“esquerdopata” (já usado por blogueiros portugueses, o que muito me honra;
atravessamos o mar, depois de a palavra “petralha” ter ido parar no
dicionário!) para definir certo tipo de comportamento. Alguém tocado pela
esquerdopatia está sempre justificando os malfeitos daqueles da sua turma. Até
aí, dirá alguém, assim fazem todos. Mas isso ainda não o define: além da
justificativa, há a tentativa de nos convencer de que o crime atende aos
anseios dos “oprimidos” e tem uma função libertadora. A exemplo do psicopata,
seu padrão moral é elástico o bastante para justificar qualquer coisa, desde
que concorra para atingir seus objetivos ou os do grupo.
Mas a caracterização ainda
está incompleta: também o esquerdopata precisa desumanizar o adversário,
transformá-lo num portador de todos os horrores: pode, assim, eliminá-lo sem
constrangimento, acusando-o de ser o verdadeiro responsável pelo mal que o
atinge. Isso explica por que os esquerdistas, no século 20, mataram tanto e de
forma tão contumaz! No seu delírio, aqueles muitos milhões morreram porque
estavam criando entraves para o avanço da história. Se a libertação dos homens
de seus algozes custa mais de 100 milhões de vidas, fazer o quê?
Denunciei ontem aqui, como viram, uma página criada
no Facebook com o fito único de me atacar. Pior do que isso: há ali o incentivo
claro, inequívoco, à violência, à agressão física, ao linchamento — não apenas
o moral. Esta é uma novidade do Brasil do lulo-petismo: a organização de
falanges, de milícias, com o objetivo de calar aqueles de quem discordam. A
origem desse movimento está em algumas penas de aluguel, que recebem dinheiro
do governo ou de estatais para manter no ar blogs e sites que têm o fito
exclusivo de difamar aqueles que são considerados “adversários do regime”. Há
casos até de notórios inimigos figadais que se tornaram aliados íntimos porque
descobriram que uma mesma paixão os une: a pistolagem a mando. Estes, ao menos,
sabem por que fazem o trabalho sujo: dinheiro! Papel triste, patético mesmo!,
desempenham os idiotas que trabalham, sem saber, de graça para os pançudos.
Nota à margem: fui, aos 16, tratado como “inimigo do regime”, durante a
ditadura. Aos 50, sou tratado como inimigo do “regime petista”. Fui menos
esperto do que alguns: eram amigos antes; continuam amigos agora.
Não, senhores! Não havia gente
dessa espécie no governo FHC. Esse trabalho de ataque sistemático, organizado,
a alguns nomes da imprensa nasce do esforço frustrado do PT — a turma de José
Dirceu e companhia — de criar mecanismos para censurar a imprensa. Como
malograram no seu intento, então recorrem aos matadores de aluguel.
Eu sou um dos alvos e não vou
aqui tirar onda de ingênuo. Sei muito bem por que me atacam. Não gostam das
minhas opiniões. Até aí, bem! O QUE ACHO FABULOSO É QUE NÃO GOSTEM SOBRETUDO
DAS OPINIÕES QUE JAMAIS EMITI. Defendem, abertamente, que eu seja empalado,
espancado, agredido, hostilizado… Alguns traços de civilidade subsistem em sua
formação. Sabem que isso não é coisa de gente de bem. Então precisam encontrar
um culpado para seus crimes. E eles não hesitam: o culpado sou eu, a vítima.
Na tal página asquerosa,
acusam-me, vejam que fabuloso, de “racista”. Mas não peçam a esses delinqüentes
morais que dêem um só exemplo do meu racismo, porque eles não conseguirão. Ao
contrário: eu sou o criador da expressão “racismo de segundo grau”, desvio que consegue ser
ainda mais desprezível do que aquilo que se entende habitualmente como
preconceito. Se há os cretinos que acreditam que um negro está impedido de
aprender isso ou aquilo porque negro, há os que acham, julgando-se muito
progressistas, que os negros estão condenados a determinados conteúdos ou
talentos naturais porque negros. Esse é o texto em que denuncio — eu mesmo!!!
— o “Machado de Assis branco” da propaganda da Caixa Econômica Federal.
Propaganda que foi refeita!
Eu sou, isto sim, contra cotas
raciais — e chamar isso de racismo é coisa de pilantras, de vagabundos. Até
porque há muitos negros que também são! Eu sou contra, isto sim, a que ONGs
subam os morros do Rio ou cheguem à periferia das grandes cidades para ensinar
meninos pretos e pobres a bater lata, a fazer rap e a dançar funk. Por que eles
não podem aprender Machado de Assis — o próprio — morando na periferia, como
aprendi? Aos 14, eu lia Machado numa casa de dois cômodos. Aos 18, eu me
libertava da pobreza dando aula sobre Machado.
Eu tenho é um profundo
desprezo por esses cretinos que acreditam que a carência é um parque de
diversões para que exercitem a sua má “boa-consciência”, é uma variante
antropológica, uma cultura de outro planeta. A pobreza, seus delinqüentes
morais, é apenas algo que precisa acabar. Parem de fazer subliteratura com a
miséria alheia, seus nojentos!
Por que não exemplificam com
um texto, uma entrevista, um livro: “Aqui está a prova do racismo”?! Não o
farão porque não existe! Ao contrário! Racistas e antipobres são eles! Querem
que eu exercite a sua mesma suposta piedade babona e vagabunda! Sim, eu sou
contra cotas. Entendo que são, inclusive, inconstitucionais! Eu quero é uma
escola pública de qualidade, como a que cheguei a ter, para que os pobres,
pretos ou brancos, possam também competir. Acusam-me de “racista” porque,
assim, podem se entregar ao linchamento e ainda se desculpar: “Ele é culpado
pelas agressões que praticamos”.
“Ah, mas Reinaldo é
homofóbico”. Sou? Cadê o texto, a entrevista, a declaração, o que seja, que o
evidencie? Esses idiotas repetem o que lêem nas páginas de gente que é paga pra
me atacar — e a outros jornalistas que não rezam segundo a cartilha oficial —
sem nem se preocupar em saber se há alguma base de verdade no que propagam.
Já escrevi aqui mais de uma vez, o que me rendeu
críticas de alguns leitores que costumam gostar do que escrevo, que não me
oponho à união dos gays, nem mesmo à adoção de crianças. Literalmente: “Note-se:
crianças abandonadas, no Brasil, são um verdadeiro flagelo social. Os orfanatos
estão cheios. Parece que as famílias tradicionais não têm acorrido em seu
socorro em número suficiente. Não posso crer que seja um ato de amor impedir
que dois homens ou duas mulheres - dotados das devidas condições psicológicas,
morais e financeiras - as adotem. Nesse caso, essa é minha escolha moral. E não
me parece generoso, ademais, que uma pessoa impedida de escolher a sua
sexualidade também seja impedida de ser feliz ao lado de quem ama.”
Isso é o que eu penso. E há o
que os canalhas dizem que eu penso. Eu sou, sim, contrário é à tal lei que
criminaliza a homofobia porque já demonstrei aqui, mais de uma vez, que se
trata, antes de mais nada, de censura. Fiz, sim, picadinho da tal PL 122, que é uma coleção de
absurdos, que impunha, inclusive, na sua forma original, discriminação
religiosa. E critiquei também o encaminhamento que o STF deu à “união estável”,
ignorando o que diz a Constituição, que afirma explicitamente que ela se
realiza ente “homem e mulher”. O Supremo decidiu contra a letra da Carta. Não é
assim porque eu quero; é porque é. Homem tem pingolim; mulher tem borboletinha,
ainda que seja um pingolim que goste de outro pingolim, e uma borboletinha que
aprecie a outra. Mas seguem sendo “homem” e “mulher”. O que sustentei, e
sustento, é que uma corte suprema age de modo temerário quando decide contra a
letra da Constituição: o mal que potencialmente faz é superior ao bem que
pretende fazer. Homofóbico é quem acha que uma autoridade é gravemente ofendida
se associada à homossexualidade. Eu só acho isso uma bobagem. O que as pessoas
fazem entre quatro paredes, não envolvendo crianças e não sendo forçado, não é
da minha conta. Eu debato é legislação e cultura democrática.
“Ah, mas Reinaldo é contra o
aborto”. Sou! “É contra a descriminação das drogas”. Sou! “É contra a invasão
de propriedade privada”. Sou (eu e a família Safatle, diga-se!). “É a favor da
internação compulsória de drogados que moram nas ruas”. Sou! “É a favor do novo
Código Florestal”. Sou! “É a favor de bandido dentro da cadeia”. Sou!
E produzi quilômetros de
textos tratando de cada um desses assuntos. Tenho, sim, muitos milhares de
leitores: gente que gosta de debater, de argumentar, de contra-argumentar e
que, à diferença do que dizem por aí, nem sempre concorda comigo. A questão que
resta sem resposta é esta: por que eu não poderia defender cada um desses
pontos de vista?
Não, senhores! O que os
esquerdopatas pretendem é agir à moda dos psicopatas: desumanizando-me,
caracterizando-me como um ogro, podem, então, exercer à vontade a sua
pistolagem. Um sujeito chamado “Renato” tentou explicar o comportamento dos
linchadores: “Se você fosse imparcial em suas matérias, como todo bom
jornalista deveria ser, provavelmente não teríamos comentários tão absurdos como
os citados por você. Lembre-se que a pessoa só colhe aquilo que
planta.” Viram só? “Ser imparcial”, para ele, é certamente concordar com o
que ele pensa. Ele reconhece os tais comentários como “absurdos”, mas acha que
a culpa é minha. Na Alemanha dos anos 30, teria dito aos judeus: “Se vocês
fossem mais discretos; se vocês cobrassem juros menores; se vocês não se
metessem em conspirações…”. Em suma, ele usaria contra as vítimas todas as
acusações de seus algozes para poder lavar as mãos, não sem antes dizer: “Quero
deixar claro que não concordo com a perseguição, mas…” Acreditem: um colunista
de um grande jornal já escreveu o mesmo…
Já uma tal “Marina” é mais
direta: “Sou contra qualquer violência, mas vc, Reinaldo, bem que poderia
morrer de câncer nas mãos ou na língua. Seus artigos são, sim, tendenciosos. É
um arrogante. Come merda e rota (sic) caviar.” Marina é contra a
“violência”, mas a favor do câncer, castigo que, parece, tem, na sua
imaginação, algo de divino. Talvez acredite que os cânceres de Dilma e
Lula tenham nascido da praga de algum antipetista…
Estamos diante de um padrão
moral! O espírito que anima aquela página, reitero, matou mais de 100 milhões
de pessoas no século passado. Vivemos dias um tanto bárbaros. O rapaz que
administra aquele lixo tenta se justificar: “A questão não é ter coragem
para criar um blog, e sim dizer algo suficientemente plausível. Tudo o que
Reinaldo faz é denegrir as pessoas que pensam diferente dele.” Entenderam?
Ser “plausível”, claro!, é concordar com ele, que me acusa, entre outras
coisas, de “racista”. Ele, que se considera certamente um anti-racista,
emprega, não obstante, a palavra “denegrir” como sinônimo de “desqualificar”.
Merecíamos coisa melhor até
para nos atacar, não?
Reinaldo Azevedo, 30-11-2011
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