Jão Domingos e Tânia Monteiro
O presidente do PSDB mineiro,
deputado Marcus Pestana, convidou a presidente Dilma Rousseff a se filiar a seu
partido depois da divulgação do plano de concessões de rodovias e ferrovias,
anunciado pelo governo federal na quarta-feira, 15. Ele disse que a nota do
PSDB, no qual o partido cumprimentou a
presidente da República por aderir às privatizações, poderá estimular Dilma
a continuar nessa rota.
"Quem sabe um dia ela se
filia ao PSDB. FHC abonaria", escreveu Marcus Pestana no microblog
Twitter, nesta quinta-feira, 16. Ainda na quarta-feira, o presidente do PSDB,
deputado Sérgio Guerra (PE), defendeu a concessão de rodovias e ferrovias como
um dos caminhos para acelerar os investimentos em infraestrutura. Ele só
lamentou a demora da iniciativa do governo petista. Disse que, por isso mesmo,
a curto prazo nem as medidas tomadas pela presidente iriam atenuar "o
decepcionante" crescimento do PIB brasileiro.
O ministro Gilberto Carvalho
(Secretaria-Geral da Presidência) negou que o governo esteja fazendo
privatizações ao lançar o pacote de concessões de rodovias e ferrovias.
"Este é um governo que não privatiza e não vende nada para fazer
caixa", declarou Gilberto, repetindo o discurso da presidente Dilma.
"Ao contrário, mostra que é um governo que não privatiza. É um governo que
acelera o processo de crescimento do País", completou.
Ataques
Logo depois que falou de sua
convicção de que a presidente Dilma poderá se filiar ao PSDB - com o abono da
ficha pelo ex-presidente Fernando Henrique, que a elogiou pelo enfrentamento
com os grevistas -, o deputado Marcus Pestana foi atacado por petistas e por
defensores do governo, como o ator José de Abreu (o Nilo da novela Avenida
Brasil). Pestana respondeu: "O problema do PT é a hipocrisia e falta de
autocrítica. Não querem assumir que nosso diagnóstico e estratégia estavam
certos".
Pestana continuou a provocar.
Disse que o ex-presidente Lula gabou-se de que iria ensinar o ex-presidente
norte-americano George W. Bush a lidar com a crise, oferecendo-lhe a fórmula do
Proer (programa de salvação dos bancos brasileiros) de Fernando Henrique
Cardoso. José de Abreu acabando cedendo aos argumentos do tucano, a princípio,
mas fechou a resposta com outra ironia: "Uma coisa é privatização (ok,
vai, concedo essa), outra coisa foi “A Privataria Tucana" - nome de um
livro escrito pelo jornalista Amaury Ribeiro Jr, que trata das privatizações
feitas durante o governo de FHC. O ex-governador José Serra o qualificou de
"lixo".
Título e Texto: Jão Domingos e Tânia Monteiro, Estado de S. Paulo, 17-6-2012
Título e Texto: Jão Domingos e Tânia Monteiro, Estado de S. Paulo, 17-6-2012
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