Essa foi uma das revelações da pesquisa feita pelo Instituto Data Favela, em parceria com a Locomotiva – Pesquisa e Estratégia e com a Cufa
Redação Oeste
Previsivelmente, os fechadores
compulsivos de bares, restaurantes, templos, museus, cinemas, teatros, shopping
centers, prateleiras de supermercados, salões de cabeleireiros, barbearias,
escolas, fábricas, lojas e outras vítimas da epidemia de autoritarismo fecharam
os olhos à dramática piora da paisagem formada pelas favelas brasileiras, onde
sobrevive uma imensidão de gente que ajuda a transformar o transporte público
no maior e mais alarmante foco de disseminação do coronavírus do Brasil. O
palavrório das entrevistas coletivas de prefeitos e governadores não incluiu
sequer um asterisco sobre os brasileiros amontoados em barracos. Também não foi
nem será dedicada uma mísera vírgula à pesquisa feita entre 9 e 11 de fevereiro
pelo Instituto Data Favela, em parceria com a Locomotiva – Pesquisa e
Estratégia e com a Central Única das Favelas (Cufa).
O palavrório das entrevistas coletivas de prefeitos e governadores não
incluiu sequer um asterisco sobre os brasileiros amontoados em barracos
Esses moradores sabem o que
fez e faz cada governante e cada instituição no Brasil da pandemia. Acuados
pela fome e pela insegurança, usam o transporte público para buscar algum
dinheiro em outros pontos da cidade. Sabem que as aglomerações nos ônibus,
trens urbanos e vagões do metrô são perigosas. Mas os participantes
involuntários do isolamento dos desvalidos acham muito mais perigoso esperar
num barraco a salvação que não virá.
Título, Imagem e Texto: Redação,
revista Oeste, 17-4-2021, 20h22
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