sexta-feira, 3 de setembro de 2021

[Foco no fosso] Fé demais ou fede menos?

Haroldo Barboza

Mais de 90% dos brasileiros são avessos às mudanças. Uma indolência que nos impede de evoluir como nação. O melhor exemplo é o sistema político. Mais de um século no mesmo formato: as mesmas famílias no comando, alimentando os mesmos sonhos falsos, recolocando seus herdeiros por pleitos consecutivos, usando os mesmos mecanismos de furto dos impostos que os “isklaressidos” pagam em dia, sentindo-se “livres” para justificar com algumas frases, tais como:

- deixa ficar, depois a gente vê o que faz;

- agora vamos ficar de olho neles (esquecidos em 3 meses);

- está bom assim mesmo: temos samba, futebol e novelas!

 

Qualquer ideia proposta dentro de um grupo (condomínio, clube, repartição) vai precisar de mais que um belo título até para ser testada. Esta “rejeição secular” passiva espanta aos que germinam projetos e ficam inibidos de chamar os pares para um teste, com receio de ouvir ... ”- lá vem o cara com ideia de jirico”.

 

Portanto, temos de estar sempre ativos para inovar. Projetar um bom título. Bolar o processo principalmente com os contornos aos potenciais obstáculos que serão elencados pelo grupo (via questionário é mais rápido) para então montar o teste com 80% para dar certo, criar vontade de usar e gerar melhorias futuras.

 

Formadores de opinião com bom domínio das palavras, se estiverem cientes de que podem ajudar a nação no sentido de entenderem as armadilhas montadas por gestores interessados apenas em aumentar suas riquezas, serão apoiados pelos seus seguidores habituais e atualmente desamparados.

Mas se estão apenas interessados nos proventos da Lei “roa...né”, continuarão dizendo que devemos ter fé, rezar bastante e aguardar a “justiça divina”. E durante esta espera, assistimos sem reação, nossa maior empresa ser dilapidada sem castigo aos autores, não entendemos como o BNDES concedeu “doações” aos países do “bloco”, falsas ONGs loteando nossa maior floresta tropical e outras dezenas de perdas sociais.

 

Talvez a “fé” acabe quando a fome for mortal e a indignação chegue depois de nos transformarmos num BRAITÍ com a tal luz do túnel já apagada (o racionamento cívico deve atingi-la). 

Título e Texto: Haroldo Barboza, 3-9-2021

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O peso da “seriedade”
Esquentando a revolta
A 4ª “onda” pode chegar em agosto
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Embromações - capítulo 4
Embromações - capítulo 3
Embromações - capítulo 2 
Embromações - capítulo 1

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