Entre os temas a serem abordados estão energia, defesa e agricultura
Marieta Cazarré
O presidente Jair Bolsonaro viaja, no fim da tarde desta segunda-feira (14), para a Rússia, após convite do mandatário russo, Vladimir Putin. O embarque da comitiva está previsto para as 18h, partindo da Base Aérea de Brasília. O ministro das Relações Exteriores, Carlos Alberto França, e o ministro da Defesa, Walter Braga Netto, participarão da viagem.
Foto: Arquivo/Marcos Correa/PR |
Em Moscou, Bolsonaro se
reunirá com Putin na quarta-feira (16). O presidente brasileiro irá participar
de encontro com empresários russos. Entre os principais assuntos a serem
tratados na viagem está a compra de fertilizantes russos por parte do Brasil.
Na última sexta-feira (11), Bolsonaro declarou que o Brasil "depende, em
grande parte, de fertilizantes da Rússia e da Bielorússia". Bolsonaro
disse que alguns ministros brasileiros participarão da viagem, para tratar de
assuntos como energia, defesa e agricultura.
O presidente brasileiro
afirmou também que "pede a Deus que reine a paz no mundo, para o bem de
todos nós". A viagem ocorre em um momento de grande tensão entre Rússia e
Ucrânia.
Também devem ser discutidas as
relações político-econômicas e comerciais entre as duas nações, que são
integrantes do Brics, grupo de países que também reúne China, África do Sul e
Índia.
O presidente brasileiro deve
permanecer na capital russa até quinta-feira (17), quando embarcará para
Budapeste, capital da Hungria, onde se encontrará com o primeiro-ministro do
país, Viktor Orbán.
Título e Texto: Marieta
Cazarré; Edição: Valéria Aguiar – Agência Brasil, 14-2-2022, 11h31
O presidente Jair Bolsonaro (PL) e sua comitiva iniciam a viagem a Moscou nesta segunda-feira, 14. O voo deve sair da Base Aérea de Brasília por volta das 19h, com tempo de duração estimado em aproximadamente 20 horas.
ResponderExcluirEstarão com Bolsonaro os ministros das Relações Exteriores, Carlos França; do Gabinete de Segurança Institucional, Augusto Heleno; da Defesa, Walter Braga Netto; e o da Justiça e Segurança Pública, Anderson Torres.
Marcos Molina, dono da Marfrig; o presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal, Ricardo Santin; e o presidente da Abrafrutas, Guilherme Coelho, além de representantes da Associação Brasileira dos Produtores de Soja, estão entre os empresários escalados para acompanhar a viagem.
O encontro, que prevê reuniões bilaterais, já estava sendo planejado desde o ano passado, antes do aumento das tensões entre Ucrânia e Rússia. “Fui convidado pelo presidente Putin. O Brasil depende em grande parte de fertilizantes da Rússia, da Bielorrúsia”, informou o presidente em entrevista no sábado 12 à rádio Tupi.
“Levaremos um grupo de ministros também para tratarmos de outros assuntos que interessam aos nossos países, como energia, defesa e agricultura”, destacou.
Em 2021, o Brasil vendeu um total de US$ 1,7 bilhão em produtos para a Rússia, o equivalente a 0,6% das exportações totais, a menor participação em pelo menos duas décadas.
Isso deixou o país com a nona maior população do mundo em 36º entre os destinos para onde o Brasil mais exporta.
Na pauta dos itens mais vendidos para os russos estão alimentos como soja, frango, carnes, café, açúcar e até amendoim, o que faz do país um parceiro especialmente querido do agronegócio brasileiro.
No sentido oposto, os fertilizantes dominam a lista de produtos exportados pela Rússia ao Brasil — cerca de 60% (R$ 3,5 bilhões) dos R$ 5,6 bilhões que o Brasil importou dos russos em 2021 foi em adubos e fertilizantes, de acordo com os dados oficiais da balança comercial brasileira.
Revista Oeste, 14-2-2022