Para Mario Marques nunca antes na história do Brasil houve tanto ódio, revanchismo e vingança contra uma parte do povo
Quem defende vandalismo? Quem
defende quebradeira? Quem defende dilapidação de patrimônio? Que eu saiba,
ninguém. Talvez um Guilherme Boulos – e obviamente os black
blocks. Não agora, claro… agora eles são da paz. Mas daí a classificar de “terroristas”
os manifestantes do último dia 8/1 não dá. Mesmo. E é só voltar um pouco no
tempo. Entre 2013 e 2014, black blocks destruíram patrimônio público e privado,
mataram um cinegrafista (da Band), invadiram a Câmara Municipal do Rio,
entre dezenas de outros atentados. Sabe que veículo jornalístico os tachou de
“terroristas”? Nenhum. Não é o que eu acho. Eu fui checar. Nenhum. Nenhum.
Se há terrorismo no vandalismo
do dia 8/1, como podemos classificar os atentados de 11 de setembro? Se Caetano
Veloso é gênio, como chamar Mozart? Se Neymar é
craque, o que foi Pelé? Saber classificar fatos, atos, pessoas é
uma responsabilidade do jornalismo com a história.
O jornalismo brasileiro,
aquele que décadas atrás ditava os rumos de uma eleição, está agora em fúria em
velocidade máxima, botando todo seu ódio contra o presidente Bolsonaro e
seus eleitores para fora. A comemoração efusiva e asquerosa de jornalistas
da TV Globo diante do anúncio da vitória de Lula na
eleição presidencial foi o primeiro sinal da ignição da vingança contra o
desprezo e o tratamento dado pelo ex-presidente aos jornalistas. “Escroto!”,
gritou a jornalista da Globo no vídeo vazado. A gestão Bolsonaro ignorou
jantares com fontes da Globo e genéricos, baixou o orçamento da Vênus Platinada
e tratou, é preciso registrar, como cachorros os jornalistas da emissora, em
coletivas, na porta do Palácio ou em agendas.
Jornalista vira jornalista não só pelo suposto dom: jornalistas são vaidosos, deslumbrados. Quando são humilhados usam a profissão para se vingar, nas entrelinhas ou nas manchetes. É impossível, portanto, assistir à GloboNews e esperar isenção. Foi lá que a comentarista Natuza Nery [foto], ao ver a manifestação, disse ao vivo, em tom fascista, espumando ódio: “Tem que prender, tem que fichar essas pessoas”. Ódio endereçado a velhinhos e crianças que nem entraram nos prédios. Natuza e colegas são ninguém sem fontes. É aquele jornalismo de WhatsApp. Sua jornada de 2019 até o fim de 2022 foi dar opinião sobre qualquer coisa, sempre rebaixando as pessoas a “extremistas”, “extrema direita”, “radicais”, apenas por essas pessoas exigirem que o STF e o TSE mostrassem transparência no pleito eleitoral.
Jornalismo raso.
Não é fácil trabalhar
nas Organizações Globo – e eu estive lá por quase 8 anos. O
carreirismo, a busca pelo poder, pela luz mais brilhante, por agradar ao chefe,
beira à loucura. Então ninguém ousa sair da cartilha de esquerda. Sob pena de
ser perseguido ou demitido. Ser jornalista na GloboNews e na Globo é,
diferentemente do que muitos pensam, difícil. É uma vida triste, um dia a dia
de competição e tensão.
O jornalismo, em tese, deveria
ser a voz da audiência, ouvir as pessoas, dar espaço para vozes dissonantes.
Mas você jamais verá isso na Vênus. Lá você testemunhará a xaropada do André
Trigueiro, a militância da Míriam Leitão e o fascismo pelo
poder da Natuza Nery. Você jamais encontrará alguém disposto a debater ideias
diferentes. Visões distintas.
Por isso milhares de pessoas
ficaram confinadas num ginásio sem comida e sem mínimas condições de higiene,
uma cena digna das piores ditaduras globais. E você não viu uma só voz da
GloboNews denunciar isso ou no mínimo questionar. Óbvio: se esse tipo de coisa
tivesse acontecido no governo Bolsonaro, as manchetes seriam algo como: “Está
instalada oficialmente a ditadura no Brasil”. Mas não é: agora os
jornamilitantes estão todos de amor e paixão com a volta do Lula, um ladrão
condenado em várias instâncias, com dezenas de delações, solto pelo STF numa
canetada e posto na presidência pelo TSE numa eleição que até hoje não sabemos
o que está certo e o que está errado.
Nem vou entrar em outra
celeuma. Aquela que chama as pessoas de golpistas sem haver nenhum golpe. O
único golpe dado até agora, de novo, foi tirar Lula de dentro da cadeia e
transformá-lo em candidato. O resto é só birrinha.
O papo agora é namorar o Lula.
As Organizações Globo precisam de dinheiro, os jornamilitantes precisam de
afagos.
E aí sobra para você, que saiu
de casa revoltado com a impunidade, com a falta de respostas e, quando foi
ligar a TV, descobriu que estava sendo chamado de terrorista.
Quando o terror, na verdade,
estava piscando na sua TV.
Há tempo para dosar esse ódio?
Sim.
Porque jornalismo com uma
narrativa só não é jornalismo.
É ditadura.
Título e Texto: Mario
Marques, Diário do Rio, 11-1-2023
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Militantes e funcionários da esquerda e da extrema-esquerda, travestidos de jornalistas e acantonados em bunkers que eles chamam, despudoradamente, de “redações”…
Uouu!... Quão felizes entre iguais!
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O consórcio da extrema-imprensa é uma máquina criminosa de desinformação e manipulação, em Portugal, na França, na Itália, no Brasil, etc. Quem comanda nos bastidores essa máquina internacional?
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