terça-feira, 4 de julho de 2023

França: Reduzir a cinzas, para levantar a distopia

Paulo Hasse Paixão 

A França arde porque os imigrantes, escravizados durante séculos, discriminados agora e vítimas de uma sociedade profundamente racista, afirmam nas ruas as suas legítimas reivindicações de justiça e inclusão. Ou é isto que nos dizem os media e as Nações Unidas e a União Europeia e o regime Macron e a sua academia em Davos.

Há até títulos da imprensa corporativa que são capazes de publicar coisas aberrantes como esta: 

E como é que estas massas oprimidas fazem justiça? Roubando motorizadas Yamaha e automóveis Volkswagen. E como é que efetivam a luta por uma sociedade sem preconceitos étnicos? Apropriando-se de eletrodomésticos e telemóveis. E como é que contrariam a brutalidade xenófoba da polícia? Pilhando supermercados. E como é que coletam reparações por séculos de colonialismo? Redistribuindo malas Louis Vuitton. E como é que contribuem para uma sociedade mais inclusiva? Incendiando escolas e câmaras municipais e farmácias e pequenos negócios.

Sim, a utopia só é possível através da libertação dos animais do jardim zoológico. A revolução implica o linchar aleatório de transeuntes. O progresso social resulta necessariamente no fogo posto e no furto de autocarros, televisões 4K e máquinas de lavar loiça.

Mais: a violência tribal é um valor ético, o vandalismo e a pilhagem são atos nobres, a guerra aberta à polícia é digna de louvor. Estes guerrilheiros de centro comercial merecem toda a tolerância, toda a latitude, até que não deixem pedra sobre pedra.

Até porque é esse o momento de cinzas com que Macron sonha há muito. O segundo zero em que terá condições para instalar uma nova república: a Distopia WEF.

No imediato, enquanto a França ainda não ardeu toda, o discípulo preferido de Klaus Schwab vai ensaiando a suspensão da Internet.

E no entretanto, Paul Joseph Watson vai pintando aquarelas.

Título e Texto: Paulo Hasse Paixão, ContraCultura, 4-7-2023

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2 comentários:

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