sexta-feira, 3 de julho de 2015

Macumba

José Manuel
Este não é exatamente o título que eu gostaria de usar em meus textos.
Mas, tudo me leva a crer que não estamos vivendo em um país, com poderes constituídos e pareceres jurídicos confirmados.

Mais uma sexta-feira se esvai pelo ralo ao encontro de dezenas que já se passaram, jogando as esperanças dos participantes do Aerus em um chorume de muito mau cheiro.

Ao contrário, parece que vivemos em um grande terreiro de macumba, um local de bruxaria, ou em uma seção de vudu, tal as situações que vão se sucedendo em que o objeto está "amarrado", por trabalhos do mal. Nada contra as religiões africanas que são do bem, mas tudo contra os sincretismos culturais desejavelmente maléficos.

Vejamos na sequência, a greve do judiciário "amarra" o processo da tutela na AGU, que não vai para o TRF1, que não deixa o desembargador se manifestar para a liberação dos nossos salários e das pobres viúvas.

Depois o PL2-2015, no Senado Federal, que garante os nossos salários, está navegando em um barco cheio de flores em mar bravio, ao sabor de datas que nunca se concretizam.

Aí, a greve acaba, o processo sai da AGU, volta ao TRF-1, mas o desembargador, ser humano que é, encontra-se afastado por um problema de saúde, o que é perfeitamente compreensível, retornando apenas no dia 14-07. E tudo isto em apenas alguns dias!

Inegavelmente isto não pode ser normal. Isto só pode ser uma energia energizadamente maléfica, pairando no ar e "amarrando" todo o desenrolar de algo extremamente simples, no que seria um país correto, cumpridor dos seus deveres para com os cidadãos.

Mas não é, e está mais para um centro de baixaria negativamente espiritualizada.
Ou então é a mais nova homenagem a uma outra nação pelo seu dia, como escreve o nosso colega Bolognese abaixo. Quem sabe?

Agora é 14 de julho... data interessante…

"Allons enfants de la Patrie
Le jour de gloire est arrivé
Contre nous de la tyrannie…"

Mais uma vez adiado
Mais uma vez se humilha
Sofre o pobre aposentado
Mais um golpe na virilha

Já esfolado e cansado
De penar na mesma trilha
Há nove anos roubado
Pela mesma camarilha

Um novo prazo marcado
No escuro, outra luz brilha?
O que será conquistado....
Com a Queda da Bastilha?

Prise de la Bastille por Jean-Pierre Houël (1735-1813)

A queda da Bastilha também teve um grande número de mortos e, coincidentemente, marca o início da Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, que é o vetor e propulsor do nosso futuro requerimento à Corte Interamericana de Direitos Humanos. 
Quem sabe, é isso, e eles querem nos homenagear?

De qualquer forma e por precaução eu já comprei sal grosso, um alguidar, charutos, cognac vagabundo, um galo velho e a minha roupa anilmente branca. Vamos ver no que dá. 
Título e Texto: José Manuel, no terreiro, 3-7-2015

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