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Moradores de Pyongyang reagem
à morte de Kim Jong-il, em foto de 19 de dezembro de 2011 Foto: Kyodo/Reuters
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Durante dias, o mundo inteiro
assistiu, intrigado, à onda de histeria coletiva que tomou milhões de
norte-coreanos após o anúncio da morte de Kim Jong-il, no mês passado. Cenas
como desmaios em praças de Pyongyang e do choro convulsivo de milhares de mulheres
diante de monumentos em homenagem ao Querído Líder invadiram os jornais —
oficiais ou não — enquanto muitos se perguntavam o motivo de tanta tristeza
pela morte de um ditador que teria mergulhado o país num dos maiores episódios
de fome de sua história.
Mas a resposta pode estar numa
reportagem do jornal sul-coreano "Daily NK", publicada nesta
sexta-feira: os norte-coreanos que não participaram das homenagens — ou não
foram convincentes na demonstração de tristeza — estariam sendo enviados a campos
de trabalho forçado por no mínimo seis meses.
Segundo a reportagem do
jornal, escrita com base na declaração de uma fonte da Coreia do Norte não
identificada, o governo está organizando "sessões de críticas" para
aqueles que transgrediram as normas durante as homenagens.
- As autoridades estão impondo
uma pena de pelo menos seis meses em campos de trabalho pra qualquer um que não
tenha participado das concentrações organizadas durante o período de luto ou
para quem participou mas não chorou e não pareceu autêntico - diz a fonte ao
jornal.
O número de pessoas afetadas
não foi esclarecido, mas poderia chegar a milhares, de acordo com o "Daily
NK". Atualmente, estima-se que mais de 200 mil norte-coreanos trabalhem em
campos — onde em geral sofrem de má nutrição.
O regime também teria
reforçado a propaganda oficial, para convencer a população da "grandeza do
novo líder, Kim Jong-un".
— Todos os dias, das sete da
manhã às sete da noite, carros em avenidas lotadas divulgam por alto falante
propaganda do governo, e proclamam os feitos de Kim Jong-un — continua a fonte.
O norte-coreano citado pelo
jornal acrescentou que as pessoas que estão sendo acusadas de espalhar rumores
criticando a terceira geração da dinastia também estão sendo enviadas aos
campos ou estão sendo banidas com suas famílias para áreas rurais remotas. As
recriminações pelo comportamento "inadequado", afirma, estão criando
uma atmosfera de medo.
Título e Texto: O Globo Mundo, 13-01-2012
Eu acredito piamente, é muita (uniforme e unânime) choradeira... Mas o PCP - Partido Comunista Português também chorou a morte do grande líder:
PCP reafirma a solidariedade para com o povo coreano perante as pressões, agressões e tentativas de desestabilização do imperialismo, a que, desde a Guerra da Coreia, no início dos anos 50, o povo coreano e a RDPC têm estado permanentemente sujeitos
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