Escrevi certa feita que Hugo Chávez ainda terminaria pendurado de cabeça
pra baixo, em praça pública, como um Mussolini bolivariano. Outro destino o
colheu primeiro. Talvez seja Nicolás Maduro a cumprir a predição. A parvoíce
agressiva deste senhor impressiona. Na quarta-feira, ele afirmou que o governo
tinha a lista, com os respectivos números de documentos, de 900 mil pessoas que
não tinham comparecido para votar. Se falou a verdade, péssimo. Se mentiu,
péssimo também. É claro que se trata de uma tentativa de intimidar a população.
A economia venezuelana está em frangalhos. Falta tudo nas gôndolas dos
supermercados. A última medida estrepitosa de Maduro foi determinar a
importação de papel higiênico. A falta de produtos de higiene é um clássico dos
regimes ditos socialistas. Isso deve querer dizer alguma coisa. Em Cuba, por
exemplo, a população se vira com o jornal Granma mesmo… É também uma forma de
responder ao jornalismo oficial anti-higiênico, dando em troca o que ele
merece…
O regime bolivariano começou a se desconstituir. E a quase derrota de
Maduro nas eleições o evidenciou. Na quinta, ao entregar um lote de casas
populares, um programa lançado em 2011 por Hugo Chávez, o presidente anunciou
que o governo começará a cobrar pelas moradias. “Como vamos sustentar o gasto e
os investimentos nas moradias dos próximos anos? Faremos mágica?” Pois é… A
pergunta tem de ser feita ao regime que ele lidera.
O patético presidente venezuelano teve ainda uma outra grande ideia,
conforme informa VEJA.com.
Leiam trecho. Volto em seguida.
*
Na semana em que foi concluída a venda da Globovisión, último canal
crítico ao governo venezuelano, o presidente Nicolás Maduro confirmou que vai
se encontrar com donos de outros dois canais privados de televisão para
orientá-los a fazer mudança na grade de entretenimento. O herdeiro político de
Chávez quer acabar com o que ele diz ser “antivalores do capitalismo”
transmitidos pelos veículos de comunicação.
“Já chega de narconovelas e de séries de televisão que promovem o uso de
drogas, o culto às armas. Por que as novelas têm de promover a deslealdade, a
traição, o narcotráfico, a violência, a cultura das armas, a vingança?”, defendeu
Maduro. Na segunda-feira, ele afirmou que vai propor a criação de uma televisão
“muito diferente” da que é feita hoje na Venezuela, em reunião com Omar Camaro
e Gustavo Cisneros, proprietários da Televen e da Venevisión, respectivamente.
Voltei
Pois é… A Venezuela é hoje um dos países mais violentos do mundo, obra
inequívoca do “Socialismo do Século 21” de Chávez — e, agora, de Maduro.
Atenção! Houve no ano passado 21.692 assassinatos no país, segundo o
Observatório Venezuelano da Violência. O país tem 29 milhões de habitantes.
Isso significa, meus caros, uma taxa de 75 homicídios por 100 mil. Só para que
vocês comparem: a do Brasil, que já é uma carnificina, é de 26 por 100 mil.
Mata-se três vezes mais no paraíso chavista. Em Caracas, a taxa é superior a
100 — para comparação: em São Paulo, é de 11 por 100 mil!!! Maduro já sabe como
responder ao problema: dará fim às telenovelas!
Mas os venezuelanos não sabem de nada. Quem realmente sabe o que se passa
por lá é este homem:
Título, Texto e Vídeo: Reinaldo Azevedo, 20-05-2013
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