Como o mundo foi cair nesse desvio?
Como populações inteiras se renderam à
tirania de um clube de bilionários?
Como pessoas livres aceitaram ser classificadas
por status (falso) de saúde?
Como tanta gente esclarecida pôde
confundir propaganda com ciência e censura com ética?
Neste livro, Guilherme Fiuza, autor de Fake
Brazil, mostra que o mundo está mergulhando num totalitarismo disfarçado de
proteção à vida humana.
Com a habitual mistura de coragem,
estilo e sarcasmo, Fiuza explica como a chamada Agenda 2030 pode acabar com as
liberdades individuais.
Abertura
Era uma vez uma civilização vitoriosa.
Ela atravessou um século de guerras totais e alcançou a paz. Ou pelo menos uma
estabilidade sem precedentes entre os povos, já que a paz completa não existe.
Até um muro que simbolizava a cisão política tinha caído. Um novo século
começava com a consagração das liberdades e o respeito às escolhas individuais.
Os códigos sociais passaram a reconhecer que raças e credos não podiam ser
fatores de segregação. Estava tudo pronto para o início da Era da Harmonia.
Mas a humanidade não quis. Jogou tudo isso fora. E o que levou tanto tempo para ser construído foi ao chão num instante. Destruir é sempre muito mais fácil e rápido.
Por falar em facilidade, o mundo
inteiro tinha se unido graças a um salto tecnológico vertiginoso. O novo século
trouxe a conexão instantânea — a amplificação das vozes mais remotas na escala
social e geográfica. Uma revolução democrática.
Eis o escândalo: essa revolução
democrática virou recaída autoritária. Talvez nem Freud explicasse — ele que
revelou tanto da alma humana na virada de século anterior, quando a humanidade
caminhava para a eclosão das guerras mundiais. O que houve com os homens?
A resposta se tornou impossível num
mundo capaz de considerar essa pergunta machista (duvida?) — por mencionar os
“homens” e não as mulheres e demais gêneros catalogáveis. A combinação de
ignorância e prepotência sempre foi explosiva.
E foi assim que a idiotice viralizou.
Fantasiada de ética. E a viralização do vírus — ou da suposta preocupação com
ele — trouxe o clímax do salvacionismo cínico. As trincheiras de empatia
cenográfica foram sendo cavadas a cada esquina digital contra o monstruoso
inimigo imaginário — o neandertal moderno que eu posso projetar em qualquer um,
no meu vizinho, no meu amigo, no meu irmão, bastando apontar o dedo duro para
ele dizendo que não segue as normas de segurança difundidas pela Lady Gaga,
pelo Bill Gates e pela empática ditadura chinesa.
Você está colocando vidas em risco — e
cada vez que eu digo isso meus seguidores se multiplicam e empoderam a minha
irrelevância.
Como isso foi acontecer? Onde estavam
escondidos, naquela caminhada aparentemente firme para a Era da Harmonia, o
cinismo e a covardia?
Com possibilidades sem precedentes na
história de expansão do bem-estar e da liberdade, como o mundo se desviou para
uma epidemia de moralismo, egoísmo e tara pelo controle — todos devidamente
dissimulados e fantasiados de humanismo?
De onde saiu a legião de tiranos
enrustidos com suas variadas armadilhas autoritárias pintadas de bondade e
altruísmo? Como sociedades tão esclarecidas passaram a se sujeitar docilmente à
dominação dos medíocres e dos fracos?
Como foi possível a ascensão do
totalitarismo frouxo?
Este livro não se atreve a tentar
responder a essa pergunta.
Mas passeia pelos arredores dela. Livremente. Sem passaporte e sem coleira.
Achei alguns “diálogos” desnecessários, tipo “enchimento de linguiça, ou de páginas”. Mas gostei e RECOMENDO!
✩✩✩✩
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Le noeud de vipères, François Mauriac
Inquisição e Cristãos-Novos
O mistério do capital
A mentalidade muçulmana
O homem eterno, de G. K. Chesterton
Em busca de sentido, de Victor E. Frankl
Conflito de Visões – Origens Ideológicas das Lutas Políticas
Amor de Perdição
É por isto que governantes maliciosos procuram não dar escolas adequadas aos cidadãos, pois se eles ficarem esclarecidos, não caem nas esparrelas da "síndrome do sapo fervido".
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