terça-feira, 15 de novembro de 2022

[Livros & Leituras] Passaporte 2030 – O sequestro silencioso da Liberdade

Como o mundo foi cair nesse desvio? 

Como populações inteiras se renderam à tirania de um clube de bilionários?

Como pessoas livres aceitaram ser classificadas por status (falso) de saúde?

Como tanta gente esclarecida pôde confundir propaganda com ciência e censura com ética?

Neste livro, Guilherme Fiuza, autor de Fake Brazil, mostra que o mundo está mergulhando num totalitarismo disfarçado de proteção à vida humana.

Com a habitual mistura de coragem, estilo e sarcasmo, Fiuza explica como a chamada Agenda 2030 pode acabar com as liberdades individuais. 

Abertura

Era uma vez uma civilização vitoriosa. Ela atravessou um século de guerras totais e alcançou a paz. Ou pelo menos uma estabilidade sem precedentes entre os povos, já que a paz completa não existe. Até um muro que simbolizava a cisão política tinha caído. Um novo século começava com a consagração das liberdades e o respeito às escolhas individuais. Os códigos sociais passaram a reconhecer que raças e credos não podiam ser fatores de segregação. Estava tudo pronto para o início da Era da Harmonia.

Mas a humanidade não quis. Jogou tudo isso fora. E o que levou tanto tempo para ser construído foi ao chão num instante. Destruir é sempre muito mais fácil e rápido.

Por falar em facilidade, o mundo inteiro tinha se unido graças a um salto tecnológico vertiginoso. O novo século trouxe a conexão instantânea — a amplificação das vozes mais remotas na escala social e geográfica. Uma revolução democrática.

Eis o escândalo: essa revolução democrática virou recaída autoritária. Talvez nem Freud explicasse — ele que revelou tanto da alma humana na virada de século anterior, quando a humanidade caminhava para a eclosão das guerras mundiais. O que houve com os homens?

A resposta se tornou impossível num mundo capaz de considerar essa pergunta machista (duvida?) — por mencionar os “homens” e não as mulheres e demais gêneros catalogáveis. A combinação de ignorância e prepotência sempre foi explosiva.

E foi assim que a idiotice viralizou. Fantasiada de ética. E a viralização do vírus — ou da suposta preocupação com ele — trouxe o clímax do salvacionismo cínico. As trincheiras de empatia cenográfica foram sendo cavadas a cada esquina digital contra o monstruoso inimigo imaginário — o neandertal moderno que eu posso projetar em qualquer um, no meu vizinho, no meu amigo, no meu irmão, bastando apontar o dedo duro para ele dizendo que não segue as normas de segurança difundidas pela Lady Gaga, pelo Bill Gates e pela empática ditadura chinesa.

Você está colocando vidas em risco — e cada vez que eu digo isso meus seguidores se multiplicam e empoderam a minha irrelevância.

Como isso foi acontecer? Onde estavam escondidos, naquela caminhada aparentemente firme para a Era da Harmonia, o cinismo e a covardia?

Com possibilidades sem precedentes na história de expansão do bem-estar e da liberdade, como o mundo se desviou para uma epidemia de moralismo, egoísmo e tara pelo controle — todos devidamente dissimulados e fantasiados de humanismo?

De onde saiu a legião de tiranos enrustidos com suas variadas armadilhas autoritárias pintadas de bondade e altruísmo? Como sociedades tão esclarecidas passaram a se sujeitar docilmente à dominação dos medíocres e dos fracos?

Como foi possível a ascensão do totalitarismo frouxo?

Este livro não se atreve a tentar responder a essa pergunta.

Mas passeia pelos arredores dela. Livremente. Sem passaporte e sem coleira.

Achei alguns “diálogos” desnecessários, tipo “enchimento de linguiça, ou de páginas”. Mas gostei e RECOMENDO

✩✩✩✩

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Le noeud de vipères, François Mauriac
Inquisição e Cristãos-Novos
O mistério do capital
A mentalidade muçulmana
O homem eterno, de G. K. Chesterton
Em busca de sentido, de Victor E. Frankl
Conflito de Visões – Origens Ideológicas das Lutas Políticas
Amor de Perdição 

Um comentário:

  1. É por isto que governantes maliciosos procuram não dar escolas adequadas aos cidadãos, pois se eles ficarem esclarecidos, não caem nas esparrelas da "síndrome do sapo fervido".

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