Ao cassar Bolsonaro, a Justiça Eleitoral cassou o voto e a possibilidade de voto de 58 milhões de brasileiros, metade do eleitorado. Ao tentar cassar os direitos de radiodifusão da Jovem Pan, dois procuradores estão tentando cassar os olhos e ouvidos de milhões de ouvintes da única emissora de grande mídia que dava voz a uma maioria conservadora no país
Adrilles Jorge
O falso crime atribuído ao ex-presidente Jair Bolsonaro pela injustiça oficial é o mesmo da Jovem Pan: criticar processos e pessoas nas instituições para melhorar as instituições. Ambos alertaram para deficiências e abusos cometidos pela Justiça Eleitoral.
No caso da Jovem Pan, críticas
de comentaristas que pediram por mais transparência no processo eleitoral; por
mais justiça e equanimidade da Justiça Eleitoral, que impôs uma série abissal
de censuras à candidatura de Bolsonaro, que proibiu que se falasse o óbvio,
como, por exemplo, que Lula era um amigo e financiador de ditadores e foi um
corrupto condenado. Uma Justiça Eleitoral acusada de injustiça é algo justo?
Tanto da parte de Bolsonaro, quanto da parte da Jovem Pan. A democracia
pressupõe e exige a crítica, justa ou injusta, para que se chegue a um
princípio de justiça: a palavra justa, o conceito justo, a justa verdade, o
justo julgamento. O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) foi
justo?
Não foi justo o julgamento de
Bolsonaro. Ele quis melhorar o processo eleitoral, querendo um voto impresso
para além do voto eletrônico. Foi perseguição política. Não é justo também
alguém do Ministério Público querer fechar uma emissora inteira de rádio por lá
haver comentaristas que criticaram a condução do processo eleitoral. Na Jovem
Pan, sempre houve de tudo: gente à direita, centro, moderado, radical,
esquerda, extrema esquerda.
O princípio de justiça leva a uma possível verdade. A pluralidade é justa numa democracia que leva ao diálogo entre os que pensam diferente. A juristocracia brasileira quer impor um único modo de percepção de mundo, um único modo de ideologia que aprisiona o pensamento, uma única opinião. E se a opinião for dissonante do juristocrata, a opinião é calada, por censura, por prisão, por desaparecimento da pessoa ou de toda uma empresa — ainda que esta empresa comporte inúmeras opiniões de comentaristas diferentes. Mas AQUELA opinião dissonante fará toda a empresa de comunicação ser calada. Assim como aquela opinião conservadora ou mesmo crítica a alguém que faz parte de uma instituição será considerada uma afronta à democracia, como se democracia não fosse exatamente feita de opiniões contrastantes que convivem entre si.
Reparem no perfil dos
procuradores que querem fechar a Jovem Pan: jovens que impuseram todo tipo de
censura à liberdade de expressão em redes sociais em nome de uma opinião
progressista
Por que chegamos até este
ponto de aparelhamento de instituições, em particular do Judiciário, onde
chegamos a uma ditadura de opinião única? A ideologia progressista,
particularmente do politicamente correto, dominou todas as universidades de
humanas do país, de comunicação ao direito. A busca da palavra justa que leva à
investigação da realidade e à própria justiça se transformou na palavra
adequada a grupos que querem mudar a linguagem, a realidade e a sociedade.
Reparem no perfil dos
procuradores que querem fechar a Jovem Pan: jovens que impuseram todo tipo de
censura à liberdade de expressão em redes sociais em nome de uma opinião
progressista; que tentaram obrigar um banco a patrocinar um museu com arte
obscena, que acharam lícito uma criança tocar o corpo de um adulto num museu.
Seus julgamentos são justos? O fato é que há uma ideologia norteando suas
acusações. E a ideologia aprisiona a busca da verdade.
Um conservador não tem
ideologia, por exemplo. Aprende com erros e acertos da experiência humana,
tentando avançar. O progressista quer romper com os moldes pré-estabelecidos
que geram a civilização como a concebemos e conhecemos. É justo este tipo de
ativismo norteando um juiz, um procurador que pode lhe colocar na cadeia ou
fechar teu trabalho, ou cassar teus direitos políticos de se tornar um
candidato?
Ao cassar Bolsonaro, a Justiça
ideologicamente aparelhada do TSE cassou o voto e a possibilidade de voto de 58
milhões de brasileiros, metade do eleitorado. Ao tentar cassar os direitos de
radiodifusão da Jovem Pan, dois procuradores estão tentando cassar os olhos e
os ouvidos de milhões de telespectadores e ouvintes da única emissora de grande
porte que dava voz a uma multidão oprimida pela também aparelhada grande mídia
exclusivamente progressista. A Justiça no Brasil não é justa. Ela não só tem
tolhido o direito à opinião, mas ao direito ao acesso à informação que leva à
opinião. Tem tolhido o direito ao voto do eleitor que tem os ouvidos tampados
pela censura que impede discussões e opiniões que poderiam moldar sua livre
opinião e seu livre voto.
A Jovem Pan, que brada “não
vão nos calar”, deixou pelo caminho várias vozes que consolidaram a voz livre
da empresa
E o que fazem Bolsonaro e a Jovem Pan
neste cenário de perseguição? Pouco. Ambos agem como se fosse parte do jogo um
juiz autocrata os proibirem de existir. Se adaptam ao carrasco como a um juiz
justo. Estratégia suicida que não adiantou nada para ambos. A Jovem Pan, que
brada “não vão nos calar”, deixou pelo caminho várias vozes que consolidaram a
voz livre da empresa. Jornalistas processados, censurados, desmonetizados,
perseguidos. Estratégia de adequação. De nada adiantou. Bolsonaro pede gentilmente
para o juiz carrasco não lhe cortar a cabeça. Cortaram.
O que fazer agora? A sugestão
é simples: dizer, gritar, berrar para o Brasil e o mundo que vivemos numa
ditadura do Judiciário. Bolsonaro tem voz. Jovem Pan tem voz.
Vários líderes políticos no Brasil têm voz. O povo tem voz. Mas se ninguém
soltar a voz para dizer o óbvio, uma ínfima elite vai nos cortar a língua pelo
medo. Não se negocia com o carrasco que quer nos cortar a voz.
Ainda que se tombe lutando com
o carrasco, que se tombe dignamente. Lutando com o carrasco que nos quer
crucificar. O próprio Cristo ensinou assim e ressuscitou. Somos centenas de
milhões de brasileiros calados que podemos ressuscitar nossa voz. Se Bolsonaro
e Jovem Pan puderem ajudar, e ressuscitarem suas personas livres
e combativas como exemplo, o povo poderá soltar a voz e as mãos contra o juiz
tirano que nos quer crucificar.
Título e Texto: Adrilles Jorge,
Revista
Oeste, 2-7-2023, 8h30
É muito tarde!
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É ditadura mesmo!
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Uma cidadã brasileira esteve sozinha junto ao local onde o Diretor Geral da OMS foi condecorado, em Coimbra... Um grande exemplo de resiliência!
Calvário no TSE?
Infelizmente temos um "presodente" de merda, pau mandado, cachorrinho de madame, gato de sofá. Quem governa o país é um tal de Alexanxanxandre de Morrais, e outros vermes que se acham os poderosos. O brazzzil agoniza. O povo morre aos poucos. Logo seremos uma enorme família de desabrigados, de esfomeados, de zumbis vivendo ao deus dará. Só nos resta... só nos resta esperar o FIM.
ResponderExcluirAparecido Raimundo de Souza
Lagoa, Rio de Janeiro.