A delinqüência intelectual e
política atingiu alturas inéditas ontem em São Paulo, como noticiei aqui. Alguns defensores públicos, REGIAMENTE PAGOS
COM O DINHEIRO DOS PAULISTAS, LIDERADOS POR CARLOS WEIS, decidiram fechar uma
das ruas da Cracolândia, a Helvetia, para, como diziam, garantir o direito de
ir e vir dos viciados em crack. Uma tenda chegou a ser armada no local, sob a
qual se abrigaram umas oitenta pessoas. Atenção! No mesmo ambiente em que
estavam defensores públicos, elas consumiam drogas abertamente.
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Policiais ocupam Rua Helvétia,
que foi tomada por viciados. Foto: Nilton Fukuda/Agência Estado
|
Nunca se viu nada igual.
Lembro que a decisão do STF, que liberou marchas em defesa da descriminação das
drogas, deixa claro que o consumo de entorpecentes e a apologia do vício não
estão liberados. É preciso saber quantas leis os tais defensores desrespeitaram
e fazê-los responder por isso. Ou eles servem ao estado democrático ou servem à
ditadura com a qual eventualmente sonham. Era uma tentativa de vergar a coluna
do governo do Estado.
O governador Geraldo Alckmin
não se intimidou. Enviou um interlocutor à representante dos defensores e
deixou claro: a legalidade seria mantida, e a Constituição, respeitada. O
direito de ir e vir seria, sim, assegurado, mas para todos, não apenas para os
viciados, e a rua seria desobstruída por bem ou por bem, isto é, com ou sem o
auxílio da Polícia Militar - que é, como sabemos, nas sociedades democráticas,
o povo de farda!
A lei seria mantida, pouco
importando quem estivesse no caminho. Os defensores decidiram, então, desarmar
o circo. Só para que vocês não se esqueçam: uma das defensoras deixou cair do
bolso, sem querer, um convite para uma churrascada no local, prometida por um
grupo que defende a descriminação das drogas. Manifestações que obstruam vias
públicas precisam de prévia autorização. Sem ela, que o povo de farda faça
valer o regime democrático.
Se vocês querem saber a que
ponto chega a abjeção política e humana, basta ter isto em vista: há gente
explorando os pobres desgraçados do crack para fazer campanha eleitoral
antecipada e para emplacar suas supostas teses libertárias.
Eu não tenho dúvida de que a
população de São Paulo já escolheu de que lado está. Está com a lei, com o
estado democrático de direito, com o direito de ir e vir. E há, como ficou
claro, quem prefira fazer a política dos traficantes, já que os viciados não
podem mais fazer escolhas.
Fico aqui a imaginar as fotos
das senhoras e dos senhores defensores a defender “os direitos humanos” ao lado
de pobres zumbis do crack, em sua viagem rumo à morte. Pode haver algo mais
abjeto?
Título e Texto: Reinaldo Azevedo
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