Governador terá dez sessões para se
defender
Akemi Nitahara
Foi publicado na edição de
hoje (15) do Diário Oficial do Rio de Janeiro o Ato número
41/2020 do presidente da Assembleia Legislativa do Estado (Alerj) [foto], deputado
André Ceciliano, que abre o processo de impeachment contra o
governador Wilson Witzel, por crime de responsabilidade.

A abertura do processo número 5.328/2020 foi
aprovada na quarta-feira (10), em sessão virtual devido à pandemia da covid-19,
com 69 votos a favor, nenhum contra e uma ausência. O governador é suspeito de
envolvimento em compras fraudulentas e superfaturadas de equipamentos e insumos
para o combate à pandemia do novo coronavírus.
O ato abre prazo de 48 horas
para que os líderes indiquem um membro do partido para compor a Comissão
Especial responsável por elaborar o parecer da denúncia contra Witzel. Após a
indicação, os membros têm mais 48 horas para eleger o presidente e o relator da
comissão.
O governador terá prazo de dez
sessões para apresentar sua defesa à Comissão Especial. Após a apresentação da
defesa, o parecer pela admissibilidade ou não da denúncia deve ser apresentado
no prazo de cinco sessões.
Governador
Wilson Witzel se posicionou em
nota na própria quarta-feira, dizendo que recebeu “com espírito democrático e
resiliência” a notícia do início da tramitação do processo de impeachment pela
Alerj.
“Estou absolutamente tranquilo
sobre a minha inocência. Fui eleito tendo como pilar o combate à corrupção e
não abandonei em nenhum momento essa bandeira. E é isso que, humildemente, irei
demonstrar para as senhoras deputadas e senhores deputados”.
Ele informou que vai
apresentar defesa e diz ter “certeza absoluta” de que irá demonstrar que seu
governo “não teve tolerância com as irregularidades elencadas no processo que
será julgado”.
“Vou seguir nas minhas funções
como governador e me preparar para a minha defesa. Tenho certeza de que os
parlamentares julgarão os fatos como eles verdadeiramente são”.
A reportagem solicitou nova
posição do governador e aguarda resposta.
Witzel foi alvo, no dia 26 de
maio, da Operação Placebo, autorizada pelo Superior Tribunal de Justiça, que
investiga corrupção na compra de equipamentos e insumos para o combate à
pandemia no estado.
Também foram alvos a primeira
dama, Helena Witzel, a empresa Iabas, contratada para montar e gerir hospitais
de campanha, entre outros. Os policiais federais fizeram buscas no Palácio
Laranjeiras, residência oficial do governador, e na casa da família Witzel, no
bairro do Grajaú.
Título e Texto: Akemi
Nitahara; Edição: Valéria Aguiar – Agência Brasil, 15-6-2020, 9h46
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