Homem é cancelado por dizer que não contrata com base em cor de pele

Gordon Beattie disse que não contrata "negros, gays ou católicos", e sim pessoas pelo seu talento, independentemente de orientação sexual ou religião. Teve de se demitir

Leonardo Trielli

O fundador de uma empresa de relações públicas localizada na Escócia renunciou ao cargo de presidente do conselho por uma postagem retirada de contexto em uma rede social.

No LinkedIn, Gordon Beattie, fundador da Beattie Communications escreveu:

“Na Beattie Communications, não contratamos negros, gays ou católicos. Contratamos pessoas talentosas e não nos importamos com a cor de sua pele, orientação sexual ou religião. É assim que deve ser com todas as empresas – só contrate pessoas pelo seu talento, experiência, conhecimento e sabedoria. Contratamos pessoas de quem gostamos, confiamos e admiramos, e recrutamos pessoas com potencial para ser melhores do que nós.”

A mensagem é clara. Beattie estava enfatizando que as empresas não deveriam discriminar por raça, religião ou orientação sexual. Para ele, essas características são irrelevantes – ser bom o suficiente para o trabalho é tudo o que importa.

Mas não clara o suficiente para justiceiros sociais. Barrington Reeves, criador de um fundo de negócios exclusivamente para negros (Black Scottish Business Fund), disse que a linguagem usada era “insensível, racista e homofóbica.”

Laurna Woods, presidente-executiva da Beattie Communications, disse que não há desculpas para a linguagem “inaceitável” usada por Beattie – embora tenha admitido que, após trabalhar por 25 anos com Beattie, pudesse afirmar que de racista e homofóbico ele não tem nada.

Não dá pra saber o que é pior: a fúria estúpida e canceladora dos progressistas ou a pusilanimidade de quem não saiu em defesa de Beattie, sabendo que o que ele escreveu foi o exato oposto do que foi acusado.

Com informações de Spiked e The Telegraph

Título e Texto: Leonardo Trielli, Senso Incomum, 12-3-2021