sábado, 4 de março de 2023

Sobre a impossibilidade da concórdia

Paulo Hasse Paixão 

Guerra civil espanhola: rendição de soldados republicanos na região de Somosierra, 1936

Deve ser claro para qualquer pessoa atenta que algo está profundamente errado nas sociedades contemporâneas ocidentais. E nem sequer se trata aqui de questões contínuas de corrupção política e má gestão económica, que são tão antigas como antiga é a existência do Estado e da Coisa Pública. O que interessa para este texto é o movimento, aparentemente incontornável, de destruição sistemática da cultura, do património, da história, dos princípios fundamentais e da bússola moral que levaram a Civilização Ocidental a um apogeu. A aniquilação da rede de axiomas filosóficos que a mantiveram coesa durante séculos de vanguarda e liderança, liberdade e prosperidade.

Há um cancro a devorar o Ocidente, um esforço concertado, organizado e niilista para a desestabilização de todos os seus equilíbrios, para a obliteração de todos os motores de riqueza, criatividade, progresso científico e tecnológico.

Na semana passada a congressista Marjorie Taylor Greene apelou a um “divórcio nacional” nos EUA, uma separação geopolítica entre estados vermelhos conservadores e estados azuis neoliberais, uma clivagem formal resultante das diferenças irreconciliáveis que hoje se vivem na federação.

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