15 de maio de 2014

José Manuel

Esse deverá ser o meu, o seu, o nosso limite. E essa arbitrariedade decidida que nos cerca e nos impede de receber as ações ganhas, como a civil pública, a antecipação de tutela conseguida e a defasagem tarifária, com todo o dinheiro que pertence ao nosso fundo de pensão, não vai continuar, porque não vamos mais permitir.

Chega! Vamos dar um basta a essa verdadeira indústria de recursos sempre acatada pela justiça brasileira, sempre com fins escusos e sempre altamente danosos ao patrimônio social do país. A nós, o povo!

Não podemos conviver mais com essa covardia que a justiça nos impõe, pois temos decisões importantes com mérito e julgadas as procedências em nossos pedidos.

Nós não podemos  mais admitir que um desembargador fique com um processo nosso durante anos e só o libere porque foi denunciado ao CNJ. Isso é o cúmulo e tinha que ter sido denunciado há mais tempo.

Parabéns a todas as associações, mais o Aerus, por terem tomado essa decisão, por que senão até agora não teríamos a resposta, ainda que negativa, e em represália a essa atitude.

Que país é este em que a justiça não julga, e quando colocada em xeque, toma represálias contra os reclamantes. Ou melhor, que justiça é essa?

TODOS, e não precisa ser advogado, juiz, desembargador ou o que o valha, sabem que a ação da Terceira Fonte está baseada numa atitude arbitrária, irresponsável, sem nexo, com quebra de contratos assinados e sem sustentação jurídica.

Então, por que a demora de cinco anos e a decisão contrária de três desembargadores?

A ação civil pública, com  uma sentença irretocável por parte do Dr. Jamil Jesus, está sofrendo recurso após recurso e a antecipação de tutela que nos traria enorme alívio, pois nos daria o retorno das pensões enquanto o  recurso do governo à ação civil do Dr. Maia corre os seus trâmites, também nos foi negada duas vezes, sendo uma, pelo mesmo desembargador que atuou na terceira fonte e outra  pelo presidente do STF. O que é isto?

Estão lá para julgar o certo e o errado ou para ser nossos inimigos gratuitos? O presidente do STF pediu vistas na tarifária e ficou meses sem devolver o processo, quando o prazo regimental é de 30 dias. Por quê? O que nós (lhe) fizemos, hein?

Provocam e se afrontam, uns cassando as decisões dos outros, criando entre as instâncias de justiça, cada vez mais recursos infindáveis  que vem nos penalizando covardemente nestes últimos anos.

Não aguentamos mais, e quando estamos com mais uma ação ganha com uma vitória expressiva em que o Aerus é um dos maiores credores, essa mesma justiça cria embaraços e posterga aquilo que é nosso por direito.

Nós não vamos mais admitir mais esta ingerência mórbida em nossas vidas já tão sacrificadas.

Portanto, colegas, acordem pois não estamos mais no virtual e sim sentados em cima de resoluções de mérito já conhecidas por todos.

VAMOS PARA A LUTA, porque sem luta e sem mostrar a esse tipo de gente o nosso valor, a pujança e o alcance do nosso grito, vão continuar a brincar com as nossas vidas, com as vidas das nossas famílias, até tentarem nos jogar na miséria de vez.

Caso não seja isso que desejam, e caso não haja uma resposta efetiva aos nossos reclamos, ou seja, a volta dos nossos pagamentos imediatamente até ao dia 15 de maio, vamos tomar atitudes e expor o nosso repúdio a este governo, a esta justiça que ao invés de fazer justiça, só cria problemas para todos o tempo todo.

A hora é esta porque estamos às portas desse circo que querem nos impingir para que fiquemos mais uma vez calados, amordaçados, enquanto setores que deveriam estar mostrando a falência das instituições, estão ganhando rios de dinheiro com esse mesmo circo e um povo despolitizado.

É a hora de expor a todos os turistas que nos visitarem, a condição degradante a que estamos sendo levados por uma justiça que apenas deseja o nosso extermínio, com a expressa concordância do governo federal.

Atitudes como a minha e a do Jonathas Filho e Alberto José, enviando correspondência tanto para a OEA, para a ONU, como para a Corte Internacional de Direitos humanos, devem fazer parte  do portfólio de cada um de nós, para que outros países conheçam o verdadeiro país da COPA e saibam o holocausto a que estamos sendo submetidos, apesar de um pseudo estatuto de idosos que diz em cláusula que os idosos têm que ter celeridade de justiça.

Oito anos são passados, ações sentenciadas a nosso favor e continuamos neste desespero, que neste momento chega ao seu limite  de tolerância.

"Ganha mas não leva" é a frase que mais se ouve a boca pequena, dita por advogados, empresas e governo federal, réus em ações perdidas, com nuances e requintes de ufanismo pelas "vitórias de Pirro" que patrocinam. Isso é a quintessência do ludíbrio, a vergonha de uma sociedade, e só acontece porque os cidadãos o permitem, permanecendo placidamente em expectativas que são geral e constantemente frustradas.

As arenas já são por demais conhecidas, portanto, é só se preparar para o início da luta.

Título e Texto: José Manuel, ex-tripulante Varig, 06-05-2014
Edição: JP

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