Nas últimas semanas, acentuou-se a aposta no
"calvário mediático" e o exercício do "quanto pior melhor".
Veja lá o caro leitor se reconhece alguma destas notícias que este post do (im)pertinências bem sumariza:
Em meados do mês passado o indicador avançado da OCDE
antecipou uma provável recuperação da actividade económica em Portugal nos próximos meses.
Já no final de Abril, os dados do Eurostat mostram que o desemprego em Portugal não aumentou em Março, o que neste contexto até é uma boa notícia.
O INE estimou um aumento homólogo de 0,8% no índice de produção industrial em Março o que poderia ser uma boa notícia se não resultasse exclusivamente do aumento de 4,5% do índice do agrupamento de energia.
Esta manhã, ficámos a saber que os yields das OT portuguesas nos prazos de 2, 5 e 10 anos desceram ao nível de Outubro de 2010. Os mercados lá saberão porquê.
"É claro que, segundo uma das leis de Murphy mais conhecidas, as coisas nunca estão tão más que não possam piorar. Mas a verdade é que no estado que a governação socialista deixou o país, é quase um milagre, dada a incapacidade demonstrada pelo governo PSD-CDS de adoptar as reformas indispensáveis, que uma parte do país ainda resista – aquela parte que não está dependente do Estado."
Já no final de Abril, os dados do Eurostat mostram que o desemprego em Portugal não aumentou em Março, o que neste contexto até é uma boa notícia.
O INE estimou um aumento homólogo de 0,8% no índice de produção industrial em Março o que poderia ser uma boa notícia se não resultasse exclusivamente do aumento de 4,5% do índice do agrupamento de energia.
Esta manhã, ficámos a saber que os yields das OT portuguesas nos prazos de 2, 5 e 10 anos desceram ao nível de Outubro de 2010. Os mercados lá saberão porquê.
"É claro que, segundo uma das leis de Murphy mais conhecidas, as coisas nunca estão tão más que não possam piorar. Mas a verdade é que no estado que a governação socialista deixou o país, é quase um milagre, dada a incapacidade demonstrada pelo governo PSD-CDS de adoptar as reformas indispensáveis, que uma parte do país ainda resista – aquela parte que não está dependente do Estado."
Estando totalmente de acordo com o último
parágrafo, não podemos deixar de constatar que na comunicação social existe uma campanha
objectiva de ocultação de tudo o que sejam sinais positivos para a economia
portuguesa ou indicadores que possam antecipar a saída da
crise.
Juntaria ainda aos indicadores acima que
- por
serem de sinal contràrio à narrativa do jornalismo militante, são quase um tabu
na comunicação social portuguesa -, os bons resultados da execução orçamental no 1º
trimestre - lembram-se do que a este respeito ouviram desde o início do
ano? Pois parece que essas previsões saíram furadas...
"... o défice das administrações públicas, relevante para efeitos do PAEF, foi de 1.358 milhões de euros, ficando assim 542 milhões abaixo do limite estabelecido para os primeiros três meses do ano."
"... o défice das administrações públicas, relevante para efeitos do PAEF, foi de 1.358 milhões de euros, ficando assim 542 milhões abaixo do limite estabelecido para os primeiros três meses do ano."
Como é possível andarmos entre Janeiro e Março a ouvir
constantemente nos media recados como "o défice já derrapou",
"será impossível cumprir as metas fixadas". etc., e depois - nunca esta
notícia num telejornal - ocultar este facto?!
É sabido que a confiança é um dos aspectos fundamentais para a
"boa saúde" de qualquer economia. Nesse sentido, até que ponto este clima esquizofrénico e
doentio que a
comunicação social parece empenhada em manter, será um alicerce ou um entrave para a recuperação da
economia portuguesa?
E por exemplo, porque será que os media -
supostamente dirigidos por pessoas preparadas e informadas - andavam tão
optimistas no consulado de Sócrates, quando era precisamente nessa
fase que se "cavava o enorme buraco" da dívida que é a origem principal
da nossa miséria?
Só não conhece a resposta, quem não quer
ver...
Título e Texto (formatação original): Murphy, no blogue “Com jornalismo assim, quem precisa de censura?...”, 04-05-2013
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