Fábio Faria ironizou decisão do ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal, que determinou abertura da comissão: ‘Virou atividade essencial’
Fábio Matos
O ministro das Comunicações, Fábio
Faria, criticou nesta terça-feira, 13, a exploração política da CPI da
Pandemia, que deve ser instalada no Senado para investigar ações e eventuais
omissões do governo federal no combate à covid-19.
Faria foi entrevistado no programa Opinião no Ar, da RedeTV!. Silvio Navarro, editor-executivo de Oeste, e Rodrigo Constantino, colunista da revista, participaram da entrevista. O programa, apresentado por Luís Ernesto Lacombe, também contou com a participação da jornalista Amanda Klein.
“O nascedouro dela [CPI]
dela teve intuito eleitoral, político. É uma CPI contra Jair Bolsonaro. A covid
é global. Como você vai investigar a covid no Brasil e não vai investigar tudo
o que aconteceu nos Estados e municípios?”, indagou o ministro das
Comunicações. “Como a gente poderá fazer uma CPI separando isso tudo? Isso é
uma coisa só, é um Brasil só. Como a CPI vai ser só a União? Isso não tem
sentido.”
Faria contestou a decisão do ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), de determinar a imediata instalação da CPI no Senado. “Acho interessante que o STF, com essa decisão do Barroso, coloca a CPI como atividade essencial no meio da pandemia. Temos alguns senadores com idades muito maiores do que os deputados. Quando ele [Barroso] diz que é para instalar, sabemos hoje que CPI no Senado virou atividade essencial”, ironizou.
Questionado sobre a
expectativa do governo em relação à CPI, o ministro das Comunicações afirmou
que prefere aguardar os desdobramentos do debate político no Congresso.
“Estamos aguardando o presidente [do Senado] Rodrigo Pacheco. Acredito que o
debate será muito maior do que nós estamos pensando. Prefiro aguardar”, disse
Faria. “Não sei se o presidente Pacheco vai deixar uma CPI englobar a outra ou
fazer duas. Prefiro aguardar e não opinar até ter uma certeza maior.”
Kajuru
Fábio Faria também foi
indagado sobre a polêmica envolvendo o senador Jorge Kajuru (Cidadania-GO), que
gravou uma conversa com Bolsonaro sobre a CPI e divulgou seu conteúdo. Segundo
o ministro, o episódio é “grave” e deveria ser investigado.
“Em muitos países, se isso
ocorresse, o senador estaria preso. Isso deveria ter uma investigação. Isso é
extremamente grave, de uma relevância muito grande. Isso precisa ser apurado,
tirando a paixão política de lado”, afirmou.
Título e Texto: Fábio Matos,
revista Oeste, 13-4-2021, 12h50
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